Reinaldo Garcia

joaoalvercafcp

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REINALDO GARCIA: “O GOLO SÓ FOI IMPORTANTE PORQUE AJUDOU A VENCER”

Defesa/médio argentino apontou o golo que decidiu a Taça das Nações na final frente a Portugal (6-5)

“Feliz pelo golo mas sobretudo pela vitória”. Foi assim que Reinaldo Garcia resumiu o que lhe vai na alma depois de ter decidido a favor da Argentina, a 44 segundos do fim, a final da edição de 2017 da Taça da Nações (Torneio de Montreux), que terminou com um triunfo do conjunto das Pampas sobre Portugal por 6-5, no passado domingo. “O golo foi importante porque nos ajudou a vencer. Fiquei contente mais por isso, do que propriamente pelo golo em si. Tal como se fosse qualquer outro colega a marcar também ficaria.”

Numa partida em que esteve frente a frente com os habituais companheiros de equipa do FC Porto, procuramos saber qual a sensação de competir contra jogadores com os quais partilha diariamente o balneário e percebemos que, pelo menos para o argentino, o conhecimento não traz qualquer vantagem: “É verdade que há um conhecimento mútuo. Eu conheço bem o Nélson [Filipe], o Hélder [Nunes], o Rafa e o Gonçalo [Alves] mas o contrário também acontece. Estamos juntos praticamente todos os dias e por isso não creio que alguma parte possa levar vantagem desse conhecimento. E depois, no momento em que entramos em campo, concentrados, até nos esquecemos um bocadinho desse particular e nenhum de nós quer facilitar ou espera facilidades.”

Fácil esteve longe de ser o jogo que valeu a vitória no torneio. Na partida decisiva mediram forças os atuais campeões mundiais (Argentina) e europeus (Portugal), que, segundo o dorsal 57 dos Dragões, proporcionaram um grande espetáculo de hóquei em patins. “Um jogo muito difícil”, considerou, até porque “numa final os desafios são a dobrar” e pela frente estava uma equipa de um patamar que o portista considera de excelência: “Penso que a Argentina, Portugal e Espanha, que neste torneio não contou com alguns bons jogadores, estão neste momento no lote das melhores seleções do mundo”.

Apesar de ter apontado o golo decisivo (marcou dois em todo o torneio), Reinaldo Garcia não foi o único portista em destaque na competição. Na caminhada portuguesa até à final estiveram quatro jogadores portistas. Além do guardião Nélson Filipe, os avançados Gonçalo Alves, com seis golos, e Rafa, com cinco, mostraram pontaria afinada durante os cinco dias de competição. Quanto ao capitão dos Dragões, o defesa/médio Hélder Nunes, terminou a prova com três golos.
 
A

Apollo

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Se o Bargalló é o "senhor hóquei patins", quem será REInaldo?

Um luxo contar com este enorme atleta.
 
A

Apollo

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Que imagem desta lenda do clube e da modalidade.

Um título merecido para o MVP da época.

Obrigado pelos momentos mágicos que nos proporcionais e que venham muitos mais.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Apollo disse:
https://pbs.twimg.com/media/DCjMNmgXgAAQWns.jpg

Que imagem desta lenda do clube e da modalidade.

Um título merecido para o MVP da época.

Obrigado pelos momentos mágicos que nos proporcionais e que venham muitos mais.
Não acho que ele seja o MVP da época mas é verdade, uma imagem que vale mais que mil palavras. Um dos melhores jogadores da nossa historia.
 

WarriorFCP

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9 Dezembro 2013
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Porto
Temporada assombrosa. Esteve sempre presente nos grandes momentos, com a sua classe, qualidade técnica absurda e consistência.

Foi o melhor jogador da temporada, na minha opinião.
 

Roberto_FCP

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Um senhor, um craque. Se jogasse noutro clube era endeusado, assim é apenas "bom jogador". Felizmente temo-lo connosco e espero que de cá não saia mais! Fez, sem dúvida nenhuma, uma grande época.
 

otilious

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  • Alfredo Quintana
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  • Taça de Portugal 19/20
  • Supertaça 19/20
Sempre fui e sempre serei mega fã do Reinaldo.

Um dos melhores do mundo!

Fez uma enorme temporada.
 

bluevertigo

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  • Fevereiro/20
Nalo, como se cuida, para seguir, super competitivo e intenso, e acabar cá. Tão nosso! Adoro.
 

joaoalvercafcp

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35 E A SOMAR
A 15 de janeiro de 2018, a idade de Reinaldo García vai igualar o número de títulos que já conquistou

A 15 de janeiro terá 35 anos e 35 títulos. É uma enormidade, mas Reinaldo, Nalo para os amigos, sorri. Diz que não chega e projeta colecionar muitos mais, sem a pretensão de os escolher, mas com uma predileção especial por um que perdeu com FC Porto e já ganhou com o Barcelona. Começou tudo aos sete anos, quando aprendeu a patinar, e quase acabou aos 18, quando esteve a um passo de fazer as malas, deixar o Porto e voltar para a Argentina. Esta é a aventura de Reinaldo García contada num Passe de Letra.

O começo
“Comecei a patinar aos sete anos. Quem me levou a praticar hóquei e a aprender a patinar foi o meu pai, que praticou quase todos os desportos: futebol, basquetebol… fez de tudo menos hóquei. Como tínhamos um clube de hóquei em patins perto de casa [o Rivadavia], ele levou-me para que eu experimentasse. Gostei e fiquei.”

