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Martins Soares: «Não serei candidato. Não posso fazer uma divisão interna de votos.»

Em entrevista à RTP 3, o candidato derrotado nas eleições de 1889 e 1991 apontou as candidaturas de José Fernando Rio e de Nuno Lobo como motivo para a decisão de recuar, explicando que a dispersão de candidaturas é “prejudicial ao FC Porto”.

Assim, o médico assumiu que só avançaria se não houvesse mais nenhuma candidatura além de Pinto da Costa.

“Não avanço de outra maneira”, garantiu: “Depois deste panorama, não posso fazer uma divisão interna de votos”.

Martins Soares criticou em especial a candidatura de José Fernando Rio, jurista e ex-comentador do Porto Canal, insinuando que Adelino Caldeira poderá estar por detrás.

“Não posso estar a contribuir para dividir a massa associativa. É necessário retirar Adelino Caldeira, que está ligado como um polvo, controla toda a estrutura do FC Porto. Ainda não ouvi o candidato Rio a falar de números”, argumentou: “Nós temos os números reais, sei ao dia de hoje o que deve o FC Porto, a quem deve, o passivo e o ativo. Mas qual é o valor do plantel? Sabemos se algum jogador está hipotecado, se o Danilo está hipotecado a um banco? Se o Tomás Esteves será vendido agora para equilibrar as contas?”

Já no final da entrevista, o candidato que agora se retira assumiu que pode voltar à corrida se houver uma congregação das candidaturas contra a de Pinto da Costa.

“Para diluir os votos, não contem comigo”, finalizou.