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“Pensamos que podemos jogar e que continuamos a ser os melhores, mas não é bem assim”

Vítor Baía abordou o último ano como jogador, onde ajudou Helton na transiçao e decidiu matricular-se na faculdade para seguir a carreira de gestor desportivo.

Nós ouvimos muitas histórias de ex-jogadores que o pós carreira acaba por ser traumático e um momento muito difícil. Eu felizmente tive a capacidade de me reorganizar mentalmente. No meu último ano de jogador já tinha na cabeça o que é que queria. Podia ser treinador, o caminho que quase todos os meus ex-colegas seguiram, mas eu apostei na direção desportiva, achei que tinha aptidão para essa área”, revelou, em exclusivo ao ‘Portal dos Dragões’.

“Num ano de transição, em que ajudei o Helton na sucessão e adaptação ao FC Porto, não criei problema absolutamente nenhum [por não jogar] e isso também foi um motivo de orgulho porque nem todos têm essa capacidade… Porque pensamos sempre que podemos jogar e que continuamos a ser os melhores, mas não é bem assim. Temos de ter essa capacidade de análise do momento e eu tive esse discernimento. No último ano não joguei e matriculei-me na faculdade, 20 anos depois voltei a estudar e tirei o curso de gestão desportiva e tive formação prévia para me preparar. É importante ter as pessoas certas à nossa volta, mas também temos de procurar as ferramentas e o conhecimento. Nem sempre é fácil porque temos o rótulo de ex-jogador de futebol, mas os ex-jogadores de futebol também são pessoas bem preparadas e com capacidade para qualquer área de intervenção na sociedade”, finalizou o ex-jogador do FC Porto, na Diáspora do Clube, realizada em Seia.