Sinal positivo. Assegurou um dos ou mesmo o maior mercado de sempre, tem vindo a cumprir. Na verdade, revoluciona o plantel do Porto em duas temporadas. João Costa, Prpic, Bednarek, Alberto Costa, Froholdt, Gabri Veiga, Luuk de Jong, Borja... possivelmente Rosario. A estes juntam-se Nehuén, Moura, William Gomes, Samu... praticamente um planel novo desde assumiu a presidência. O plantel parece agora mais capaz e competitivo, as primeiras impressões são boas e escolha da equipa técnica aparenta maior sensatez. Ponto extra para a contratação de dois jogadores que já viram tudo no futebol, Bednarek e de Jong. Reconstruir uma equipa sem pesos-pesados e apenas com miudagem...
Boas vendas nos casos de Otávio e Borges, fez-se o melhor possível com Francisco Conceição, vários empréstimos e soluções para outros jogadores. Veremos o que acontecerá com Mora.
Seria benéfico ter o mesmo tipo de olhar e determinação quanto à equipa B. Convém ter vários jogadores de qualidade e potencial espalhados pela formação, com alguns no plantel principal. Que tenham, pelo menos, utilidade financeira. Actualmente, qualquer jovem que dê um par de pontapés na bola vale milhões de euros. Há que saber usar todas as competições e ir promovendo alguns atletas, mesmo que o futuro deles não seja com o clube. Noutros casos, considerando as vendas que muitas equipas conseguem já realizar, preservar parte dos direitos económicos dos jogadores é uma estratégia a ter em consideração. Villas-Boas que olhe também para o que fazem os dois maiores clubes brasileiros: tratam a formação sem qualquer tipo de romantismo, formam para vender e muitas vezes tiram pouco ou nenhum rendimento desportivo dos jogadores. No entanto, usam essas vendas para fortalecer continuamente a equipa principal.
Não é caso para quaisquer celebrações, muito menos depois de uma época desastrosa. Ainda assim, este Porto do segundo ano de AVB parece justificar mais optimismo. Esta temporada tem de ser melhor e muito mal estaríamos se não fosse.