Actualidade internacional

Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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Eu não critiquei os coletes amarelos. Eu acho que as pessoas não têm noção o quão mau as coisas estão na França. E os coletes amarelos começam com um protesto apartidário contra um aumento de impostos brutal sobre os combustíveis. A questão que eu referi é que é muito fácil deitar gasolina sobre uma situação destas e de repente tens milhões de pessoas a votar numa Le Pen com medo do que possa sair.
Eu por acaso do que tenho visto últimamente não acredito que venha a fazer um bom resultado em 2022. O facto de voltar a falar muito mais de identidade e quase nada de economia,euro(tambêm por falta de capacidade) num país como a França acho que é um enorme erro. Mas a politica do Macron de privatizações, destruição dos serviços públicos, reforma das pensões para essas pessoas é uma verdadeira catastrofe.
 
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Vlk

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3 Junho 2014
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Lisboa
O que continuamos a assistir é uma falência de regime. Mas isto não é de agora. Já vem de uma crise económica de 2008... isto é somente o acumular e extravasar de frustração acumulada. Como o foram os coletes amarelos e a subida dos populistas e extremistas...É uma reação popular ao falhanço iminente do novo liberalismo pos-guerra fria.
Ainda há dias, em plena pandemia, sai a notícia de q os 100 mais ricos estão 24% mais ricos...
As pessoas sentem-se como joguetes do poder económico, viram em Trump mais protecionismo para os seus empregos. São pessoas altamente suscetíveis a qq noticias ou pseudo-notícia e hoje já não há ópios como a religião para controlo...

É un cocktail perigoso e talvez só não acabe pior porque muitas das grandes empresas, em especial as das redes sociais, começam a controlar as notícias e as opiniões. Assim, Também protegem o sei status quo.

Tudo isto é válido para extrema direita e esquerda.

Se não regressarmos ao equacionar de princípios de distribuição de riqueza, isto só piora.
Isso não faz muito sentido. O Trump é um dos maiores representantes do liberalismo, a redistribuição da riqueza é exatamente o que os apoiantes do Trump não querem. E daquela gente toda que lá esteve ontem não me pareciam propiamente pessoas a passar grandes dificuldades financeiras (embora isso seja difícil de avaliar).

Mais uma vez essa equiparação entre extrema esquerda / extrema direita é demasiadamente forçada. O único ponto onde eventualmente se podem tocar (e isto é em qualquer parte do mundo) é numa franja da base de apoio com níveis mais baixos de educação, "blue collar" antigamente muito afeta aos sindicatos, mas que hoje não tem grande representatividade na chamada extrema esquerda. De resto não há nada, pontos de contactos nenhuns, nenhum objetivo comum. Forçar isso é ignorar a origem de uns e outros.
 
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MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
É a face da falência dum sistema político, falência essa que ninguém quer assumir.

Mas há coisas que nunca mudam e ninguém se incomoda.
"Dá-me o controlo da economia e não quero saber quem faz as leis ou está no poder" Rothschild

Mas pronto, o meu interesse pelos usa com Biden ou outro é perto de zero...e confiança com Biden ou outro é abaixo de zero.

O ganho é não ter q ler as ignorâncias dum palhaço sem nível como Trump...hei-de ler outras... ignorâncias vindas daquele país não faltam, umas vezes mais camufladas com melhor imprensa outras mais descaradas mas não vao faltar.
Concordo contigo. O problema é que, e segundo escreveram aqui algumas pessoas, esta era a resposta a essa falência.
Uma resposta que iria trazer uma nova luz, um novo caminho, novas soluções.
Pois bem, está visto o que esse caminho representa. E acima de tudo, está visto que este tipo de gente não é solução para nada.
Como foi dito por algumas pessoas, e era evidente que seria isto que iria acontecer, nunca a democracia sofreu um ataque como estes. Pasmam-se agora as pessoas com o facto de que pessoas com tiques ditatoriais racistas e xenófobos de facto governam em coerência com esses princípios.
Quanto ao resto, também concordo contigo, o Biden possivelmente não será também a solução do problema. Diferente disso é pensar-se, ou escrever-se, que o Biden representa um mesmo problema do que este atrasado mental. Não representa nem de longe nem de perto.
O que não invalida que os USA continuarão a ter os mesmos problemas que sempre tiveram e que continuarão a merecer a crítica. Mas de uma magnitude diferente.
 

