Não conheço ao detalhe as funções que o Jorge Costa desempenhava, mas tenho a ideia de que estavam mais ligadas ao acompanhamento da equipa, funcionando como uma ponte entre o presidente e o treinador. Com o conhecimento profundo que tem do futebol, do FC Porto e da liderança de balneário, acredito que tenha contribuído na definição de perfis de jogadores - quem poderia servir para o clube e quem não se enquadraria. Ainda assim, parece-me que a coordenação e o controlo da estratégia para o futebol estão a cargo de outra pessoa.
Dito isto, o perfil ideal para este tipo de função acho que poderá ser alguém que conheça bem o clube, o ambiente de balneário e que seja de total confiança. Para mim, dois nomes encaixam nesse perfil: Pedro Emanuel (antigo adjunto de AVB) e Costinha.
Pessoalmente, estou mais inclinado para o Costinha. É alguém que sempre soube estar próximo dos jogadores. Lembro-me de histórias dos tempos em que ainda jogava, onde ajudou a orientar e proteger colegas como o César Peixoto, Cândido Costa ou o Quaresma. Sempre me pareceu uma pessoa correta.
Passou por uma fase conturbada como diretor desportivo do Sporting, onde se cometeram vários erros, mas não me recordo de uma única entrevista em que tenha falado mal de alguém. Sempre que fala do FC Porto, mesmo não tendo sido formado no clube, sente-se que o ADN lhe foi passado. E confesso que me emocionou vê-lo tão tocado no momento da despedida do Jorge Costa.
Agora, a palavra está do lado do AVB.