FC Porto

Jorge Amaral: “Rodrigo Mora só entra em campo no FC Porto quando a ‘casa está a arder'”

No décimo segundo jogo oficial da época 2025/26, o FC Porto viu cair a série invicta ao perder por 0-2 na deslocação ao Nottingham Forest, em jogo da terceira jornada da fase de grupos da Liga Europa.

A derrota ficou marcada por uma prestação apagada da equipa orientada por Francesco Farioli, que optou por uma abordagem cautelosa e alinhou um meio-campo com Alan Varela, Pablo Rosario e Victor Froholdt.

No banco permaneceram os criativos Gabri Veiga e Rodrigo Mora, ambos apenas lançados nos minutos finais, já com a equipa em desvantagem no marcador.

Em declarações exclusivas ao portal Desporto ao Minuto, Jorge Amaral criticou o modelo de jogo do atual líder da I Liga.

“Esta derrota aborrece! O FC Porto perdeu uma oportunidade de ouro para ganhar em Inglaterra contra uma equipa que vive um mau momento. O Farioli quis igualar a parte física, com o meio-campo adversário e ‘esqueceu-se’ da parte técnica do jogo, de trabalhar com a bola. O Samu foi ‘vítima’ da equipa e os médios não tiveram capacidade de aproximação. As substituições também foram infelizes. Geralmente, são peça por peça e este jogo pedia uma nuance tática diferente, abrindo, talvez, mais a frente de ataque”, salientou o antigo guarda-redes dos dragões, destacando uma vez mais o papel pouco interventivo de Rodrigo Mora, que entrou a 13 minutos dos 90.

“É um déjà vu nesta temporada. Começou por colocar o Gabri Veiga em campo, mas rapidamente viu que não estava a acrescentar nada ao jogo. É difícil o jovem ter confiança, quando essa não vem do treinador. Foi herói na vitória [2-1] com o Estrela Vermelha e desde então só entra na parte final das partidas. Não é assim que se faz a gestão do jogador mais tecnicista do plantel, e quem sabe, da I Liga. Neste FC Porto, o Rodrigo Mora é visto como um jogador para entrar quando a ‘casa está a arder’ ou quando as ‘portas estão escancaradas’, o mesmo é dizer quando a equipa está já com o jogo resolvido”, referiu.

Depois de 11 golos na época passada, Rodrigo Mora tem encontrado dificuldades para afirmar-se com Francesco Farioli. Em 10 jogos, marcou apenas uma vez.

“Entendo que quando se contrata um Gabri Veiga, que abdica de 90% do seu salário para vir para o FC Porto, ele seja a aposta inicial, mas deixem o campo falar. Não coloco em causa o seu valor, mas vão me dizer que ele está a justificar o seu investimento e que merece e ter tantos mais minutos que o Rodrigo Mora?“, questionou Jorge Amaral.

“A única diferença entre ambos é a parte física. Contudo, lembro que o Vitinha quando apareceu na equipa principal, também era um jogador levezinho. Atualmente, joga a 6 ou 8 no PSG e é o melhor médio do mundo, a par do Pedri [Barcelona]. Insisto que o Rodrigo Mora é uma certeza, só te tornas agressivo com o jogo“, completou o ex-jogador.