Daikan

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21 Agosto 2012
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É verdade, mas o problema da extrema direita é que tem à sua disposição fundos ilimitados, controla praticamente todos os orgãos de comunicação social e faz autênticas lavagens cerebrais às pessoas para com medo apoiarem as suas causas.

Já os movimentos de extrema esquerda (que não são melhores que os outros) só aparecem quando existem situações graves de fome e pobreza. Esta pandemia é terreno fértil para o surgimento deste tipo de movimentos. Não é por acaso que é América do Sul que surgem esses movimentos. Na Europa e EUA, o principal problema são mesmo os movimentos de extrema direita.
Ainda hoje em dia, na América Latina existe o dia de Colombo, ou, como muitos chamam, o dia da raça (hispânica)... a ascensão dos maduros, chavez, morales e outros nunca foi inocente. Neste países, os descendentes ocidentais (maioritariamente espanhois) continuaram a controlar a economia e a viver num verdadeiro regime de apartheid.
Eu já testemunhei, em alguns destes países, recentemente, pessoas de ascendência indígena a ser barrada de espaços comerciais... e já passei um destes dias de colombo numa aldeia. E não, não foi o dia de celebração que muitos imaginam....

Nesse aspecto, recomendo 2 leituras. A história de uma empresa americana chamada United Fruits Company... e uma mais erudita, o fabulosos Mito de Colombo do Eduardo Lourenço.
 
