Hoje é um dia triste para o clube. Saíu mais um grande jogador. Mas o que faz muitos adeptos do NGC ficar em baixo com esta venda, quando do nosso clube já vimos sair 'monstros' como Baía, Couto, Deco, Hulk, James, Moutinho, Madjer, Gomes, Futre e outros tantos que foram maiores que o Oli?
Para mim, as razões desta tristeza que me (nos) invade hoje são principalmente três, mas existem mais algumas para além dessas:
1ª - Ser segunda feira. Foda-se, não se vende um dos activos do clube a uma segunda feira. Já é um dia mau só por si, com a venda de um dos nossos é um dia terrível que nunca mais acaba.
2ª - A venda do OLI deixa-nos com a sensação que ele foi subaproveitado enquanto cá esteve. Nunca foi um titular absoluto, mas quando jogava mostrava que tinha muita técnica, dando um perfume de qualidade ao nosso futebol. Porém, nunca se tornou num jogador indispensável (talvez à excepção do tempo do lopes).
Não sendo um titular absoluto, a sua venda não torna o nosso 11 mais fraco mas deixou-nos a todos (ou quase) mais preocupados com o futuro do NGC.
3ª - A saída do herrera (o tal capitão que ficava se nós quiséssemos mas que não renovou pelo NGC) deixa-nos sonhar que esta seria a época do OLI, que finalmente teria sempre lugar no nosso 11.
A sua venda deita abaixo a esperança que muitos de nós tínhamos que o NGT iria mudar a forma de jogar da nossa equipa, aproveitando os melhores interpretes para um jogo com mais qualidade técnica, ao invés do futebol mais directo e mais físico. Com a sua saída, voltaremos a ter um meio campo de músculo e corrida, sem ninguém (a não ser que venha alguém de que ainda não se falou) para pensar e pausar o jogo.
Outras questões prendem-se com os valores da venda. Comprado por 20M, vai ser vendido (ao que parece) por 12M. Perdemos aqui 8M, sem termos aproveitado o seu valor futebolístico. Perdemos, na nossa história, grandes jogadores, como comecei por escrever, mas esses saíram depois de nos darem títulos, de nos satisfazerem com grandes exibições e deixaram-nos com o sentimento que tivemos tudo o que podíamos ter tido. Essa sensação não tenho em relação ao Oliver, continuo a achar que não aproveitamos todo o seu potencial.
A questão maior era se valia a pena ter o Oli mais um ano no banco (ou na bancada - e se o mesmo estava disposto a isso) ou se devíamos tentar fazer algum dinheiro com ele. A venda foi, na minha opinião, a solução menos má. Se não é para jogar, mais vale vender. Aqui parado só ia desvalorizar ainda mais.
Desculpem o testamento. Tinha esperanças que ao escrever este texto todo o dia já tivesse passado, mas ainda é segunda feira à tarde... Merda de dia que nunca mais acaba.