Tendo em conta que é um combatente do wokismo, aka extremista da ala radical da direita (se você pode supor coisas ao calhas eu também devo poder, certo?) fiquei um pouco confuso com aquilo que escreveu. Por um lado a pessoa anterior acusava as pessoas de serem bloquistas (eu que nunca votei no b.e, não deixa de ser curioso) você acusa-me de ter um discurso que fez lembrar o ventura e o passos coelho??
1 - Diz que dei a entender que os portugueses são malandros. É uma mentira e desafio-o a dizer onde é que disse que os portugueses não aceitam o trabalho por não quererem trabalhar. Diz que dá a entender. Só se for a si porque talvez fosse isso que você quisesse que eu tivesse escrito. Mas esse tipo de projeções que fez só são válidas na sua cabeça. Aliás, mencionei até, ironicamente, que os tugas são vistos como putanheiros bêbedos e malandros por parte de alguns cidadãos europeus, é a percepção dessa gente sobre nós. Por acaso não pensou que isso também seja o que eu penso, certo?
2 - Instrumentalização dos imigrantes. Este ponto, desculpe, mas é para rir. Continua a fazer projeções que não acertaram no alvo correto.
A menção à utilidade económica dos imigrantes foi apenas mencionada não como elogio da forma de ação seja de quem for mas sim em contraponto a mais uma percepção que existe na população portuguesa, e que alguns posts atrás demonstrei, que os imigrantes estão cá a causar prejuízo à S.S. Outra mentira que o devia indignar mas parece que não é por aí que funciona o seu mecanismo de indignação. Indigna-se com o facto dos imigrantes serem mal pagos e estarem a ser escravizados pelo capitalismo. isso não é uma questão/argumento wokista???
3 - refere imigração excessiva e imigração desregulada. Não conheço esses conceitos. Mas sei bem quem os utiliza. E sei bem o que defendem a seguir.
Refere que o modelo social está em declínio. Mesmo com o aumento da contribuição dos imigrantes quer em termos económicos quer em termos de natalidade. A questão é portanto, qual seria a sua solução? Obrigar os portugueses a terem filhos de forma obrigatória? Estou curioso.
4 - A famosa ruga no martim moniz. Neste ponto é onde se denota a maior dissimulação argumentativa porque das duas uma. Ou é inocente (o que não acredito) ou então quer fazer os outros de parvos, o que também não quero acreditar que seja o caso. Será que as pessoas já se esqueceram do contexto em que surgiu a primeira rusga deste governo no martim moniz? Eu recordo
Visualizar anexo 33495
Visualizar anexo 33502
Visualizar anexo 33496
Visualizar anexo 33497
Visualizar anexo 33498
Visualizar anexo 33499
Visualizar anexo 33500
Visualizar anexo 33501
Conclusão, para ver se é possível roubar alguns votos ao chega..
Visualizar anexo 33494
Resultado final destas megas intervenções num dos locais de maior perigo no mundo e arredores? Não vamos comentar porque isso seria ou desqualificar o trabalho da polícia ou então desmontar mais uma percepção que é apenas isso mesmo. Uma percepção. Mas curiosamente, o tratamento dado a essas pessoas não o indignou.. Sentimento de indignação que atravessou várias áreas políticas (talvez sejam todos wokistas).. Seria de facto curioso tendo em conta o que escreveu acima mas já não surpreende nos dias de hoje. Volto a dizer, não tenham medo de assumir as posições, podem ser erradas mas sempre fica melhor assumir do que esconderem-se sobre alguns falsos pretextos.
Meu caro, eu assumi que era progressista, uma vez que...de facto o é. Nunca recorri ao tal do "wokismo" neste fórum, por considerá-lo mesmo um conceito sem valor e uma pura arma de arremesso político. Já critiquei quem adjetiva os outros de "wokes". O que eu apontei no meu texto foi a hipocrisia de alguns (muitos?) progressistas, não tecendo qualquer crítica ao movimento progressista. Pelo contrário: estabeleci aquilo que, no meu entender, deviam ser os pilares do progressismo, que considero terem sido abandonados por vários denominados progressistas.