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Vlk

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3 Junho 2014
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Falando da chamada extrema esquerda e da extrema direita e recuando ao 25 de Abril que eu viví de forma intensa. O 25 de Abril foi um movimento organizado por militares oficiais e milicianos que estavam saturados da guerra colonial que era uma espécie de guerra dos 100 anos de época longínqua sem fim à vista, o regime não aceitava negociar, não aceitava que nas colónias houvesse "ida a votos" não porque perdesse (no principio até ganharia essas eleições) mas porque abriria caminho à democracia e no continente teria que fazer o mesmo e o regime imposto por Salazar, agora sobre a batuta de Marcelo Caetano, acabaria por cair mais cedo ou mais tarde (as eleições falsificadas aquando de Humberto Delgado levaram Salazar a recuar e a nunca mais aceitar que houvesse tais eleições).
Portanto o 25 de Abril sob a batuta do chamado Movimento dos Capitães tinha como lema duas coisas fundamentais; DEMOCRATIZAR (ou seja fazer eleições livres) , DESCOLONIZAR . No início foi uma mar de rosas até â altura em que Spínola tentou reverter a descolonização e apelou à maioria silenciosa. Esse apelo foi um fiasco e teve que se demitir (ele não mandava, quem o colocou lá foi o MFA) e cedeu o poder a Costa Gomes talvez o General mais injustiçado da história dessa época - ficou-se na época com a ideia que era afeto aos comunistas o que se veio a verificar que era falso. Esse movimento de Spínola gerou o ascenso de forças de extrema direita que saíram muitos do País para organizar um golpe de Estado sob o comando do MDLP e depois o ELP. Nessa ocasião havia forças políticas desde o PCP a maoístas e basistas que aproveitaram a derrota de Spínola e tentaram fazer de Portugal um País de "socialimo real". Mas tivemos as eleições para as Constituintes e aí o voto do povo foi soberano; a maioria escolheu o PS e o na altura chamado PPD hoje PSD (para quem não sabe não foi PSD de início como queria Sá Carneiro porque antes de se registar já havia outro PSD e teve que adoptar outro nome). Aí emergiram movimentos que declaravam que o sentir do povo não estava apenas nas urnas mas nos movimentos de base, nas comissões de trabalhadores. Foi aí que Vasco Gonçalves apareceu com as nacionalizações (curiosamente ou não decidiu não nacionalizar nenhuma empresa ou banco estrangeiro) e o resto é conhecido. Tivemos um período conturbado de Março de 75 a Novembro de 75. Nessa altura digladiavam-se forças de extrema direita e da extrema esquerda em que aconteceram mortes, tivemos o chamado cerco ao Congresso do Palácio de Cristal do CDS onde não aconteceu um banho de sangue porque as negociações num anexo do Pavilhão (em que eu participei e fiquei/senti a saber com surpresa que Freitas do Amaral não era um fascista era uma pessoa decente e democrata cristão), o cerco terminou e ainda bem porque da Serra do Pilar vinham milhares de pessoas para se confrontarem com os manifestantes do cerco. Teria sido uma guerra fraticida porque de um lado e outro havia familias, irmãos, pais e filhos de ambos os lados. No dia seguinte as minhas convicções de maoísta tremeram mas ainda mantive a filiação e a ideologia.
Agora entrando no ponto parecido com o de ontem do Capitólio. Tivemos um cerco à Assembleia da República e aí desistí e abandonei. Mas a extrema esquerda compreendeu que tinha perdido a batalha e desandou do local. Cunhal também percebeu que a democracia um homem/mulher um voto tinha ganho a batalha. Até ao 25 de Novembro, dia muito complexo e ainda hoje difícil de explicar, continuaram as lutas entre a extrema esquerda e os democratas com a extrema direita à espreita para dar um golpe militar. Acabado o 25 de Abril tivemos aquele discurso muito importante do ideólogo do 25 de Abril Melo Antunes ao dizer que o PCP tinha o seu lugar na democracia tal como as outras forças da extrema esquerda desde que respeitassem a vontade popular. Nessa altura a extrema direita que queria o regresso ao regime totalitário perdeu a batalha, ainda sobreviveram durante algum tempo em compita com movimentos basistas (digamos uma esquerda não PCP nem maoístas) a que desgraçadamente Otelo se uníu. Mas a democracia venceu e com altos e baixos sobreviveu até hoje. Desde há mais de 15 anos as condições políticas, económicas e sociais são muito diferentes de um passado não muito longínquo, precisam-se novas políticas, novas soluções mas dentro da racionalidade, nunca da negação da ciência, das alterações climáticas que existem e precisam de medidas urgentes. Trump e Bolsonaro são os Hitlers, Mussolinis da atualidade. Têm que ser combatidos e desmontar as suas teses falsas e inócuas do futuro. Com a queda de Trump virá talvez um tempo de bonança mas a guerra nunca estará ganha sem que se compreenda a razão de onde vêm aquelas ideias e porque proliferaram. É preciso uma mudança urgente de políticas que resolvam os problemas da atualidade. Ir buscar compreensão desses factos no passado não resolve, a história nunca se repete da mesma forma, o mundo de hoje não é o mundo de há 75, 80 anos atrás para não falar do século XIX com a revolução industrial. É preciso muito debate, muita discussão para se encontrar um mundo mais respirável com milhões de pessoas a passarem fome e a viverem muito abaixo do limiar da pobreza. Se isto não for resolvido os problemas vão se agravar e o populismo neo fascista continuará por aí. Ele emergiu no fim da I Guerra Mundial devido a fatores semelhantes, tal como hoje temos a covid 19 eles tiveram a chamada gripe espanhola.
Excelente.

Só não concordo com uma coisa, estes ainda não são os Mussolinis do presente. Não têm coerência política e ideológica nenhuma. Estás a ver o Trump a escrever um "Mein Kampf"?

Estes são uns bananas que aproveitaram um momento histórico de excitação "política" de uma franja de ignorantes e excluídos da sociedade, que perceberam nas redes sociais que não estavam sós. O pior serão os que virão a seguir, com uma base ideológica muito mais consistente.
 
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Philipp

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  • José Mourinho
Excelente.

