Actualidade Internacional

Edgar Siska

Guarda Varangiana Anti- Panelas
9 Julho 2016
84,689
149,649
Conquistas
8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Qualquer filme de acção precisa de ter bons e maus (ou pelo menos maus e piores), senão não havia porrada.
E como nós humanos somos, por definição, os bons, para os ET só podia restar o papel de vilão. Mas acredito que deve haver muitos filmes, séries ou livros de FC em que os ET são os bons e os humanos os maus. Não sou grande conhecedor do género.
Eu gosto disso, quando em vez de bons e maus há menos maus, meio-meio, um bocadito maus, muito maus, caoticamente maus...é mais representativo do espírito humano e da realidade.
 
  • Like
Reações: Dagerman

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
6,033
6,793
Ganham incomparavelmente mais de um lado do que do outro . Isso é óbvio basta ler um pouco sobre os USA e por exemplo a criação da ‘ideia de América e do liberalismo no início do séc XX pelos grandes magnatas e industriais, e as campanhas que fizeram.
Estás a dizer que os republicanos estão mais ligados ao big business do que os democratas? Tradicionalmente, talvez sim, mas acho isso já não faz qualquer diferença hoje em dia. Hoje são ambos neo-liberais, e as diferenças entre um e outro são puramente cosméticas. No essencial (finança, economia, política externa) estão perfeitamente alinhados.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
6,033
6,793
Eu gosto disso, quando em vez de bons e maus há menos maus, meio-meio, um bocadito maus, muito maus, caoticamente maus...é mais representativo do espírito humano e da realidade.
E depois ainda há aqueles - como a série Utopia -- em que os que pareciam inicialmente muito maus se revelam no final senão bons, pelo menos bem-intencionados. Aí a perversão é completa.
Mas o cinema é uma arte tão poderosa que consegue fazer funcionar todas as fórmulas. Até ao final dos anos 50 a cena estava bem estabelecida: havia o bom (John Waine) e o vilão. Ou então havia o bom relutante (James Cagney, Humphrey Bogart) e o vilão. E fizeram-se grandes filmes seguindo essa fórmula.
A partir dos anos 60 começaram a surgir os anti-heróis (Clint Eastwood!) e a partir daí foi sempre a abrir, até desembocar em Reservoir Dogs de Tarantino, em que já mal consegues distinguir os maus dos piores!
 
  • Like
Reações: Edgar Siska

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
8,527
10,434
Conquistas
1
  • Alfredo Quintana
Os tais gringos ricalhaços beneficiaram, todos eles, de sistemas económicos, financeiros, fiscais, políticos, legais... favoráveis à desigualdade e à acumulação. Musk justifica, porém, um asterisco: proprietário de uma rede social, difunde propaganda não-mediada num espaço com mais de 600 milhões de utilizadores activos e alcance maior; lidera também um órgão governamental com poderes administrativos. Poucas vezes a defesa do interesse próprio (e da elite) terá sido tão evidente, e a sobreposição entre poder político e poder económico tão despudorada. Zuckerberg, com quase três biliões de usuários activos no Facebook, começa também a introduzir mudanças na sua plataforma, tornando-se relevante acompanhar as suas próximas decisões. Há aqui algo de diferente quanto às formas de poder dos bilionários e aos meios utilizados para defender e perpetuar o regime que mais lhes convém, ainda que outros tenham actuado através de canais tradicionais de comunicação.

Sobre a desigualdade na América, veja-se o segundo segmento do vídeo, "the paradox" e o quarto, "mobility". Não admira que o país se tenha tornado um barril de pólvora. Dinâmicas que não são, de todo, exclusivas daquela sociedade.


... e vivemos um tempo distinto. Os Estados Unidos, durante décadas e décadas, não tiveram um único adversário que colocasse em causa a sua hegemonia. Agora têm-no e o seu posicionamento internacional começa a mudar. Com a China a alinhar-se a oriente com a Rússia e a aprofundar laços com a Índia, entre outras nações (a Indonésia acaba de aderir aos BRICS), os Estados Unidos, com maior dificuldade em influenciar o que se passa naquela região do globo, terá todo o interesse em manter os seus aliados tradicionais sob o seu controlo. Enfraquecidos, sem relações próximas com os adversários nem pretensões de afirmação própria. Não admira que procure desestabilizar a Europa. E Musk, nas suas inusitadas incursões pela política internacional, endossa partidos divisivos. Contrários à União Europeia, como são os caso da AfD e do Reform UK. O mesmo faz Trump em relação a Orbán. Procuram, de igual modo, apoiar quem tem na segurança e na imigração cavalos de batalha, pois os temas, além de gerarem polémicas infindáveis, desviam a atenção das populações quanto a problemas mais profundos e urgentes. A imagem da potência benévola funcionava melhor num sistema global sem competição, claramente hierarquizado. Também por aqui se explica a atitude de Trump e das elites.
 
