O sumo está todo aqui (falta a cereja no topo do bolo, o Cabrita), mas a questão essencial é: qualquer outro partido faria (ou fará?) diferente? A resposta é não.Se o País está num pântano a responsabilidade é exclusiva do PS e concretamente de António Costa e passo a citar algumas situações que o comprovam;
- AC disse sempre que só negociava orçamentos à esquerda (embora certos diplomas ignore a dita esquerda e negoceia com com a dita direita).
- Sobre negociações à esquerda com o orçamento apresenta o seu orçamento e quer em 15 dias que eles o aprovem. Isto não é negociação séria. Ser sério é negociar 4,5,6 meses antes as linhas gerais dele e não chegando a acordo tentar negociar à direita. Quem não tem maioria tem que negociar.
- A ministra da Justiça é de uma nulidade absoluta e para além disso arrogante. Não resolve problema nenhum (são os próprios agentes judiciais que o dizem) e não responde a nenhuma questão quando interpelada.
- A ministra da Saúde é de uma nulidade absoluta, não resolve o problema de falta de médicos, enfermeiros e auxiliares nos Hospitais e Centros de Saúde. Desde há 5 anos para cá que promete e nunca cumpre. Poderá desculpar-se com o Ministro das Finanças mas a esse vou a seguir.
- O PS tem feito anteriores orçamentos que não cumpre na generalidade por culpa das cativações para poder apresentar resultados positivos no fim de cada exercício, isto pode servir para apresentar "serviço" em Bruxelas mas não resolve os problemas dos cidadãos, aldraba-os e aldraba com quem negociou anteriores orçamentos e quer novamente aldrabar desta vez apresentando medidas que não cumprirá ou dá "esmolas" que para nada servem.
- Seria muito mais simples e sério dizer que o déficite não pode continuar a aumentar e que é preciso cortar aqui ou acolá.
- Mas aqui entramos no ponto que eles não querem discutir; vão cortar nas pensões, nos salários, na saúde, na contínua falta de gente em serviços essenciais (os que se reformam não são substituídos ou são substituídos em infima parte por gente a recibos verdes e sem contratação coletiva o que significa empregos precários).
- Ou vão cortar nos subsídios a bancos, rendas excessivas e vigarices da EDP e GALP + TAP que a não serem concedidas dariam para pagar o resto.
A tudo isto o PS nada responde. AC pensava que tinha o PCP e o BE na mão acenando-lhe com o regresso da Direita mas para o conseguir tem que negociar e não o tem feito ou tem feito de má fé em orçamentos anteriores não cumprindo o que mostrou nos orçamentos.
O que está em causa não é a aprovação de um orçamento de estado, é mesmo uma autêntica luta de pilinhas, onde cada deputado puxa a brasa para o seu partido só para cantar vitória.