Mas é que é mesmo isso, eu tentei mas não consegui explicar tão bem como tu.Eu só não percebo é porque é que alguém tem de gostar desses álbuns…
Eu acho que sentir que se tem perdido muita coisas que quase ninguém ouve, é um desejo de superioridade eclética que não devia existir.
Eu acho isso uma forma de competição nerd de omnisciência de material que ninguém tem paciência para ouvir…
Ainda por cima rap que é algo tão contextual.
Eu não sei o que é viver num bairro nos EUA… deverei querer?
Quando era jovem um gajo sentia que conhecia TUDO o que havia (nunca foi verdade mas pronto...).
É que chegava tão pouca coisa a uma cidade do interior que quase se sentia a segurança de que ninguém ia falar de algo que não conhecemos.
Mas tens toda a razão!! Cagança intelectual
Eu também não sei o que é viver num bairro nos EUA, mas o rap mostrou um pouco do que seria. Não é muito diferente da experiência do pessoal com quem vinha skatar em Lisboa e que vivia nos bairros sociais de lá. Eu próprio vivi no Monte da Caparica, Bairro amarelo e o Rakim ou algum desses gajos podia-se inspirar ali na mesma.
Estive duas semanas em Nova York e o meu turismo foram esses bairros. Só andar por lá a ver o rap que sempre ouvi a acontecer nas ruas.
Se mudares uma palavra num tema de hip hop ele continua a fazer sentido. Troca o "Nigga" por um "gajo da aldeia que continua a ser explorado pelo patrão" e continua a fazer sentido. Nisso discordo de ti, é contextual porque tudo acaba por ser, mas é como poesia, passa a ser universal ao ser ouvido por diferentes pessoas com perspectivas diferentes.
EDIT: Tenho o paul em muito boa conta relativamente aos gostos dele porque muitas vezes faz match com cenas que gosto. Não é pelo número de coisas é mesmo porque costuma ser bom