Pelo menos parecer ser esse o plano. Não vejo é como é que uma sociedade sem trabalhadores nem contribuintes poderia funcionar. Quem é que ia comprar os bens e serviços produzidos pela automação e pela IA, e pagar os respectivos impostos? As próprias máquinas? Não. Os 10% do topo? Não seria suficiente. Uma economia que incluísse apenas os 10% do topo não geraria capital suficiente para manter as coisas de que os ricos precisam, como uma força policial ou a manutenção de infraestruturas como estradas e aeroportos.Estão um bocado desfasados. Em poucas décadas os trabalhadores não vão ser precisos para quase nada.
Mesmo esses. Vão ser precisos gradualmente cada vez menos. Em última análise a AI será capaz de se contruir a si própria.Não estão não. Estou a falalr de tech hubs, data scientics, programadores AI e afins.
Que tal um mundo com menos pessoas com acesso a bens? E no fim um mundo com menos pessoas? Isto seria um extremo, mas que pode acontecer se as pessoas não acordarem.Pelo menos parecer ser esse o plano. Não vejo é como é que uma sociedade sem trabalhadores nem contribuintes poderia funcionar. Quem é que ia comprar os bens e serviços produzidos pela automação e pela IA, e pagar os respectivos impostos? As próprias máquinas? Não. Os 10% do topo? Não seria suficiente. Uma economia que incluísse apenas os 10% do topo não geraria capital suficiente para manter as coisas de que os ricos precisam, como uma força policial ou a manutenção de infraestruturas como estradas e aeroportos.
Nesse mundo em que só os ricos teriam acesso a serviços prime, os 90% não teriam acesso a cuidados de saúde na velhice. O que significa que em vez de viverem em média até aos 85, viveriam até aos 65-70 e portanto morreriam antes de chegar à reforma. Segurança social? Problem solved.Que tal um mundo com menos pessoas com acesso a bens? E no fim um mundo com menos pessoas? Isto seria um extremo, mas que pode acontecer se as pessoas não acordarem.
Mas voltando a um futuro mais próximo e ao que estás a dizer. Por isso mesmo é que acho que como sociedade estamos a ir no sentido oposto do que devíamos (economias de direita em vez de esquerda). A segurança social do futuro vai ter que suportar muito mais do que suporta hoje. Varias ordens de grandeza mais. E isso só vai poder acontecer se os poucos que vão ter cada vez mais riqueza descontarem muito mais do que descontam hoje (impostos muito mais altos). Imagina que tens uma economia que só precisa de uns 10% da população (até pode ser menos), como manténs os outros? Mais tarde ou mais cedo isto vai acontecer, que ninguém tenha dúvidas disto.
A classe baixa, a média ou até uma parte da alta ainda não lhes caiu a ficha, mas os Peter Thiels estão todos mais do que conscientes disto, e já estão várias jogadas à frente de todos os outros.
Os únicos empregos para humanos que estão absolutamente seguros são os que exijam motricidade fina (de mãos e de pernas) ou flexibilidade física e mental. Ou seja trabalhos como de trolha, electricista, picheleiro, prostituta ou futebolista.Mesmo esses. Vão ser precisos gradualmente cada vez menos. Em última análise a AI será capaz de se contruir a si própria.
Achas que não é possível um máquina ter motricidade fina? Acredita que podem atingir níveis de coordenação e precisão muito maiores que os nossos. Todos esses trabalhos podem perfeitamente ser feitos por máquinas.Os únicos empregos para humanos que estão absolutamente seguros são os que exijam motricidade fina (de mãos e de pernas) ou flexibilidade física e mental. Ou seja trabalhos como de trolha, electricista, picheleiro, prostituta ou futebolista.
Podem ter motricidade fina, mas não flexibilidade e variabilidade de movimentos. As pessoas esquecem-se de que a máquina humana física e cerebralmente, é um milhão de vezes mais complexa do que qualquer robô ou IA. É possível programar uma máquina para fazer dois ou três movimentos, e ela vai executá-los mais depressa e melhor do que um humano. Mas uma actividade como a de picheleiro ou de futebolista exige dezenas ou centenas de movimentos diferentes. Construir uma máquina capaz disso ficaria tão caro que... mais vale pagar a um humano para o fazer.Achas que não é possível um máquina ter motricidade fina? Acredita que podem atingir níveis de coordenação e precisão muito maiores que os nossos. Todos esses trabalhos podem perfeitamente ser feitos por máquinas.
