O pessoal anda todo com pouca paciência e a variar muito rápido entre extremos. Não é só no futebol, é em tudo. Mas vamos ao futebol, que é o que aqui importa.
Não concordei com a escolha do VB, continuo a ter dúvidas que seja o homem certo e acho que precisávamos de um perfil diferente, alguém mais experiente e, sobretudo, sem qualquer ligação ao passado.
Aqui chegados, tirando o descalabro na Noruega, que foi uma página triste e um jogo muito mal preparado/encarado/jogado, não consigo perceber as críticas que se fazem à performance interna.
No campeonato, perdemos em Alvalade. Custou-me, não gostei da exibição, mas sejamos claros: aquele Sporting, naquele momento, era muito melhor do que nós. É uma equipa oleada, bem trabalhada, como se tem visto. Perder em Alvalade, embora custoso, não é nenhum drama.
Tirando isso, o trajeto tem sido bom, com algumas exibições melhores e outras mais atabalhoadas, mas sempre com vitórias seguras. Tirando o jogo com o Farense, que foi claramente atípico, porque tivemos um número incrível de chances claras de golo na primeira parte e fomos para o intervalo 0-0, não houve um único que tenhamos acabado com o credo na boca. Um único.
Ontem, aos 60 minutos, tínhamos o jogo arrumado. Ganhámos bem, sem problemas, e há um chorrilho infindável de críticas e pinta-se um panorama que, para quem ler, parece que estamos em sétimo ou oitavo e numa série de derrotas.
No ano passado, além de empates em casa com Aroucas e Rio Aves da vida, não conseguíamos ter um jogo tranquilo, mesmo no Dragão, onde havia sempre (sempre!) sofrimento até ao fim. E tínhamos 'um dos melhores treinadores do mundo', como muitos diziam, e um plantel com Pepe, Evanilson, Taremi e Francisco Conceição.
Agora está tudo bem? Não. Mas houvesse esta exigência sempre e se calhar estávamos, enquanto clube, bem melhor.