... é curioso observar que Portugal praticou muito bom futebol na mais recente Liga das Nações, por vezes, poucas vezes, com William e Danilo no onze, mas, mais frequentemente, com Danilo e sem William. Fernando Santos poderia ter conduzido a selecção por um outro caminho, trabalhando outras ideias e elevando a qualidade de jogo. Poderia arriscar abertamente um equipa voltada para o ataque, que assumisse a iniciativa de jogo e não se descaracterizasse perante estes adversários mais exigentes. Mesmo diante desta Alemanha, lutar-se-ia pelo domínio do jogo, conquistar-se-ia o ascendente durante certos períodos; havendo consciência de que a nossa selecção não é a melhor do mundo. Faz impressão ter uma equipa tão mandona no primeiro jogo e tão pequenina no segundo. ... mas em que ficamos? Estamos no europeu para dominar, impor uma certa ideia de jogo... estamos lá para equilibrar as partidas, apresentar uma certa coesão, jogar de forma calculista... ? Imagino que a ideia não seja subjugar uns adversários e ser atropelado por outros. Neste momento Fernando Santos deve estar a coçar a cachola e a pensar em que raio há-de fazer. Houve muito tempo para preparar estes jogos.
A obsessão do seleccionador por William também não o ajuda em nada. Um europeu não é contexto em que se ganhe andamento... passou parte da época no banco, não era incluído no onze.