Está tudo mal, pronto. O plantel não vai mudar nada, vão continuar os cancros e os cepos todos, o Farioli é um anjinho e se viesse o Jasus é que isto ficava tudo direito.
Admira-me como é que esse predestinado não conseguiu ser campeão nos calimeros em tanto tempo que lá esteve e só coleccionou 3°s lugares na 2a passagem pelos encornados, apesar de mais de 100M de euros de investimento.
Andam por aqui muitos portistas que querem que AVB seja o presidente deles, que faça aquilo que eles acham, que eles querem, e ponto final. Não querem que ele seja o presidente do FCP, querem que ele seja o presidente privativo deles.
Ao menos vejam lá se não começam a assobiar logo no 1° dia, ao 1° passe errado. Dêem pelo menos algum benefício da dúvida, moderem os ímpetos, pensem um bocadinho no FCP.
Panda, percebo o apelo ao benefício da dúvida — nisso estamos de acordo. Ninguém aqui defende assobiar ao primeiro passe errado, muito menos sabotar o treinador. Agora, convém não deturpar o que foi dito.
A crítica que muitos de nós fazemos não é ao Farioli como pessoa ou treinador, mas sim ao critério da escolha. É mais um treinador jovem, com uma ideia de jogo exigente, que precisa de tempo e jogadores abertos a aprender — exatamente o contrário do que temos tido no plantel. Basta ver o que se passou com o Anselmi. O problema não é a ideia, é o contexto.
E quanto ao Jorge Jesus: não o sugeri como solução literal, mas como exemplo de perfil — uma “raposa velha”, com estofo e capacidade de impor respeito imediato num balneário complicado. Goste-se dele ou não, por onde passou houve sempre um salto qualitativo. Há um “antes e depois” do JJ em vários clubes, mesmo quando não foi campeão. Era disso que falávamos: liderança com impacto imediato, não salvadores.
Agora que o Farioli é oficial, vou fazer como sempre: apoiar o treinador, apoiar o clube e torcer para que corra bem. Mas também não deixo de pensar com cabeça: para este tipo de projeto funcionar, é essencial uma limpeza profunda no plantel. Porque não vale a pena meter um treinador com uma ideia de jogo muito elaborada se ele vai ter de reeducar jogadores que nem querem, nem sabem jogar assim.
Exigir mais não é ser inimigo. É ser portista