Um bocado racista esse argumento...Não, não existe só em ditaduras e no zoo.
Estás a entrar num mundo distópico. Não digo que não possa acontecer, nem em que termos se poderia realizar, mas ainda não me parece essa a direcção.Que tal um mundo com menos pessoas com acesso a bens? E no fim um mundo com menos pessoas? Isto seria um extremo, mas que pode acontecer se as pessoas não acordarem.
Mas voltando a um futuro mais próximo e ao que estás a dizer. Por isso mesmo é que acho que como sociedade estamos a ir no sentido oposto do que devíamos (economias de direita em vez de esquerda). A segurança social do futuro vai ter que suportar muito mais do que suporta hoje. Varias ordens de grandeza mais. E isso só vai poder acontecer se os poucos que vão ter cada vez mais riqueza descontarem muito mais do que descontam hoje (impostos muito mais altos). Imagina que tens uma economia que só precisa de uns 10% da população (até pode ser menos), como manténs os outros? Mais tarde ou mais cedo isto vai acontecer, que ninguém tenha dúvidas disto.
A classe baixa, a média ou até uma parte da alta ainda não lhes caiu a ficha, mas os Peter Thiels estão todos mais do que conscientes disto, e já estão várias jogadas à frente de todos os outros.
Estás completamente enganado em relação a isso. Não será tão imediato como as atividades intelctuais mas não há nada que nos diga que tecnicamente não é possível. Tens que pensar que pode ser complexo para já, mas a IA junto com a computação quantica vai tornar aquilo que demoraria séculos a descobrir ou inventar em segundos....Podem ter motricidade fina, mas não flexibilidade e variabilidade de movimentos. As pessoas esquecem-se de que a máquina humana física e cerebralmente, é um milhão de vezes mais complexa do que qualquer robô ou IA. É possível programar uma máquina para fazer dois ou três movimentos, e ela vai executá-los mais depressa e melhor do que um humano. Mas uma actividade como a de picheleiro ou de futebolista exige dezenas ou centenas de movimentos diferentes. Construir uma máquina capaz disso ficaria tão caro que... mais vale pagar a um humano para o fazer.
Nenhuma máquina seria capaz de reproduzir aquilo que muscularmente e cerebralmente o Zaidu (já nem falo do CR7 ou do Messi) faz num campo de futebol. Punhas uma equipa de robôs a jogar contra a pior selecção feminina do mundo, e o resultado seria uma goleada humilhante para as máquinas. Por muito que os humanos gostem de brincar aos deuses, têm zero hipóteses de algum dia construirem algo tão complexo e multifacetado como um ser humano. A singularidade é mais uma daquelas ilusões estúpidas típicas do seres humanos.
Na maioria dos países democráticos, a legislação não permite que partidos imponham valores religiosos — o Estado e a religião estão (ou deviam estar) em campos separados, e isso é um dos pilares básicos de qualquer democracia moderna.Um bocado racista esse argumento...
O zoo está no ocidente. Vai a qualquer grande cidade europeia, vai às estações centrais e vez o degredo da condição humana.
A ideia de que podemos trazer centenas de milhares (milhões por esta altura) de gente que nos vê a nós e à nossa cultura como inferior e fraca - é que ensina isso aos seus filhos (mais jihadistas juntaram-se à Ísis vindos do UK do que do médio oriente), aliás é um fenômeno comprovado que descendentes de imigrantes muçulmanos são mais ortodoxos/extremos do que as pessoas do país de origem - o que achas que vai acontecer quando começarem a votar em partidos islâmicos?
Não é preciso uma revolução armada para destruir a nossa sociedade, bastam números.
Mas tudo bem, há malta que prefere ficar bem na fotografia do que defender o que é certo.
E tens razão! Só desacordo com o menosprezar do islamismo - quantos ataques terroristas houveram nos últimos 25 anos? Quantos foram levados a cabo por islamistas?Na maioria dos países democráticos, a legislação não permite que partidos imponham valores religiosos — o Estado e a religião estão (ou deviam estar) em campos separados, e isso é um dos pilares básicos de qualquer democracia moderna.