Última edição:
  • Like
Reações: MiguelDeco

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
6,033
6,793
Não admira que procure desestabilizar a Europa.
Eu diria que a desestabilização da Europa começou em força a partir do momento em que os EUA fizeram tudo para que dois países europeus (Ucrânia e Rússia) entrassem em conflito aberto, cortando com isso o acesso directo dos europeus (Alemanha sobretudo) ao gás e petróleo russos. Agora os europeus, que não produzem energia nem recursos naturais que se vejam, são obrigados a comprá-los mais caros a terceiros. O objectivo só podia ser enfraquecer a economia europeia, e foi bem sucedido. O ponto de vista dos americanos sobre a UE ficou patente no célebre "fuck the EU" de Victoria Nuland. O resto são historinhas para boi dormir. Mas é só a minha opinião.
Quanto à dupla Trump/Musk, serve os seus interesses pessoais, como fazem todos. Só alguém muito iludido é que os pode ver como salvadores de não sei quê.
 
  • Like
Reações: J | [Ka!s3r^].

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
8,826
7,086
Os tais gringos ricalhaços beneficiaram, todos eles, de sistemas económicos, financeiros, fiscais, políticos, legais... favoráveis à desigualdade e à acumulação. Musk justifica, porém, um asterisco: proprietário de uma rede social, difunde propaganda não-mediada num espaço com mais de 600 milhões de utilizadores activos e alcance maior; lidera também um órgão governamental com poderes administrativos. Poucas vezes a defesa do interesse próprio (e da elite) terá sido tão evidente, e a sobreposição entre poder político e poder económico tão despudorada. Zuckerberg, com quase três biliões de usuários activos no Facebook, começa também a introduzir mudanças na sua plataforma, tornando-se relevante acompanhar as suas próximas decisões. Há aqui algo de diferente quanto às formas de poder dos bilionários e aos meios utilizados para defender e perpetuar o regime que mais lhes convém, ainda que outros tenham actuado através de canais tradicionais de comunicação.

Sobre a desigualdade na América, veja-se o segundo segmento do vídeo, "the paradox" e o quarto, "mobility". Não admira que o país se tenha tornado um barril de pólvora. Dinâmicas que não são, de todo, exclusivas daquela sociedade.


... e vivemos um tempo distinto. Os Estados Unidos, durante décadas e décadas, não tiveram um único adversário que colocasse em causa a sua hegemonia. Agora têm-no e o seu posicionamento internacional começa a mudar. Com a China a alinhar-se a oriente com a Rússia e a aprofundar laços com a Índia, entre outras nações (a Indonésia acaba de aderir aos BRICS), os Estados Unidos, com maior dificuldade em influenciar o que se passa naquela região do globo, terá todo o interesse em manter os seus aliados tradicionais sob o seu controlo. Enfraquecidos, sem relações próximas com os adversários nem pretensões de afirmação própria. Não admira que procure desestabilizar a Europa. E Musk, nas suas inusitadas incursões pela política internacional, endossa partidos divisivos. Contrários à União Europeia, como são os caso da AfD e do Reform UK. O mesmo faz Trump em relação a Orbán. Procuram, de igual modo, apoiar quem tem na segurança e na imigração cavalos de batalha, pois os temas, além de gerarem polémicas infindáveis, desviam a atenção das populações quanto a problemas mais profundos e urgentes. A imagem da potência benévola funcionava melhor num sistema global sem competição, claramente hierarquizado. Também por aqui se explica a atitude de Trump e das elites.
Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
 
  • Like
Reações: J | [Ka!s3r^].

Porto

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
5,052
3,646
Conquistas
3
  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
  • Alfredo Quintana
Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
Toda a gente depende de outros para a sua segurança. Os Estados Unidos dependem de todos os ‘aliados’ (com pelo menos 130 bases na NATO) tal como Rússia e China dependem uma da outra, etc etc etc.

São redes de alianças de inteligência, de conhecimento, económicas, militares, políticas, etc. Esse pensamento individualista é completamente desconectado com a realidade.
 
  • Like
Reações: MiguelDeco

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
7,159
9,222
Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
Exceto que a Europa é o maior parceiro comercial de todos esses países, o que lhe dá poder económico.
Da mesma forma que, se a Europa mandar os EUA passearem em definitivo, tem a tecnologia para criar uma indústria de defesa realmente competitiva e tornar-se rapidamente numa potência militar.
A China não é uma ameaça militar para a Europa.
Até há bem pouco tempo, os EUA não eram uma ameaça militar para a Europa.
A NATO sem os EUA tem ainda condições para aguentar um conflito com a Rússia.

