Reparem na diferença ao nível da estabilidade e em como isso pode mostrar onde há uma visão, uma ideia de projecto e onde isso não existe. O Norberto tem actualmente 5 jogadores que estão com ele desde que saiu da Oliveirense, até ao início desta equipa ainda tinha também o Jose Barbosa com este perfil e ainda foi tendo o Tomás Barroso até se reformar, 2 deles são estrangeiros, Makram e Broussard. Entretanto também tem o Relvão há alguns anos e não sei se me estou a esquecer de algum. O Sá tem 3 jogadores que estão desde a primeira época com ele e só o Miguel Queiros tem uma continuidade semelhente aos outros 5 porque o Norberto entrou uma época antes do Sá. O Miguel Maria e o Guerreiro pouco jogaram na época passada, é ver as épocas que o Hugo Ferreira e o Luís Silva estão a fazer. É pensar que tivemos o Relvão, Amarante, o Voytso entretanto regressou. Claro que nenhum destes jogadores vai fazer a diferença individual para vencer títulos, mas são muito importantes para a estabilidade e continuidade, senão, trocando muitos estrangeiros (como esta época) é como se estivesses sempre a começar de novo. Nota-se claramente uma evolução no Gameiro e no Relvão ao longo das épocas e no Europeu deu para notar.
Aqui estamos sempre dependentes das qualidades que os jogadores já tragam porque eles não vão evoluir e não vai haver um sistema que potencie ou proteja as suas qualidade e fraquezas.
Concordo.
Apostam na estabilidade, mas quando tem qualidade procuram mantê-la. O Broussard é um grande jogador e mesmo o Ben, apesar da idade, é um pilar da equipa. Nos últimos 3 anos a ideia de serem superiores, pelo dinheiro que tinham, baseava-se também de terem na prática mais 2 "americanos", o "Betinho" e o Ivan, por muito fdp que fossem. Depois o Ivan foi-se e ficou o Betinho que poupado durante a época, chegou à final para dar cartas o ano passado.
Por isso, atualmente, com a idade a avançar e 6 estrangeiros, tinhamos tudo para sermos mais competitivos já que a vantagem que tinham quanto aos nacionais se perdeu. Hoje eles tem o Betinho, o Gameiro, Relvão, Francisco (pouco joga) e o Zé Silva. Um base, 3 extremos e 4 poste.
Nós começamos com Queirós, Vlad, Delgado, MM e Guerreiro. Um 5, Queirós a 4, dois 3 e um base.
Portanto, a meu ver a diferença vê-se na escolha dos estrangeiros, para que posições, e PRINCIPALMENTE, que impacta na escolha, no treinador que temos.
Norberto pediu: 1 base (Crandall), 2 sg/sf (Broussard e Koby) um 3 (Sueing) e 2 postes (Ben, Yussuf, e Dziewa). 7 estrangeiros.
Nos temos 2/3 bases, nenhum deles com qualidade para PG (Dunn, Riley e Wes), 2 extremos (Omlid e Toupane) e um poste (Davis), sendo que deverá vir mais um 3 Hudson.
Portanto a opção pelo jogadores que queremos, perfil, explica muita coisa.
Norberto apresenta-se no jogo para sistematicamenta atacar as debilidades defensivas dos nossos jogadores, sejam como parte da equipa, sejam as naturais (fisicas e de capacidade na defesa), além da sistemática desvantagem nas tabelas resultante das opções tomadas.
Nós vamos a jogo com fé na aptidão dos lançadores (heroball type) e que a vontade nos permita ultrapassar as sistemáticas trocas na defesa. No fundo, é acreditar que termos mais vontade e qualidade no jogo exterior e na capacidade de 1x1 vai compensar o que não se defende e o que não se trabalha no ataque.
Pode resultar para um jogo. Pode resultar numa final. Nunca vai resultar numa série.