Só não concordo com uma coisa, estes ainda não são os Mussolinis do presente. Não têm coerência política e ideológica nenhuma. Estás a ver o Trump a escrever um "Mein Kampf"?

Estes são uns bananas que aproveitaram um momento histórico de excitação "política" de uma franja de ignorantes e excluídos da sociedade, que perceberam nas redes sociais que não estavam sós. O pior serão os que viram a seguir, com uma base ideológica muito mais consistente.
Hitler também não escreveu o "Mein Kampf". Ditou-o ao Rudolf Hess. O Trump também teria que ditar para alguém visto a sua parca inteligência e intelectualidade não diferir muito da do Hitler.
 
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Miguel Alexandre

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  • José Maria Pedroto
Concordo contigo. O problema é que, e segundo escreveram aqui algumas pessoas, esta era a resposta a essa falência.
Uma resposta que iria trazer uma nova luz, um novo caminho, novas soluções.
Pois bem, está visto o que esse caminho representa. E acima de tudo, está visto que este tipo de gente não é solução para nada.
Como foi dito por algumas pessoas, e era evidente que seria isto que iria acontecer, nunca a democracia sofreu um ataque como estes. Pasmam-se agora as pessoas com o facto de que pessoas com tiques ditatoriais racistas e xenófobos de facto governam em coerência com esses princípios.
Quanto ao resto, também concordo contigo, o Biden possivelmente não será também a solução do problema. Diferente disso é pensar-se, ou escrever-se, que o Biden representa um mesmo problema do que este atrasado mental. Não representa nem de longe nem de perto.
O que não invalida que os USA continuarão a ter os mesmos problemas que sempre tiveram e que continuarão a merecer a crítica. Mas de uma magnitude diferente.
As queixas q levam pessoas a não querer votar nos democratas há 4 anos são legítimas. O problema é q a resposta q o sistema americano deu a isso foi um golpe de teatro personificado num homem sem escrúpulos.
Nao acredito q os usa possam mudar grande coisa pq se mudarem perdem o estilozinho de vida q teem, mas quero acreditar q pelo menos voltem ao acordo de Paris, coloquem a embaixada em tel Aviv (difícil zangarem-se com esses) e não se armem aos cágados no médio oriente...e q mantenham a guerra comercial com a China claro.
Depois mudará a maquilhagem de fazer política, continuará o show off, MUITO melhor imprensa, muito aparato mas diga-se q a forma de fazer de Trump é tão errática, ignorante, caótica, mal educada,mal formada e desprovida de dimensao q não ler mais aquele homem é uma benção.

Agora os problemas estão lá.
 

Daikan

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21 Agosto 2012
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Isso não faz muito sentido. O Trump é um dos maiores representantes do liberalismo, a redistribuição da riqueza é exatamente o que os apoiantes do Trump não querem. E daquela gente toda que lá esteve ontem não me pareciam propiamente pessoas a passar grandes dificuldades financeiras (embora isso seja difícil de avaliar).
Isso do não fazer sentido vem de um dogma antigo que não é bem verdade... Porque na realidade, nos EUA todos são liberais, não ha outro remédio porque é assim que funciona o país!
Os democratas têm feito muiissimo pelo neo-liberalismo económico, a começar no Clinton que desregulou todo o mercado...
Ora, o Trump é visto como um "patriota", alguém que afronta o mercado ecocómico chinês, que realtiviza um pouco mais a globalização (mesmo que por medo da CHina) e isso SIM, é visto como protecionismo para muitos empregados e donos de pequenas e médias empresas americanas. Aqui não falei de redistribuição de riqueza, falei apenas de um certo "protecionismo patriotico", isso é o que apela a estes tipos de extrema direita...


