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NA AUSTRÁLIA COM A LONGBOARDER CHLOE CALMON
A Surftotal esteve em Nosa com a vencedora do Noosa Longboard Open 2019 na Austrália.
Arrancou este mês de Março o World Surf League (WSL) Longboard Tour (LT) que viu a sua primeira etapa decorrer na Austrália em Noosa - Queensland.
Olá Chloe, desde já os nossos parabéns pela vitória na primeira etapa em Noosa. Tradicionalmente sempre foi difícil para os Brasileiros ganhar em terras Australianas, mas ultimamente isso tem acontecido mais frequentemente.
Teve um sabor especial esta vitoria?
Teve um sabor muito especial ganhar na Austrália, um lugar que já me presenteou com ótimos momentos em competições. Sempre me sinto bem aqui. E este evento foi importante pois 2019 está a ser um marco para o longboard mundial, já que teremos pela primeira vez um circuito com 4 etapas até dezembro. Neste evento também pode ser visto a união dos dois estilos clássico e progressivo, que sempre dividiram o longboard e os surfistas pelo mundo. Acho que atualmente o longboard vive um ótimo momento
- O titulo mundial é para ti um objectivo muito claro. Já sentes a pressão de ser líder do ranking? Qual a tua estratégia para o resto do ano?
Neste evento eu não senti pressão em nenhum momento, até porque o ano passado não terminei com um bom resultado. Como por muitos anos tínhamos somente uma etapa para decidir o título, era então difícil lidar com toda a pressão e expectativas. As próximas etapas serão em Pantin em Espanha e Long Island em Nova York, por isso antes de pensar no campeonato em si estou animada para conhecer dois lugares novos!!
- Quem achas que vão ser as tuas adversarias directas este ano?
O novo formato do circuito mundial da WSL para este ano ofereceu chance a vários novos nomes aparecerem, já que as etapas tem as inscrições abertas. Em Noosa foram mais 50 mulheres inscritas, um marco da WSL. E a nova geração com 16,17,18 anos está surpreendente. Atualmente as minhas adversárias diretas são as finalistas - Honolua Bloomfield, Tory Gilkerson e Rachael Tilly (terminaram em 2o e 3o respectivamente). Mas no evento seguinte tudo reinicia, não há favoritas.
"2019 será um ano incrível para o longboard feminino.
É a primeira vez que recebemos a mesma premiação que os homens na WSL."
- Sentes que o Longboard feminino tem crescido ultimamente? Este circuito da WSL tem ajudado nessa projeção?
2019 será um ano incrível para o longboard feminino. É a primeira vez que recebemos a mesma premiação que os homens na WSL. E a quantidade de atletas presentes e o nível apresentado tem sido incrível, acho que agora temos uma plataforma muito boa para a nova geração chegar. Além da WSL, há os circuitos Surf Relik e o circuito de single fin com etapas no México, Bali, Califórnia, China... e em todos estes as mulheres marcam presença! lembro-me de quando comecei a competir no mundial aos 15 anos era muito mais difícil pra mim pela falta de eventos
- Continuas a viajar com a tua família para o circuito mundial? Tens tido algum apoio especial por parte dos teus patrocinadores?
Na Austrália estava sem a família fisicamente, mas eles estão sempre em pensamento e energia comigo. Todo o apoio deles e de todos os brasileiros é muito forte e "empurra-me" a cada onda!
- Conta-nos um pouco do teu dia a dia em casa quando não estás a competir?
Quando estou em casa entre competições aproveito para treinar bastante a parte física, vou ao ginásio todos os dias; visito a fábrica da New Advance onde são feitas as minhas pranchas; e aproveito para acompanhar a faculdade de administração.