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Futebol nas bancadas é para quem?

Continuam a querer afastar os adeptos dos estádios, continuam a querer matar o futebol e a sua verdadeira essência: os cânticos, as bandeiras, os tambores e o nervosinho vindo de fora que contagia jogadores e treinadores.

O FC Porto joga esta sexta-feira em Barcelos, frente ao Gil Vicente, e cada bilhete tem o preço unitário de 25€. Para além de este ser um valor ao nível de jogos da Liga dos Campeões, é importante começar-se a pensar que, em Portugal, este é um valor que não está ao alcance de todos os amantes do futebol.

Ver um simples jogo de primeira liga no nosso país começa a ser visto como um luxo. No início da época, se quisermos ver jogos fora e apoiar a nossa equipa em todos os estádios de Portugal, temos de pagar 20€ pelo cartão de adepto, que tem validade de apenas três anos.

A equipa do FC Porto ficou privada, em Famalicão e Alvalade, de ter a bancada dos seus adeptos cheia, uma vez que os clubes da casa só permitiram adeptos visitantes que tivessem cartão de adepto. Os adeptos portistas que foram a Alvalade pagaram 31€ por cada bilhete mais tudo o que envolve uma deslocação a Lisboa.

Fazendo uma simples soma, percebemos que os adeptos do FC Porto já gastaram, em apenas quatro jornadas fora, qualquer coisa como 100€, ou mais, apenas em bilhetes, fora a deslocação e tudo o que isso envolve.

Se o futebol não é para os adeptos, se a bancada não é para as tarjas e para os tambores, então para quem é? Quem é que quer um futebol dominado pelo poder? Um futebol que afasta o povo das bancadas.