Mais uma vez essa equiparação entre extrema esquerda / extrema direita é demasiadamente forçada. O único ponto onde eventualmente se podem tocar (e isto é em qualquer parte do mundo) é numa franja da base de apoio com níveis mais baixos de educação, "blue collar" antigamente muito afeta aos sindicatos, mas que hoje não tem grande representatividade na chamada extrema esquerda. De resto não há nada, pontos de contactos nenhuns, nenhum objetivo comum. Forçar isso é ignorar a origem de uns e outros.
Não fiz qualquer comparação, muito menos equiparação, nem disse nada disso que estás a inferir. Simplesmente que ambos os fenómenos têm base para crescer. Sim, por motivações diferentes! Mas o problema base é o mesmo. E aqui sim, é que falei de redistribuiçao de riqueza...
 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
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Ainda hoje em dia, na América Latina existe o dia de Colombo, ou, como muitos chamam, o dia da raça (hispânica)... a ascensão dos maduros, chavez, morales e outros nunca foi inocente. Neste países, os descendentes ocidentais (maioritariamente espanhois) continuaram a controlar a economia e a viver num verdadeiro regime de apartheid.
Eu já testemunhei, em alguns destes países, recentemente, pessoas de ascendência indígena a ser barrada de espaços comerciais... e já passei um destes dias de colombo numa aldeia. E não, não foi o dia de celebração que muitos imaginam....

Nesse aspecto, recomendo 2 leituras. A história de uma empresa americana chamada United Fruits Company... e uma mais erudita, o fabulosos Mito de Colombo do Eduardo Lourenço.
E já que estou "nesta", aproveito para espetar mais uma farpa... o que verdadeiramente incomoda os EUA com a venezuela não é uma preocupação com a democracia ou os direitos humanos, é tão somente as reservas de petróleo estarem nacionalizadas. Os EUA sao muito seletivos em relação às ditaduras de que não gostam e levam o resto do mundo atrás, estragulando-as economicamente. Porque será?
 
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Philipp

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25 Janeiro 2015
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  • José Mourinho
E já que estou "nesta", aproveito para espetar mais uma farpa... o que verdadeiramente incomoda os EUA com a venezuela não é uma preocupação com a democracia ou os direitos humanos, é tão somente as reservas de petróleo estarem nacionalizadas. Os EUA sao muito seletivos em relação às ditaduras de que não gostam e levam o resto do mundo atrás, estragulando-as economicamente. Porque será?
Ora ai está.
 

Vlk

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E já que estou "nesta", aproveito para espetar mais uma farpa... o que verdadeiramente incomoda os EUA com a venezuela não é uma preocupação com a democracia ou os direitos humanos, é tão somente as reservas de petróleo estarem nacionalizadas. Os EUA sao muito seletivos em relação às ditaduras de que não gostam e levam o resto do mundo atrás, estragulando-as economicamente. Porque será?
Evidentemente. Por alguma razão desde há uns anos para cá recebemos mais notícias da Venezuela do que todos os restantes países da América Latina juntos. Nunca nenhuma ditadura da América Latina teve tanta visibilidade mediática como a Venezuela, e se há continente por onde todo o tipo de ditaduras proliferaram é precisamente o Sul Americano.
 

Philipp

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  • José Mourinho
Evidentemente. Por alguma razão desde há uns anos para cá recebemos mais notícias da Venezuela do que todos os restantes países da América Latina juntos. Nunca nenhuma ditadura da América Latina teve tanta visibilidade mediática como a Venezuela, e se há continente por onde todo o tipo de ditaduras proliferaram é precisamente o Sul Americano.
Não achas que já chega de tantas verdades a esta hora? Ainda acordas o Pinochet da sesta.
 

Vlk

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3 Junho 2014
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Isso do não fazer sentido vem de um dogma antigo que não é bem verdade... Porque na realidade, nos EUA todos são liberais, não ha outro remédio porque é assim que funciona o país!
Os democratas têm feito muiissimo pelo neo-liberalismo económico, a começar no Clinton que desregulou todo o mercado...
Ora, o Trump é visto como um "patriota", alguém que afronta o mercado ecocómico chinês, que realtiviza um pouco mais a globalização (mesmo que por medo da CHina) e isso SIM, é visto como protecionismo para muitos empregados e donos de pequenas e médias empresas americanas. Aqui não falei de redistribuição de riqueza, falei apenas de um certo "protecionismo patriotico", isso é o que apela a estes tipos de extrema direita...