Portanto, eu faço uma presunção verdadeira, enquanto o prezado adjetiva a minha pessoa de inimigo do wokismo e de ser um extremista de direita, sendo que no início do texto começo logo por tecer críticas ao Passos Coelho e ao Ventura...
Com todo o respeito, mas só posso fazer uma outra suposição a esse respeito: o almoço do Miguel deve ter sido bem regado.
1. Está explicado no meu post inicial. Deu a entender e até usou isso como fator promocional da imigração. Está explanado inequivocamente ao longo do meu texto.
2. Uma vez que tão só recorreu a argumentos de índole económica para defender a imigração, posso muito bem assumir que apenas a encara desse modo. Não seria o primeiro, nem o último. E eu sou um ávido defensor do Estado Social, portanto sim, preocupo-me de forma abismal com a situação precária e obnóxio dos vários imigrantes.
3. A imigração é / foi desregulada, isso é um facto. A extinção do SEF e a criação da AIMA promoveu esse fator. Já quanto à hipótese de ser excessiva: é uma opinião, com base no número de imigrantes que vem anualmente, conforme bem enfatizei no meu post. E é excessiva, uma vez que o nosso país não consegue proporcionar condições mínimas e dignas a todos - esta parte já constitui um facto.
Sim, o Estado social está em declínio por todo o Ocidente. A imigração não salva nada e não contribui tanto quanto pensa. Além disso, um dia serão cidadãos portugueses, muitos deles beneficiários da SS - outro facto, dada a condição financeira e o tipo de trabalhos que os imigrantes geralmente exercem. Vários países com um número de imigrantes superior ao nosso não conseguem contornar a tendência da falência do Estado social. Uma medida? Não é o foco, mas aponto desde logo o aumento da idade das reformas. É uma medida impopular, injusta para as gerações vindouras, porém seria um bom começo.
4. O contexto é o mesmo da Operação Caril, de 1999. São rusgas legais, recorrentes e adequadas. Se é aproveitamento político do governo? Óbvio. Não devia, mas é aproveitamento político. Observação: todos fazem isso, todos.
Não me indigna encostar pessoas à cabeça. Não é a norma, no entanto acontece. Em vários setores, ademais: no mesmo dia da operação no Martim Moniz, houve uma no Porto, com resultados apreciáveis; nos jogos de futebol; em discotecas, quando há conflitos no exterior; etc. Volto a dizer: esse tipo de ações está previsto na lei. Salvo erro, num diploma que adveio dos quadros do Partido Socialista.
O Miguel é muito seletivo. Vê política em tudo. As minhas posições estão muito bem assumidas, tenho um histórico no fórum de longas discussões sobre este tocante. Pergunte ao
@Manageiro de futból . Aliás, se houve pessoa com quem fui injusto na minha categorização foi ele, uma vez que o apelidei de esquerdista radical, bloquista, etc. (todavia, não me recordo de usar a palavra woke, conforme o Miguel tanto me imputa). Estava profundamente enganado; ele não é nada disso. Estou certo de que ele também lhe dirá que não sou um extremista de direita - tenho opiniões porventura mais associadas à direita em certos tópicos, noutros possuo discernimentos conotados com a esquerda. Sou um moderado ideologicamente, embora reconheça que o meu discurso não o seja; e não é por ser moderado que estou sempre certo, até pelo contrário. Com o Miguel, devo apontar que não o denominei nem de esquerdista radical, nem de bloquista, nem de wokista. Atribuí-lhe uma visão progressista, sem qualquer crítica por detrás.
Expus os meus problemas com a imigração num post recente. Alguns estão associados ao tratamento que os próprios portugueses lhes dão; outros estão associados a certas ações de determinados imigrantes, mormente em relação às mulheres e aos seus direitos. Estes últimos estão ligados a imbróglios culturais de certas regiões, e não com a etnia ou raça dos imigrantes. Olhe, a França tem uma cultura de violação: a vinda de muitos franceses (saliento, franceses, não de portugueses que foram para França) para Portugal também suscitaria algumas reservas da minha parte.