Samu revelou, em entrevista à ‘Europa Press’, que desde criança sonha participar num Campeonato do Mundo de seleções pela Espanha. Esse objectivo continua distante e o passaporte para a América do Norte ainda não foi carimbado ‘La Roja’. Antes desse capítulo mundial, há, porém, muitos desafios a cumprir no FC Porto, onde o avançado mantém uma obsessão que se sobrepõe a todas as outras: conquistar o campeonato nacional.
Samu já descartou uma saída durante a janela de transferências de janeiro, alinhando-se com a direção dos azuis e brancos, que também não pondera negociar o internacional espanhol neste período. O clube conta com ele para tentar recuperar o título nacional, que tem escapado aos dragões nas últimas três épocas.
Além de ser a aquisição mais dispendiosa da história do FC Porto, Samu é, neste momento, o jogador com maior valor de mercado do plantel, avaliado pelo ‘Transfermarkt’ em 50 milhões de euros. Os números apresentados desde que chegou ao Dragão, no verão passado, tornaram-no alvo de vários clubes europeus; recentemente, o seu nome foi ligado ao Tottenham, da atrativa Premier League. Mesmo que o interesse se traduza em contactos, o projecto de carreira acordado entre todas as partes, incluindo o FC Porto, aponta para a permanência de Samu no Estádio do Dragão pelo menos até ao término da presente temporada.
Retorno financeiro
Motivado pela “nova mentalidade” que Francesco Farioli introduziu na equipa, Samu não insistirá numa saída na próxima janela. A ligação aos azuis e brancos já tem também um peso sentimental, bem como a convicção de que “os números não enganam”: melhorar as estatísticas no FC Porto constitui o trampolim ideal para, depois, concretizar o sonho do Mundial. Nesse palco, poderá aumentar ainda mais o seu valor no mercado, retribuindo a aposta no jogador com uma transferência que assegure retorno financeiro ao maior investimento portista – 32 milhões de euros – protegidos por uma cláusula de 100 M€ e um contrato até 2029.
Blindagem frente a Deniz Gül?
Ausente do jogo com a Geórgia por opção de Luis de la Fuente, Samu espera ser hoje utilizado em Sevilha, frente à Turquia e a Deniz Gül, num encontro que pode carimbar o apuramento da ‘La Roja’ para o Mundial’2026. Caso entre em campo, ficará imediatamente protegido pela seleção espanhola: segundo a FIFA, um jogador que ultrapasse as três internacionalizações por uma selecção fica impedido de representar outra, o que fecharia as portas à Nigéria, país de origem dos pais de Samu.
