Jorge Costa - #E2erno Capitão (1971 - 2025)

19 Julho 2018
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Conquistas
4
  • Alfredo Quintana
  • José Maria Pedroto
  • Cubillas
  • Madjer
Ao rever a entrevista ao Rui Cerqueira, já com uns anos, percebe-se que vai fazer muita falta para fazer a ponte e a ligação de quem chega, e para sentir o pulso e perceber as sensações e emoções de quem lá anda.

Quando o André fala em dar um murro na mesa, e o Jorge Costa não só não sai, como vê os seus poderes e confiança reforçados, por alguma razão é. Certamente que o trabalho deste ano estava a ser feito, com base naquilo que se passou o ano anterior e que jamais se poderá repetir.

Como ele diz na entrevista, e depois de perdermos o campeonato pós penta, nem todos os grandes jogadores têm capacidade ou valores para jogar no Futebol Clube do Porto.

Estaria extremamente orgulhoso de fazer parte deste resgate, de voltar a ver um Porto que já foi seu, de contribuir para o sucesso que certamente vai chegar.

A vida vai ter que seguir. Diferente, com feridas que custarão a sarar, mas como família vamos ter que seguir, prosperar e vencer.

Até sempre Capitão 💙
 
D

diogo_rodas

Superior
16 Junho 2025
8
55
Felgueiras
Confesso que ainda hesitei por instantes entre desabafar ou não aqui com vocês, mas como todos, sem exceção, têm sido um refúgio importante nestas últimas horas com os vossos desabafos, decidi fazê-lo também.

Por sorte e acasos da vida, nunca perdi ninguém que me é próximo , nunca vivi e senti na pele a dor de perder alguém nem tampouco alguma vez senti algum tipo de conexão emocional com alguém “famoso” que me fizesse sentir algo idêntico.

Embora a última década tenha sido demasiado dolorosa para todos nós Portistas por termos perdido tantas figuras importantes, incluindo o Presidente dos Presidentes, nenhuma me tinha tocado tanto como a perda do nosso Bicho, e, pela primeira vez, sinto que verdadeiramente parte alguém que me era algo embora nunca tenha tido sequer o privilégio de estar junto do mesmo.

E que horas difíceis foram..quando soube da notícia senti um autêntico murro no estômago, um aperto gigante que outrora nunca senti, fiquei destroçado como muitos de vós.

Pertenço ao grupo dos mais novos, nasci em 2000 e, por isso, faço parte da geração que nasceu em plena hegemonia e tempos áureos do nosso Porto , rodeado de vitórias e de feitos inigualáveis.

Tendo nascido nesse ano, infelizmente há 2/3 mágoas que sei que carregarei comigo o resto da vida: Nunca ter ido às Antas, não ter memória presente das conquistas europeias e mundiais (só uns meros relatos do meu pai que diz que eu embora pequenino vibrara imenso com os festejos dele nessas nossas gigantes vitórias) e, por último, o facto de não ter tido o prazer de seguir de perto e sentir todo o simbolismo e impacto do Jorge naquilo que é o Portismo no estado puro, embora o meu pai me tenha sempre transmitido que este era um dos, senão mesmo o, expoente máximo daquilo que é representar e defender o nosso clube.

E é isso que é o Jorge Costa para mim, o Jorge é o Futebol Clube do Porto, e o Futebol Clube do Porto é o Jorge, não se dissociam um do outro.

Infelizmente para mim, não tive o privilégio de ver como alguns de vocês, grandes capitães como João Pinto ou Bibota, por isso, para mim, o Jorge foi, é, e sempre será o Capitão , o maior de todos, o símbolo máximo do que foi defender o Clube sem segundas intenções nem se servir do mesmo.

É com tristeza e um peso gigante que o vejo partir, tão pouco tempo depois de me ter dado uma alegria de uma vida por o ver voltar ao lugar onde nunca deveria ter saído, a lutar, junto com o André, por devolver o nosso Porto ao lugar que pertence.

A ti, Bicho, devo-te gratidão eterna, porque em ti, sempre tive a personificação daquilo que é um dos maiores amores da minha vida, o nosso grande Porto.

Que os próximos tempos sejam risonhos para todos nós e em maio possamos todos festejar as conquistas que por tanto vinhas lutando, que seria certamente o teu maior desejo!

Um obrigado e umas meras palavras nunca serão suficientes para agradecer-te por tanto.

Estarás sempre presente em cada conquista nossa, Bicho.

Até sempre, Meu Capitão !
 

Ricky Silva

Lugar Anual
18 Julho 2025
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Ao rever a entrevista ao Rui Cerqueira, já com uns anos, percebe-se que vai fazer muita falta para fazer a ponte e a ligação de quem chega, e para sentir o pulso e perceber as sensações e emoções de quem lá anda.

Quando o André fala em dar um murro na mesa, e o Jorge Costa não só não sai, como vê os seus poderes e confiança reforçados, por alguma razão é. Certamente que o trabalho deste ano estava a ser feito, com base naquilo que se passou o ano anterior e que jamais se poderá repetir.

