A extrema direita sempre tão ativa a comentar atentados contra a humanidade continua calada contra este.. porque raios será.. israel já admitiu erros mas nega execução.. depois de ter negado a versão real do que aconteceu.. gente de confiança certamente..
O silêncio une cobardemente grande parte do espectro político. Pior do que o silêncio, não faltam até tentativas de restringir a liberdade de expressão dos que se insurgem contra a chacina. Que o digam aqueles que, na Alemanha, foram coagidos a abandonar expressões de apoio à Palestina. A Alemanha, diga-se de passagem, aparenta não ter remédio na sua obstinação em se posicionar no lado errado da História. Preferem a culpa à razão. Infelizmente, procura-se amiúde coarctar as censuras a Israel com acusações de anti-semitismo; instrumentalizando-se assim um dos episódios mais negros da humanidade, a fim de se admitir novas barbáries.
Pelo menos caem por terra algumas alucinações e ingenuidades. O exército israelita é profundamente ético. Ah, avisam as pessoas antes de arrasarem as suas casas... Destruir hospitais? Não, impossível, teremos de aguardar pela investigação dos responsáveis israelitas, jamais fariam algo assim. ... Sem prejuízo de ideias equivocadas, outros argumentos continuarão a fazer rir pelo ridículo. Não! Aquilo é gente atrasada, não respeitam as mulheres! Enquanto as armas israelitas, americanas, britânicas... matam indiscriminadamente milhares de mulheres e crianças. Agora fica à vista de todos: há uma organização terrorista em Gaza, o Hamas, e, no outro lado do muro, um estado terrorista, Israel, a pretensa democracia como a nossa.
A extrema-direita convive bem com as suas incoerências. Enquanto apelidam deputadas de outros partidos de putas e humilham uma colega de parlamento invisual, rasgam as vestes nas redes sociais, postando terríficos atentados à virtude e à decência do bom português. Um bando de delinquentes na assembleia a pelejar pela moral e os bons costumes do país.
... lá fora o mesmo: ainda ontem o Vance foi beijar a mão ao Papa. Chegando ao Estados Unidos, desata a fazer desaparecer pessoas para El Salvador, sem acusação nem condenação, ao arrepio do Supremo Tribunal.