De volta à Avenida, para o Derby dos Eternos Inimigos, em fervor de paixão. Pana-Oly.
Mas também este já não é o que foi.
Pana a deixar o mítico glacial OAKA para regressar à sua origem, à sua caixa de fósforos, o Apostolos Nikolaidis, em pleno coração da Atenas mais verdejante.
A emoção do lar eterno com o Lycabettus no horizonte. O monte dos deuses que mira Atenas lá bem de cima para tudo ver mais alto e mais longe.
Ao seu redor, por Ampelokipi, o contraste perturbante. Um covil delapidado em arte graffiti e depósito de lixo junto à longa Leoforos.
Lá dentro, os Gate 13 a incendiarem e esfumaçarem o ambiente em atmosfera pirotécnica.
Futebol é menor e secundário.
Pana, já sem Rui Vitória, com Kontis a desenrascar, em vantagem após erro do capitão de estilo Retsos, mas não teve folgo nem banco para aguentar até ao fim. Oly no métodico simplista de Mendilibar a refrescar com Podence, mexendo com o jogo e Taremi, no veneno da assistência decisiva para o empate da salvação, já tardio, do adorado goleador El Kaabi.
Pana, na sua introspeção e "afundo", sem nenhuma vitória ainda no campeonato, quer tempo mas não há. E, por Atenas, fala-se de Fernando Santos...