Posto isto, é bem mais provável que os valores ocidentais — como o Estado social, os direitos humanos e até os princípios da velha democracia cristã — sejam postos em causa por governos de extrema-direita do que por movimentos islâmicos ortodoxos, que em democracias consolidadas quase não têm expressão.
Mesmo cá em Portugal, o discurso é parecido — e não estou a falar do Ventura, cuja consistência ideológica é frágil, mas sim à extrema-direita “bacteriologicamente pura” . Falam de uma “substituição populacional” promovida pelas elites e pelos muçulmanos, quando na realidade quantos radicais islâmicos temos identificados em Portugal? Vinte? Talvez nem isso.
Entretanto, enquanto se agita o papão do “muçulmano que odeia a nossa cultura e que vai violar as nossas mulheres”, os crimes de ódio e o terrorismo neonazi vão crescendo na Europa. E enquanto se aponta o dedo aos mais pobres, e ao degredo da condição humana nas estações centrais, o tal 1% que apoia e financia boa parte destes discursos vai ficando cada vez mais rico.
Não estou a dizer que o fundamentalismo islâmico não é um problema — é, claro, em certos contextos. Mas convém perceber a escala das coisas. Este tipo de alarmismo serve apenas para justificar medidas autoritárias e antidemocráticas e que serve como base para o regresso do discurso violento, racista e xenófobo de movimentos inspirados nas ditaduras europeias do século passado
Misturaste tantos conceitos e discussões diferentes que já tivemos aqui. Nem sei por onde começar, portanto vou por 3 ideias-base:Mas não era esta aposta de turismo em massa e imigrantes em massa para o alimentar que Portugal precisa para aumentar as remunerações e melhorar os serviços?
Os números dizem que Portugal tem um dos maiores números de famílias com casa própria na UE, isso aconteceu pelas particularidades que Portugal tinha, foram criadas outras condições para passarmos para outro tipo de país, não se pode querer sol na eira e chuva no nabal, alias pode querer mas não vai acontecer.
Isso que tu dizes de Lisboa é que eu não percebo, se vêm imigrantes para lá viver e ganham o ordenado mínimo, qual é mesmo o problema da habitação em Lisboa? por exemplo será que alguem vai para Berlim e Amesterdão viver a ganhar 800 euros por mês? E é preciso tambem dizer que viver em Lisboa não é um direito.. As casas em Lisboa são caras mas são vendidas é porque há dinheiro para isso, não há nenhum problema com o preço.
Ha muitas casas em ruinas que tem uma reabilitação que custa tanto como construir uma casa nova e depois é uma questão de contas.. sei lá gastar 150K para reabitar fazes um credito para isso, para tirares uma rentabilidade de 4% líquidos tens que meter uma renda a rondar os 900-1000 euros, mas para isso não podes ter lá alguém que ao fim de 3 meses te deixa de pagar para depois andares 5 anos para o despejar..
A maior parte das pessoas não quer ser senhorio não as podes obrigar.. e isso nunca foi um problema em Portugal, quem criou esse problema que arranje forma do resolver porque isso de empurrar para os outros resolverem não vai funcionar. Andam a falar desse "problema" e todos os semestre sobem os preços e arrendamentos.
Dás-me razão. O AL não é negativo para as cidades. Não concordo, no entanto, com rédea livre. A partir do momento em que tens freguesias em Lisboa com +50% de habitações afetas a AL, transformas freguesias em hotéis de via pública. Devem existir limites, algures entre os 5% e os 10%, na minha opinião. Até para preservar as caraterísticas das próprias zonas que são o que atraem os turistas ao AL de qualquer forma.O centro do Porto estava a cair aos bocados antes do boom do turismo, da Ryanair e do AL. Andavas pela Ribeira à noite e não vias uma única pessoa.
Se eu mandasse, ainda dava rédeas livres ao AL mais algum tempo. Há muita coisa para reconstruir ainda, sobretudo na zona oriental.
Quando estivesse tudo reconstruído, seria o momento de apertar o garrote e acabar com os exageros. Missão cumprida, uma cidade deve ser para os seus moradores.
Portanto, enganar as pessoas?Já expliquei noutro post. Só até reconstruirem o que falta, sobretudo na zona oriental.
Depois é cair em cima deles.
Tio Tino já se está a preparar para se refugiar no Brasil. Já diz Instagrã e tudo. O Tiririca que se ponha a pau!