A marca de Gómez
“Aprendemos sempre alguma coisa ou muita coisa com todos os treinadores, mas um treinador que me marcou muito foi o Miguel Gómez, que foi durante muitos anos selecionador da Argentina. Foi ele quem me pôs a jogar desde muito novo [no Olimpia] antes de vir para cá. Aprendi muito com ele e ele marcou muito a minha carreira.”

Adeus, Argentina
“Não foi fácil, mas eu tinha o sonho de jogar na Europa e tive a sorte e a oportunidade de o concretizar ainda com 18 anos. Sinceramente, não foi fácil. Nas duas primeiras semanas até pensei em desistir e voltar para o meu país, onde tinha os meus amigos e a minha vida, mas acabei por perceber que tinha que fazer um esforço para poder continuar, para concretizar este sonho. Hoje adoro cá estar.”

No meio dos craques
“Aquilo era uma equipa de craques, todos já jogadores formados, internacionais, com experiência. Sinceramente, tentava olhar para eles e aprender com cada um deles as coisas boas que tinham, que eram muitas. Cada um tinha a sua maneira de jogar e eu tentava aprender o mais que podia com todos eles. Gostava muito do Pedro Alves, do Paulo Alves, do Filipe Santos… Acho que gostava de todos. Eram os meus ídolos e o facto de poder jogar com eles foi muito bom, porque aprendi muito com eles.”

Não há título como o primeiro
“Se calhar, o mais importante terá sido o primeiro… Acho que foi o primeiro título que ganhei como sénior, foi esse que mais me marcou. Era a minha primeira época de sénior e ganhar logo o campeonato foi especial, até porque também marcou um pouco a minha carreira. No ciclo do “deca”, eu ganhei seis. Dificilmente outra equipa conseguirá fazer o mesmo.”

Era de ouro
“Acho que era o rigor nos treinos, a vontade, a raça… Foi um conjunto de fatores que fizeram com que o FC Porto estivesse sempre lá em cima e fosse decacampeão. Foi uma era de ouro, porque não é fácil conseguir uma sequência assim. A vontade que todos tinham de trabalhar, de melhorar a cada dia e a cada semana, fizeram com que ao final de cada época fossemos campeões.”

Fânzeres ou Dragão?
“São pavilhões totalmente diferentes. No de Fânzeres, como é mais pequeno, os adeptos estavam mais próximos do rinque e parecia que conseguiam multiplicar-se. Terá uma capacidade para 2.000 pessoas, mais ou menos, mas quando enchia parecia que estavam 5.000. Era arrepiante. Para nós era muito bom jogar lá, mas para os adversários… Acho que nenhum gostava de lá jogar. No Dragão Caixa também temos esse ambiente fantástico, mas os adeptos estão mais longe e não se conseguem fazer sentir como em Fânzeres. Adoro jogar no Dragão Caixa, sobretudo quando o público está a puxar por nós e a apoiar-nos. Isso ajuda muito a equipa a ganhar.”

Contra o Barcelona, pelo Barcelona
“Estive muitas vezes para ser campeão europeu pelo FC Porto. Numas vezes merecemos ganhar mais do que noutras e, noutras ainda, a sorte não esteve do nosso lado. Infelizmente não conseguimos ganhar. Umas vezes contra o Barcelona, outras contra o Follonica. Foi uma espinha que me ficou atravessada. Tinha ganho campeonatos, taças, supertaças e o que faltava era um título europeu, para o qual trabalhávamos muito. Quando consegui estar do outro lado, tive a felicidade de ganhar a Liga Europeia que eu tanto queria. A nível individual todos queremos ganhar o maior número de títulos possível e mais ainda quando são títulos tão importantes como a Liga Europeia. Agora que estou no FC Porto outra vez, essa é uma espinha que quero tirar, quero ganhar uma Liga Europeia pelo FC Porto. Anseio muito, trabalho muito para isso e Deus queira que isso se concretize um dia destes.”

O título mundial
“Perdi cinco finais do Campeonato do Mundo, todas contra a Espanha, e chegámos a um momento em que nos perguntávamos por que é que não conseguíamos ganhar. Mas a Espanha também teve jogadores e uma década de ouro em que ganhou tudo. Era difícil tirar-lhes aquele título. Finalmente, depois de tantos anos a perder finais, conseguimos ganhar o título mundial. Chegou tarde, passaram muitos anos para o conseguir, mas consegui. Foi um momento de glória indescritível”.

Um fã na equipa
“Quando ouço isto é… é muito bom. É bom, porque ser reconhecido por um jogador com a qualidade do Hélder Nunes é gratificante. É bom de ouvir. Eu também aprendo com ele, mesmo ele sendo muito mais novo do que eu, e espero que ele também tenha aprendido alguma coisa comigo.”

Patinar aos 34
“Felizmente já ganhei muita coisa, mas gostava de continuar a ganhar. O que se ganhou já está para trás, fica para a história, temos de continuar no presente e continuar a ganhar. Quantos mais títulos, melhor para mim. É assim que eu penso. Trabalho todos os dias para poder estar no meu melhor e para poder ajudar a equipa. No fundo, para continuar a crescer.”

Os 35 títulos já conquistados por Reinaldo García: 1 Campeonato do Mundo, 1 Taça das Nações, 1 Copa América, 3 Ligas Europeias, 1 Taça Continental, 1 Taça Intercontinental, 7 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 4 Supertaças de Portugal, 4 Ligas Espanholas, 2 Taças do Rei, 5 Supertaças de Espanha e 1 Liga Argentina.

Este Passe de Letra, da autoria de Alberto Barbosa, está na edição de dezembro da revista Dragões