Cada vez mais se nota o impacto que o Alberto já tem no nosso jogo. A sua ausência nestes últimos jogos evidenciou o quanto ele é crucial para a forma como a equipa se organiza ofensivamente e até defensivamente.
O Alberto não é só um jogador rápido, é alguém que dá largura, profundidade e verticalidade. Quando ele está em campo, obriga as equipas adversárias a abrir mais, a ajustar posicionamentos, e isso cria espaço para os nossos médios e avançados trabalharem melhor entre linhas. Sem ele, o nosso jogo tende a ficar mais centralizado e previsível, facilitando a vida a quem defende em bloco baixo, como vimos ontem.
Outro ponto é a sua capacidade de transição ofensiva. Com o Alberto, temos sempre uma ameaça na lateral. Ele oferece soluções rápidas que não só aceleram o nosso ataque, como também obrigam o adversário a hesitar antes de subir linhas, dando-nos algum controlo mesmo sem bola.
O Rosário, tem feito o que pode, mas para o "proteger" acaba por aparecer em zonas mais interiores, ou seja, não oferece a mesma projeção nem a mesma agressividade ofensiva. Isso faz toda a diferença em jogos grandes ou muito encaixados, onde um momento de rutura pode decidir o resultado.
Ontem, frente ao Salzburgo, ficou bem visível essa falta de largura. A equipa austríaca conseguiu encaixar no nosso meio-campo porque não precisou de se preocupar tanto com as alas, algo que seria completamente diferente com o Alberto disponível.
Quando ele regressar, acredito que vamos voltar a ver um FC Porto mais imprevisível e mais perigoso.