Como ele diz na entrevista, e depois de perdermos o campeonato pós penta, nem todos os grandes jogadores têm capacidade ou valores para jogar no Futebol Clube do Porto.

Estaria extremamente orgulhoso de fazer parte deste resgate, de voltar a ver um Porto que já foi seu, de contribuir para o sucesso que certamente vai chegar.

A vida vai ter que seguir. Diferente, com feridas que custarão a sarar, mas como família vamos ter que seguir, prosperar e vencer.

Até sempre Capitão 💙
A partida do Capitão vai ter tanto impacto como se fosse um dos melhores jogadores do plantel. O problema é que um jogador, por melhor que seja, é substituível. Um símbolo não tem substituição possível.
 

Trivelas

Arquibancada
4 Agosto 2016
441
247
Tenho dúvidas se retirar a camisola 2 será a verdadeira homenagem a Jorge Costa.

A camisola 2 tem um simbolismo enorme. Mais que um simples número estampado, representa a essência do que é ser Portista.
Raça, coragem, determinação, resiliência, coração, orgulho, honra, liderança.

Vestir a camisola do Porto deve ser motivo de orgulho, mas usar a número 2 deve ser visto como uma espécie de Santo Graal, apenas ao alcance dos escolhidos.
Mais que retirar a camisola, agora mais que nunca, apenas aqueles verdadeiramente merecedores da mesma a devem vestir.
Não é um simples número de plantel. É o símbolo da liderança do clube. E todo precisamos de líderes fortes.
E saber que alguém reúne todas essas qualidades para a envergar, será a maior homenagem a quem tão profundamente defendeu esses valores.
 

Mihaly Siska

Tribuna
3 Junho 2014
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Jorge, amanhã vou de propósito ao Porto para te homenagear.
Levo comigo uma relíquia, verdadeiramente preciosa para mim, que vou deixar à tua guarda:
uma pequena bandeirinha do nosso Clube que um dia um desconhecido me ofereceu, em 1971,
ano do teu nascimento e que foi a semente do meu portismo.
Tenho a certeza que nos voltaremos a encontrar e tu lá estarás, com a bandeirinha, para a devolveres.
Até sempre, Capitão!
É inacreditável a comunhão entre os portistas. Esses episódios de desconhecidos oferecerem adereços às crianças era tão normal nesses tempos. Quando eu nasci, quase 2 décadas depois, um desconhecido vestido à Porto num STCP (ou lá como se chamava nessa altura) viu o meu irmão a chorar e quis oferecer-lhe também uma bandeira ou o chapéu do Porto que trazia vestido. Foi a primeira vez que o meu irmão me foi ver após o meu nascimento e ele estava com medo de não voltar para casa, embora estivesse com o meu pai. Crianças pequeninas são assim. Naquele tempo a Feira ficava "mais longe" do que hoje.
O dia, esse, era emblemático: 5 de junho de 1988. Alguém daqui esteve nesse dia nas Antas?
 
Edgar Siska

Edgar Siska

Guarda Varangiana Anti- Panelas
9 Julho 2016
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Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Bicho, meu Bicho, hoje bateu-me a recordação daquele dia, em que assinaste a minha bola Finale da CL.
Eu já não era aquele chavalo adolsescente que vivia na mesma rua que tu, dois quarteirões abaixo, que te via a carregar o saco ao chegar de um treino e sorria e tu sorrias de volta, já era um homem crescido naquele glorioso ano de 2004, mas mal te vi sabia que o primeiro nome que queria na bola, era o teu, seguido do Baía e só depois os outros.

E foi com o ar que tinhas fora de campo, completamente diferente do teu ar intratatável na luta dentro das 4 linhas quando carregavas o nosso brasão abençoado, que me recebeste a mim, ao meu irmão e ao meu primo e te pedi e tu cheio de sacas de compras mais a família "Jorge, podes assinar a minha bola, quero ter aqui os nossos campeões e vou começar por ti" tu sorrindo, interrompeste o que estavas a fazer, sorriste e pegaste na bola e perguntaste "são teus irmãos?" e eu "este é o meu irmão e este é meu primo" e tu "eles também são Dragões?" e eu "o meu irmão é, mas este aqui o meu primo é benfiquista" e tu olhaste "tenham paciência com ele, fodam-lhe a cabeça, mas carinhosamente que ele só sofre". Arrancaste uma gargalhada a um benfiquista. E ele ficou a respeitar-te para o resto da tua vida.
Até ali, tal como no campo, desarmaste um adversário e ele ficou com admiração pela tua pessoa.

Bicho, é mais uma que ninguém nos rouba, aí onde estás, além de todos os momentos felizes como Portistas, esta memória.
Não te digo adeus, nunca se diz adeus a alguém que vai caminhar sempre com todos os portistas, agora espiritualmente, mas nunca deixará de estar cá enquanto houver uma gota de mística e de portismo.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
6,009
6,740
Tenho dúvidas se retirar a camisola 2 será a verdadeira homenagem a Jorge Costa.

A camisola 2 tem um simbolismo enorme. Mais que um simples número estampado, representa a essência do que é ser Portista.
Raça, coragem, determinação, resiliência, coração, orgulho, honra, liderança.

