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“Pá, não aceito isso Maniche, não aceito isso. Isso não admito a ninguém”

No programa “Futebol Total”, do canal “11”, depois da vitória do Benfica em Amesterdão, frente ao Ajax (0-1), que ditou a passagem da equipa portuguesa aos Quartos-de-final da Liga dos Campeões, Pedro Sousa, jornalista e moderador, censurou Maniche quando este dava a sua opinião sobre o futebolista Meité, centrocampista das águias.

“Meité, a única coisa que faz é, aquilo que eu tenho visto… em pouco espaço, ocupa”, dizia Maniche, antes de ser cortado no seu raciocínio por Pedro Sousa, “não concordo nada com a expressão «a única coisa que faz», acho que ele é muito mais do que aquilo que vimos até hoje”. Constantemente interrompido no uso da palavra, ainda retorquiu Maniche, “Ele não faz um passe longo, ele está parado praticamente. Não acrescenta muito mais. Um jogador, hoje em dia no futebol actual, moderno, tem de ter intensidade, tem que ser rápido, tem de ter velocidade, ele não faz nada disso. Ele até para festejar vai a passo. Eu joguei naquela posição, não gosto de um jogador daquela forma. Se tu dizes que a entrada do Meité fez o Benfica diferente, eu não concordo com isso, o Benfica estava bem colocado”.

Pedro Sousa, violando o código deontológico de qualquer jornalista que se preze, censurou Maniche, passando a palavra a outro comentador, dizendo:

“Não te ouço é a falar de outros jogadores, não vou focar quem, que jogam noutras equipas, da maneira como desconsideras este jogador. Pá, não aceito isso Maniche, não aceito isso. Isso não admito a ninguém”.

Esta postura inquisitorial e censória do jornalista do canal oficial da Federação Portuguesa de Futebol para com um antigo atleta, com carreira fenomenal na selecção portuguesa, devia ser alvo de algum tipo de sanção. Mas as sanções, infelizmente, ficam para o seu Conselho de Disciplina, com o sentido de justiça que todos conhecemos.