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O castigo de Hulk e outras injustiças

O “super herói” portista foi condenado a não jogar durante quatro meses, após confusão no túnel da Luz

No dia de ontem celebramos 11 anos desde que terminou uma das mais gigantescas injustiças da história do futebol em Portugal. Em 28 de Março de 2009 o “incrível” Hulk pisava novamente a relva, após enfrentar uma suspensão que o impedira de jogar 17 partidas. Na sequência de altercações no túnel da luz, em 20 Dezembro de 2009, a Comissão Disciplinar da Liga puniu o extremo brasileiro muito exageradamente, condenando o jogador mais desequilibrador do campeonato a uma paragem por quatro meses. Entretanto e por recurso do FC Porto, a suspensão imposta por Ricardo Costa (“xerife encarnado” da Comissão de Disciplina da Liga) viria a ser reduzida pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol para apenas para três jogos, menos quatorze do que o nosso super herói já havia cumprido. O prejuízo estava feito quando saiu a deliberação da Federação, Hulk tinha já parado mais de três meses, sem poder ajudar a equipa.

Como agravante importa referir que Sapunaru, lateral direito nessa equipa, também foi alvo neste caso. Viu a sua sanção de 6 meses reduzida para somente 4 jogos de suspensão.

Até ao fim dessa época (2009/2010) o FC Porto venceu os nove jogos que realizou, conquistando mesmo uma Taça de Portugal, com Hulk num nível fenomenal nessas últimas partidas. Contribuiu também para uma importantíssima vitória frente ao Benfica no Dragão por 3-1. Triunfo cuja importância histórica talvez passe um pouco despercebida. Foi uma exibição portentosa com os dragões a fazerem dois golos já em inferioridade numérica, impedindo que as águias festejassem o título de campeão na Nação azul e branca… imaculada. Em Abril, um ano depois conquistamos o campeonato em Lisboa e apagamos a Luz!

Outras bizarrias injustas que apenas prejudicaram o FC Porto:

  • Jogador expulso por rematar à baliza e quase fazer golo: Aconteceu este ano com Luis Díaz em Braga e o Porto acabou eliminado na meia-final da Taça de Portugal
  • Brahimi expulso “porque disse qualquer coisa em francês que não percebi”, justificou Tiago Antunes, quarto árbitro desse duelo. O argelino (um dos maiores craques da equipa) foi suspenso por dois jogos depois desta decisão num momento crucial da época 2016/2017, em que o Porto perseguia o Benfica na luta pelo primeiro lugar, estando apenas três pontos atrás. No jogo seguinte, sem Brahimi, perdeu pontos diante do Feirense, numa jornada de clássico empatado na “segunda circular”
  • Treinador expulso por “olhar fulminante!” Foi o que o árbitro do Paços de Ferreira 3 FC Porto 2 alegou, já esta época, como factor justificado para o vermelho a Sérgio Conceição
  • Capitão expulso depois de ser atropelado por árbitro Luís “Gamadinho”: Novamente em 2016/2017 (temporada do único tetra do Benfica) o FC Porto é severamente prejudicado. Luís Godinho ia a recuar e atropela Danilo. Em vez de pedir desculpa ao portista, expulsa-o. O Porto perde esse jogo em Moreira de Cónegos, por 1-0.
  • Avançado suspenso por simular penálti assinalado pelo árbitro: Aconteceu a Lisandro López num clássico frente ao Benfica. Pedro Proença assinalou penálti, a Comissão Disciplinar da Liga viu “simulação evidente”. Adivinham quem era o Presidente deste órgão da Liga? Pois claro… Ricardo Costa. Estava aberto um precedente que logicamente não mais se repetiu
  • Paulinho suspenso enquanto João Pinto não recuperava de lesão. No final da década de 90, após mais um agressivo embate homem a homem entre estes dois jogadores ( em novo duelo de uma rivalidade que marcou uma era no futebol português), Paulinho tem uma entrada que lesiona o adversário com alguma gravidade. Esteve suspenso até João Pinto recuperar. Estava escrito mais um episódio de “medidas aplicadas ao FC Porto que não fizeram escola”.