Presidente,
Permita-me, com a humildade de um simples adepto e sócio, prestar-lhe uma palavra de gratidão e profundo respeito. A forma como se conduziu na despedida do eterno número 2, Jorge Costa — o nosso Bicho — e, antes disso, na homenagem sentida ao Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, não foi apenas digna: foi um exemplo raro de ombridade, elevação e sentido de instituição.
O André é, verdadeiramente, um homem com H grande. Em tempos em que tantos se perdem em ruído, vaidade e pequenos cálculos, a sua postura serena e fiel aos valores mais nobres do desporto e da vida recorda-nos que a educação é elevação interior — e que nem o carácter, nem a gratidão, nem a dignidade estão à venda.
Sinto um orgulho imenso em vê-lo hoje no lugar que, de forma tão natural quanto merecida, lhe estava destinado. O seu percurso, marcado por inteligência, coragem e um amor inabalável ao clube, convergia há muito para este momento. Ver um Portista de corpo inteiro, moldado pela história e pelo coração do Dragão, assumir os destinos do nosso FCPorto é motivo de confiança e esperança renovadas.
O seu amor ao Futebol Clube do Porto — vivido com paixão, lealdade e um silencioso mas firme sentido de missão, desprovido de todo e qualquer interesse que não o da instituição — enobrece não apenas a presidência que hoje assume, mas também todos os que ainda acreditam que servir o clube é, acima de tudo, uma forma de honra.
Obrigado, Presidente.
