Em 21 de Novembro, à SIC, Pinto da Costa afirmou e cito:
"Em terceiro lugar, a nossa Academia na Maia cujos projectos já estão feitos. É pôr as máquinas no terreno porque o resto está feito."
Ora, isto é falso como o próprio Manuel Salgado, involuntariamente, assumiu em entrevista dada ao Record em 16.11.2023, onde referiu que nem sequer o levantamento topográfico estava feito (o que é fácil de compreender dado que nem sequer terrenos tinham).
Portanto, àquela data não havia nem terrenos nem projecto (como ainda hoje não há).
Mais recentemente, isto é, em 03.03.2024, Pinto da Costa afirmou que já lá estavam tractores a trabalhar, como que procurando fazer crer que a obra já tinha arrancado, o que é falso pois ainda não detemos os terrenos nem existe qualquer projecto concluído, quanto mais licenciado.
Esse é um juízo que só pode decorrer do desconhecimento de um processo desta natureza.
Este projecto obedece a pareceres prévios vinculativos de várias entidades exteriores ao Município, entre as quais se encontram as Infraestuturas de Portugal, Cultura, Ambiente.
Desconhece-se o sentido desses pareceres (dado que não há, sequer, projecto) mas, em abstracto, os mesmos podem inviabilizar a pretensão, obrigar a que a mesma seja reformulada ou não ter qualquer impacto na dita.
A informação que tens está errada.
Eu procuro não fazer afirmações ou juízos gratuitos.
Basta consultar
https://www.predialonline.pt/PredialOnline/FRM005ARPOLIS_input.action e inserir o código IP-0228-91242-130614-000054
Por outro lado, o outro terreno privado também não está, à data de hoje, adquirido, figurando ainda na esfera privada de terceiros.
Com isto não quero dizer que o Centro de Alto Rendimento no Olival é a melhor solução ou que a Academia na Maia é uma péssima escolha.
Isto obedecia a uma discussão mais alargada pois ambos os casos têm prós e contras.
O que não posso tolerar é que, a cavalos de mentiras despudoradas, se procure dar a Academia na Maia como um dado consumado ou irreversível quando não é dado que a mesma está numa fase quase tão embrionária quanto a do Olival.
Etica e institucionalmente, uma decisão estrutural desta natureza deveria ser tomada pela próxima direcção.