Se amanhã se cruzar com António Salvador nos bastidores do Dragão, esse não será o primeiro contacto de Francesco Farioli com o presidente do Sp. Braga. Foi, aliás, o próprio líder do clube minhoto, por sugestão de Antero Henrique – então integrado na estrutura do PSG e com fortes ligações ao Catar – quem despertou em Farioli a primeira atenção técnica ao campeonato português.
Em 2022, na fase final da 1.ª Liga 2021/22, Pinto da Costa ocupava a presidência do FC Porto e Sérgio Conceição liderava a equipa técnica. Em Braga, Carlos Carvalhal conduzia os destinos do plantel, mas já se percebia o fim de um ciclo iniciado em 2020. António Salvador desejava contratar Farioli – então a concluir a sua primeira época no Alanyaspor, na Turquia – mas esbarrou na falta da licença de treinador de nível 4 da UEFA. Tendo em conta as cautelas geradas pela experiência com Ruben Amorim na Pedreira, sobretudo no que respeita à liberdade no banco e às suas consequências, o Sp. Braga adiou a chegada de Farioli para o verão de 2023 e apostou, entretanto, num homem da casa, Artur Jorge.
No arranque de 2022/23, o agora treinador do Al-Rayyan teve uma campanha irregular e não passou da fase de grupos da Liga Europa. Caiu para a Liga Conferência e foi eliminado pela Fiorentina no playoff de acesso aos oitavos, facto que reforçou a convicção de António Salvador em assegurar Farioli – que deixara a Turquia em fevereiro desse ano. Ficou acordado que assumiria o comando do Sp. Braga em 2023/24 e Farioli passou a elaborar relatórios periódicos sobre o campeonato português para o líder arsenalista, aprofundando o seu conhecimento da nossa liga e alimentando a tentação trazida pelo chamado do FC Porto.
No verão de 2023, o Sp. Braga terminou o campeonato em 3.º lugar e garantiu a presença na Liga dos Campeões, pelo que António Salvador deixou de ter margem para prescindir de Artur Jorge, confirmando naturalmente a continuidade do técnico português. Farioli rumou então ao Nice, destacou-se e, na época seguinte, viu abrir-se-lhe a porta de um histórico europeu como o Ajax.
A progressão do italiano impediu uma nova investida do Sp. Braga e, agora, ele surge como adversário dos arsenalistas ao leme do FC Porto, enquanto opção de André Villas-Boas.
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