Actualidade Nacional

Cheue

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12 Maio 2016
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Ao ver pessoas no meu redor cujo sei quanto a vida é difícil votar Chega comecei a pensar no que os alemãs chaman Schadenfreude (a activação de circuitos ligados a recompensa quando o nosso rival tropeça). Uma pessoa é capaz de fazer escolhas deletérias para os seus próprios instintos se ela tem a garantia que as suas escolhas irão prejudicar os seus inimigos, a neurociência mostrou isso muito bem. E é aqui que se encontra "o elefante ao meio da sala", que nos dá uma chave para compreender a motivação das pessoas que votam por partidos como o Chega: partidos que não defendem concretamente os interesses dessas pessoas mas que prosseguem políticas contras grupos que essas mesmas pessoas vão considerar como "oponentes", quite ir contra os seus proprios interesses.
Mesmo sentindo-se do lado dos economicamente "dominados", para essas pessoas ainda lhe restam, do ponto de vista "étnico", um sentimento de pertencimento a uma classe "dominante" e é aí que vai começar a nascer um sentimento de ameaça, e pouco a pouco vão aparecer e adicionando-se ideias racistas.
A precariedade social não pode ser a única grelha de leitura do voto "extrema direita", o voto Chega não pode ser considerado só como um vote de classe, ocultando considerações identitárias.
Não existe uma única e simple reposta que explica porquê as pessoas votam contras os seus proprios interesses mas o racismo dever ser considerado como um facto sério, grave, social, que pode explicar em parte essas escolhas.
Como diz a poetisa Douce Dibondo: "enquanto não consideramos a raça como um paradigma, um fator social total, cairemos nas mesmas cegueiras quanto ao funcionamento dos dominantes cujo o interesse cabe na divisão e no um contra o outro".
agora não se pode dizer que existe racismo porque isso é ser woke e woke=bad
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Isto é os suburbios da mourolandia, nunca fez tão sentido o nome, isto não é normal, e não tem nada a ver com racismo, nenhum povo aguenta esta pressão repentina de um grande numero de pessoas que vêm de outros países, com uma cultura e valores completamente diferentes e até contrários aos do que la sempre estiveram e fizeram a sua vidinha.

E o pior é que se sentes essa estranheza és logo crismado de racista, xenófobo e de extrema-direita. No fundo, é como se quisessem que toda a gente fosse cosmopolita à força. Ou por outras palavras: podes epnsar e sentir o que quiseres, desde que pensas e sintas o mesmo que eu. São os tempos que vivemos.
 
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bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Quem me dera ver a Mortágua fora do parlamento. Infelizmente, Lisboa tem demasiados deputados para isso acontecer.
 
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Mihaly Siska

Tribuna
3 Junho 2014
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ADN fodeu novamente, começa com o gás todo, mas não consegue capitalizar.
Não se iludam com essa do "começar bem". Apenas os círculos mais pequenos, mais conservadores e com menos literacia fecham mais rápido. Daí os resultados do ADN.
E daí talvez daqui a pouco termos as Mortáguas e a Sousa Real. São fenómenos, pelo contrário, de grande centro urbano, tão só.
 

Zack Brian

Bancada central
19 Março 2024
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  • André Villas-Boas
  • Lucho González
Yahh no centro de campanha do IL estão a dar uma "low party" até reggaeton estão a passar....
 

Cheue

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12 Maio 2016
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Isto é os suburbios da mourolandia, nunca fez tão sentido o nome, isto não é normal, e não tem nada a ver com racismo, nenhum povo aguenta esta pressão repentina de um grande numero de pessoas que vêm de outros países, com uma cultura e valores completamente diferentes e até contrários aos do que la sempre estiveram e fizeram a sua vidinha.

porque é que os autores destes vídeos se esquecem sempre do contexto?
o que se estava ali a passar?
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Pronto, não precisam de compreender os Lusíadas, precisam apenas de compreender 85% do seu vocabulário.
Mas claro que por nacionalidades, ou por regiões culturais, era mais fácil: americanos e europeus sim. Africanos e asiáticos, só se souberem dizer, por exemplo, quem foi Afonso Henriques e o que aconteceu na Ilha dos Amores, canto nono dos Lusíadas!
Mas os Lusíadas? É das coisas mais distantes dos ideais iluministas que podias escolher na literatura portuguesa. Aconselho-te a ouvir o "The rest is History" sobre Portugal para perceberes a imagem muito pouco "iluminada" a nivel internacional do grande herói dos Lusíadas.

Pelo menos a "peregrinação" sempre era um bocadinho mais próximo....
 
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