Ron Jans, aos 67 anos, figura entre os treinadores mais experientes do campeonato holandês. Reconhecido como uma ‘velha raposa’, continua a admirar quem chega do estrangeiro – caso de Francesco Farioli, na época passada, quando o atual técnico do FC Porto assumiu o Ajax. Agora, à frente do Utrecht e numa partida da Liga Europa, Jans pretende conservar os resultados favoráveis contra Farioli (1 vitória e 1 empate) e não hesita em elogiar o adversário em declarações à Sport Tv.
Com zero pontos em três jornadas, o que deve o Utrecht fazer frente ao FC Porto?
“Começar por marcar um golo, o que ainda não conseguimos. O último jogo com o Friburgo foi muito desapontante, porque não merecemos mais do que a derrota, mas contra o Lyon deveríamos ter tido pelo menos 1 jogo. Queremos ser competitivos amanhã e procurar os pontos.”
É verdade que no ano passado nunca perdeu com Farioli…
“Espero continuar com o ‘nunca’ perdi… Mas a amostra são dois jogos, não é uma grande base para ter uma conclusão. Espero ganhar-lhe, mas nada em relação a ele, apenas competição, porque o respeito muito como pessoa e como treinador.”
Que impressão lhe ficou dele, enquanto pessoa e treinador?
“É o que se vê no FC Porto. Quando ele veio para o Ajax a equipa não estava bem e ele trouxe de novo vida ao Ajax, havia de novo espírito de equipa. No final não foi suficiente para ganhar o campeonato, mas penso que ele trouxe algo ao Ajax e à liga holandesa.”
Pretende oferecer-lhe algum presente?
“Fui treinador nos EUA e na Bélgica e sabe que muitas pessoas preferem os treinadores dos seus países, mas penso que ele esteve muito bem aqui, foi sempre um cavalheiro e com sentido de desportivismo. Mas o que eu gostei mesmo foi que os jogadores estavam contentes com o treinador e sei que os jogadores continuam a gostar dele. Então isso diz muito de quanto um treinador é apreciado.”
O impacto de Farioli no FC Porto surpreende-o?
“Não, mas tenho de ser correcto e dizer que agora conheço totalmente o plantel do FC Porto, mas antes não o conhecia tão bem, com exceção do Rosario, que nasceu na Holanda e jogou cá. É uma boa equipa e ele é especialista a fazer uma equipa de 11 ou de 25 jogadores.”

