Portugal ganhou o Euro 2016, só acho é que a grande maioria, principalmente os responsáveis da FPF não entenderam porquê. Obviamente todos ficamos contentes, mas aquilo foi um misto de crença, fé, sorte, Ronaldo e Éder.Ora finalmente alguém que tem a mesma visão que eu.
Em 2016 ganhamos porque o naipe de jogadores que tínhamos na altura encaixava no estilo de jogo do treinador.
Pragmatismo, atitude defensiva e jogar no erro do adversário.
É assim que se ganham competições curtas onde quem perde vai embora.
João Mario, Adrian,André Gomes ,Renato são exemplos desse pragmatismo , apesar das suas carreiras pouco relevantes.
Mas é o tipico jogador que encaixa no estilo pragmático do treinador , chatos como a merda , fortes na pressao ao adversário, capacidade de circulação e posse de bola nem que seja para tras e para os lados.
Um meio campo a 4 mais 4 a defender e no fim os adversários ate podiam ter posse de bola e domínio de jogo mas chances de golo eram escassas.
Na frente ronaldo e o sempre oportuno nani iam chegando.
A partir de 2016 muita coisa mudou começou a surgir Bernardo Guedes jota b.Fernandes etc etc etc menos musculados e mais técnicos.
No entanto a estratégia pragmática falha pois sao jogadores incapazes de fazer o que o meio campo de 2016 fazia.
Bernardo estava lesionado em 2016 não fosse isso o mais provável era portugal jogar a 3 no meio campo e duvido que fosse portugal a vencer o euro.
Em 2016 sofremos 5 golos em 720 minutos de jogo jogado.
Em 2018 sofremos 6 golos em 360 minutos de jogo jogado (!!!) Mais 1 golo em metade do tempo.
Em 2021 ainda pior foi 7 golos sofridos.
Fomos uma autêntica cesta rota porque mantemos o estilo pragmático mas sem jogadores para isso.
A nossa fase de grupos foi paupérrima, ao ponto de termos ficado em 3º lugar num grupo com Islândia, Áustria e Hungria. Passamos à fase seguinte porque nesse Europeu o número de equipas aumentou e os 4º melhores 3ºs classificados passaram a avançar para a fase seguinte. Empatamos 1-1 com a Islândia num jogo que podíamos ter perdido, empatamos 0-0 com a Áustria e depois 3-3 com a Hungria graças a um super Ronaldo.
Depois tivemos a sorte de calhar no lado mais acessível da chave, as grandes seleções ficaram todas do outro lado.
Veio a Croácia e ganhamos 1-0 no prolongamento muito pelo facto de termos melhor banco que a Cróacia, fomos melhores no prolongamento, mas nos 90 minutos podia perfeitamente ter caído para o lado da Croácia.
Depois seguiu-se a Polónia, 1-1 e uma vitória nos penaltis num jogo também muito dividido.
Meia-final contra Gales, algo quase impensável. O nosso melhor jogo, vitória tranquila por 2-0.
Depois a final contra a França, um daqueles jogos em que numa fase inicial tudo parecia perdido com a lesão do Ronaldo, mas a equipa uniu-se, defendeu-se bem, teve a sorte do jogo, pois a França teve as melhores oportunidades para ganhar com bolas ao ferro e golos de baliza aberta falhados. Houve também um super Pepe e um grande Patrício. No prolongamento tivemos um golo do Éder que nos coroou campeões.
Mérito, mas também uma panóplia de acontecimentos altamente improváveis que se foram sucedendo em catadupa e que culminaram com a conquista do título. Merecíamos mais em 2000, 2004 e até 2012, mas o futebol é assim e foi mesmo em 2016 que o merecido título acabou por chegar.
O Leicester não foi só campeão porque tinha um estilo de jogo pragmático e cínico. Foi também porque no mesmo ano acontecimentos altamente improváveis ocorreram em catadupa. Chelsea, City, United, Liverpool, Tottenham, Arsenal estiveram em ano não e isso permitiu que um outsider conquistasse o título.
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