Vestir a camisola do Porto deve ser motivo de orgulho, mas usar a número 2 deve ser visto como uma espécie de Santo Graal, apenas ao alcance dos escolhidos.
Mais que retirar a camisola, agora mais que nunca, apenas aqueles verdadeiramente merecedores da mesma a devem vestir.
Não é um simples número de plantel. É o símbolo da liderança do clube. E todo precisamos de líderes fortes.
E saber que alguém reúne todas essas qualidades para a envergar, será a maior homenagem a quem tão profundamente defendeu esses valores.
Já outros sugeriram aqui e eu concordo: esta época a camisola 2 fica vaga, e na próxima passa para o Rúben Neves.
Mas se eu estivesse no lugar do presidente ia ainda mais longe e reforçaria o lado "sagrado" da camisola 2 decretando que a partir de agora ela só pode ser vestida por um portista formado no clube. Essa associação do nº2 à mística do clube poderia ser apenas uma coisa simbólica, mas são este tipo de simbologias que reforçam a identidade e a memória de um clube.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
6,009
6,740
Bicho, meu Bicho, hoje bateu-me a recordação daquele dia, em que assinaste a minha bola Finale da CL.
Eu já não era aquele chavalo adolsescente que vivia na mesma rua que tu, dois quarteirões abaixo, que te via a carregar o saco ao chegar de um treino e sorria e tu sorrias de volta, já era um homem crescido naquele glorioso ano de 2004, mas mal te vi sabia que o primeiro nome que queria na bola, era o teu, seguido do Baía e só depois os outros.

E foi com o ar que tinhas fora de campo, completamente diferente do teu ar intratatável na luta dentro das 4 linhas quando carregavas o nosso brasão abençoado, que me recebeste a mim, ao meu irmão e ao meu primo e te pedi e tu cheio de sacas de compras mais a família "Jorge, podes assinar a minha bola, quero ter aqui os nossos campeões e vou começar por ti" tu sorrindo, interrompeste o que estavas a fazer, sorriste e pegaste na bola e perguntaste "são teus irmãos?" e eu "este é o meu irmão e este é meu primo" e tu "eles também são Dragões?" e eu "o meu irmão é, mas este aqui o meu primo é benfiquista" e tu olhaste "tenham paciência com ele, fodam-lhe a cabeça, mas carinhosamente que ele só sofre". Arrancaste uma gargalhada a um benfiquista. E ele ficou a respeitar-te para o resto da tua vida.
Até ali, tal como no campo, desarmaste um adversário e ele ficou com admiração pela tua pessoa.

Bicho, é mais uma que ninguém nos rouba, aí onde estás, além de todos os momentos felizes como Portistas, esta memória.
Não te digo adeus, nunca se diz adeus a alguém que vai caminhar sempre com todos os portistas, agora espiritualmente, mas nunca deixará de estar cá enquanto houver uma gota de mística e de portismo.
Foda-se, puseste-me a chorar, e o pior é que já não és o primeiro hoje. PQP esta merda. Que dia!
 

Dragão de Aveiro

Arquibancada
10 Janeiro 2021
159
375
Aveiro
Foi o maior capitão da minha geração (tenho 38)

Um dia muito triste! Descansa em paz Bicho #2
Tenho 35 anos e subscrevo.
A nossa geração cresceu a ver no Jorge Costa um exemplo de Portismo, liderança e amor ao clube. Fez parte da nossa infância e essa é a maior dádiva de todas, ele partiu mas só fisicamente. Porque nos nossos corações vai estar sempre.
Descansa em paz Bicho. Vais ser sempre lembrado 💙
 

fcbarros

Superior
2 Setembro 2016
12
18
Foda-se, puseste-me a chorar, e o pior é que já não és o primeiro hoje. PQP esta merda. Que dia!
Depois do espectacular dia de apresentação, que tantas esperanças me levantou, hoje foi um dia muito difícil, com a notícia do falecimento do nosso Capitão. Também estive agora a ver a entrevista do Rui Cerqueira e fiquei com a perfeita noção que não vai ser possível substituir tudo o que o Jorge Costa trazia. Mas ver todas estas memórias e manifestações de portismo, renova-me a esperança que finalmente seja um momento de união e que este seja a altura em que todos comecemos a remar no mesmo sentido! Acredito que pelo e2erno Capitão Jorge Costa, pelo Presidente dos Presidentes Jorge Nuno Pinto da Costa, pelo FC Porto e por todos os portistas, este ano vamos nos unir e ser campeões!

Este ano seguimos Juntos!!!
 

SD_1995

Tribuna
1 Outubro 2016
4,103
1,999
Porto
Isso vai contra a ideia que o próprio Jorge Costa defenderia. Ele na entrevista ao Cerqueira disse que a mística não é uma coisa exclusiva da formação ou de gajos nascidos e criados no Olival. Ele deu o exemplo do Derlei como um gajo que, para ele, carregava a mística do Porto e no entanto era um brasileiro que vinha do Leiria. A mística não nasce com ninguém, conquista-se.
Gostava de ver essa parte se foi bem assim que ele disse.