Não fiz qualquer comparação, muito menos equiparação, nem disse nada disso que estás a inferir. Simplesmente que ambos os fenómenos têm base para crescer. Sim, por motivações diferentes! Mas o problema base é o mesmo. E aqui sim, é que falei de redistribuiçao de riqueza...
Os Democratas são Liberais, o Trump é ultra liberal. Estes apoiantes do Trump querem o desaparecimento total de impostos e de todo e qualquer tipo de serviço social do estado, e nisso não têm qualquer suporte no partido democrático sequer quanto mais da esquerda. Era a isso que me estava a referir. O protecionismo externo só tem efeitos a curto prazo e só engana quem se deixa enganar, a médio e longo prazo seria só a destruição económica dos Estados Unidos, não tem muito a ver com o ser mais ou menos liberal.
 
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slowboy

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18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
Evidentemente. Por alguma razão desde há uns anos para cá recebemos mais notícias da Venezuela do que todos os restantes países da América Latina juntos. Nunca nenhuma ditadura da América Latina teve tanta visibilidade mediática como a Venezuela, e se há continente por onde todo o tipo de ditaduras proliferaram é precisamente o Sul Americano.
Tirando o Brasil onde também temos muitas notícias de como o Bolsonaro é um idiota (até mais do que o Chavez), a Venezuela é o país da América Latina com mais ligação a Portugal. E o Chavez também é um idiota.

A quantidade de venezuelanos que tem vindo para Portugal a fugir da Venezuela nem tem tido o destaque deveria. Lusodescendentes e não só.
 

John Wick

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31 Outubro 2019
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  • Deco
A actuação das forças de segurança tem de ser devidamente investigada, é inacreditável o que se passou ontem, como é possível que num protesto daquela dimensão, as medidas adoptadas tenham sido muito, mas muito mais relaxadas que na altura dos protestos BLM?

A birra de Trump vai deixar marcas terríveis numa democracia presa por arames. Um lunático.
 
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Devenish

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A actuação das forças de segurança tem de ser devidamente investigada, é inacreditável o que se passou ontem, como é possível que num protesto daquela dimensão, as medidas adoptadas tenham sido muito, mas muito mais relaxadas que na altura dos protestos BLM?

A birra de Trump vai deixar marcas terríveis numa democracia presa por arames. Um lunático.
O Secretário de Estado da Defesa impedíu até à última a entrada da Guarda Nacional mesmo tendo isso sido "implorado" diversas horas antes pelo Mayor de Washington que sabia após o comício de Trump o que se iria passr no Capitol Hill. Isto não está neste link mas foi o que se passou, daí...
 

Vlk

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3 Junho 2014
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Tirando o Brasil onde também temos muitas notícias de como o Bolsonaro é um idiota (até mais do que o Chavez), a Venezuela é o país da América Latina com mais ligação a Portugal. E o Chavez também é um idiota.

A quantidade de venezuelanos que tem vindo para Portugal a fugir da Venezuela nem tem tido o destaque deveria. Lusodescendentes e não só.
Na Europa e nos Estados Unidos neste momento a Venezuela é o "centro" mediático da América do Sul. E a diaspora Venezuelana nunca foi tida nem achada para nada por aqui antes do Chavez, nem a qualidade de vida do povo venezuelano foi uma preocupação no passado.

Independente de concordares comigo nisso, não achas que a ditadura na venezuela só conta para o totobola americano por causa do petróleo? Se não o tivessem, alguém queria saber deles para coisa alguma?
 

Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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Independente de concordares comigo nisso, não achas que a ditadura na venezuela só conta para o totobola americano por causa do petróleo? Se não o tivessem, alguém queria saber deles para coisa alguma?
Com tambêm nunca contaram os povos do Médio Oriente. Mas isto não é so para os americanos. Os franceses fizeram igual na Libia. É o petroleo como tambêm agrada a alguns ter uma mão de obra mais barata. É por isso que em França o Chirac ao contrario dos três ultimos ainda é respeitado por certas pessoas.