Eu tenho smartphone por uma questão de conveniência e trabalho, mas tenho o mesmo há mais de 10 anos e só vou trocar quando avariar. Muito poucas aplicações instaladas, só o que necessito, zero redes sociais. Além de que nunca fui muito apegado ao telemóvel, muitas vezes nem sequer o levo quando saio de casa e quando estou em casa funciona quase como um telefone fixo, fica parado e só pego nele se receber uma chamada.Por opção, nunca tive um smartphone. Uso uma daquelas coisas de 2002 para fazer chamadas e basta. Quando saio de casa é para olhar para as coisas e para as pessoas, não é pra estar de olhados colados a um ecrã. Isso posso fazer em casa, e faço durante horas. Para mim não há cena mais triste do que ver um grupo de miúdos, ou um casal, a olhar para o telemóvel em vez de estarem a conversar uns com os outros. A juventude está perdida!
Isso vai muito além da juventude, o que não falta são pessoas nos seus 50s, 60s, coladas aos ecrãs. Uma das coisas com que me deparo frequentemente são trabalhadores a almoçarem e colados ao smartphone, às vezes uns 3 ou 4. Também reparo em imensa gente que vai para o carro comer a sua marmita e para o telemóvel à hora de almoço, o que acho profundamente triste. Depois claro um sem número de pessoas, os zombies, como eu lhes chamo, agarrados ao telemóvel ao mesmo tempo que caminham. Nunca estivemos tão próximos e tão desconectados uns dos outros como nos dias de hoje, e há um preço a pagar.