Os EUA acham que é só mandar gastar mais na defesa e a Europa vai a correr comprar armamento aos EUA. A solução é simples. Desenvolver a própria indústria e roubar-lhes o mercado. O isolacionismo dos EUA só os vão enfraquecer.
 
  • Like
Reações: Tails

RR11

Tribuna
5 Março 2020
2,772
2,877
Conquistas
2
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
8,826
7,086
Levarmos nos cornos de quem?

Se não ajudam, e ainda fazem ameaças serão aliados?
Aliados?
Então a Europa deixa navios russos andar a pastar no Atlântico sem fazer nada o que estavam a espera que o EUA fizesse?
Não sei quisesse um pedaço de terra que é importantíssimo estrategicamente perante a inacção europeia?
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
8,826
7,086
Toda a gente depende de outros para a sua segurança. Os Estados Unidos dependem de todos os ‘aliados’ (com pelo menos 130 bases na NATO) tal como Rússia e China dependem uma da outra, etc etc etc.

São redes de alianças de inteligência, de conhecimento, económicas, militares, políticas, etc. Esse pensamento individualista é completamente desconectado com a realidade.
Os Estados Unidos é a fortaleza natural mais expugnavel que existe.
Mas tem 3 pontos fracos:
A América do Sul muito alinhada com a China em termos ideológicos e a Norte a Gronelândia e o Alasca( pelo Estreito de Bering)
É natural ter a necessidade de garantir estratégicamente o seu bloco quando os seus aliados andam a fazer de monos
 

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
8,826
7,086
Exceto que a Europa é o maior parceiro comercial de todos esses países, o que lhe dá poder económico.
Da mesma forma que, se a Europa mandar os EUA passearem em definitivo, tem a tecnologia para criar uma indústria de defesa realmente competitiva e tornar-se rapidamente numa potência militar.
A China não é uma ameaça militar para a Europa.
Até há bem pouco tempo, os EUA não eram uma ameaça militar para a Europa.
A NATO sem os EUA tem ainda condições para aguentar um conflito com a Rússia.

Os EUA acham que é só mandar gastar mais na defesa e a Europa vai a correr comprar armamento aos EUA. A solução é simples. Desenvolver a própria indústria e roubar-lhes o mercado. O isolacionismo dos EUA só os vão enfraquecer.
A China tornar se à uma ameaça militar para a Europa assim que os EUA abandonarem.
Sobre a indústria militar Europeia, até nem convém que a produção não seja na Europa se houver aqui um conflito porque as unidades de produção estarão muito mais perto da Rússia.
O país com maior capacidade de produzir armamento na Europa é a Suécia.
A Suécia tá a meia dúzia de km da Rússia
Se eles derreterem a capacidade de produção da Suécia a Europa tá fodida.
A tua conversa parece a conversa do Alto Comando da França aquando da invasão 1940.
Quando foram a dar por isso tinham o país cortado ao meio.
A tua conversa é típica do burguês que só conta com a própria inteligencia
 
  • Haha
Reações: Tails

Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
10,433
16,432
Sempre que preciso de me animar basta passar por este tópico que o espírito sobe logo.

Yes we can
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
7,159
9,222
A China tornar se à uma ameaça militar para a Europa assim que os EUA abandonarem.
Sobre a indústria militar Europeia, até nem convém que a produção não seja na Europa se houver aqui um conflito porque as unidades de produção estarão muito mais perto da Rússia.
O país com maior capacidade de produzir armamento na Europa é a Suécia.
A Suécia tá a meia dúzia de km da Rússia
Se eles derreterem a capacidade de produção da Suécia a Europa tá fodida.
A tua conversa parece a conversa do Alto Comando da França aquando da invasão 1940.
Quando foram a dar por isso tinham o país cortado ao meio.
A tua conversa é típica do burguês que só conta com a própria inteligencia
Alguém conta só com a sua própria inteligência e muito pouca informação, isso de certeza.
A Alemanha, Polónia e Reino Unido produzem tanques, Espanha e França têm indústria naval, Itália está a produzir caças de 6ª geração, metade dos países europeus têm produção de sistemas de defesa, mas para ti quem produz na Europa é só a Suécia.
A Rússia que ainda nem metade da Ucrânia conseguiu invadir em 3 anos, ia torrar a Suécia em 2 minutos.

A minha conversa é a de apostar numa indústria e deixar de andar agachado aos interesses de um tosco maluco. Queres o quê, continuar a pedinchar por ajuda de alguém que ainda há semanas ameaçou um aliado?
Melhor que esse argumento, só a China invadir a Europa amanhã. Vêm a pé?