Actualidade Internacional

Dagerman

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1 Abril 2015
5,210
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"De acordo com desertores e alguns investigadores da propaganda do regime, o governo promovia ideias como:

Kim Jong-il
  • não precisava de usar a casa de banho porque o seu corpo era tão "perfeito" que não produzia resíduos.
  • Ele teria aprendido a andar aos 3 semanas de idade e começado a falar pouco depois.
  • Fez 11 holes-in-one na primeira vez que jogou golfe.


Kim Jong-un
  • Capacidade de "Encurtar Distâncias" (Chukjibeop)
    A propaganda norte-coreana atribui a Kim Jong-un a habilidade mística de se deslocar instantaneamente, uma técnica chamada chukjibeop, associada a imortais taoístas.
  • Influência sobre o Clima
    Acredita-se que a presença de Kim Jong-un em locais sagrados, como o Monte Paektu, pode alterar as condições climáticas, simbolizando sua ligação divina com a natureza.
  • Descoberta da "Toca do Unicórnio"
    Em 2012, a mídia estatal anunciou a descoberta de uma caverna onde um unicórnio mítico teria vivido, associando Kim Jong-un à linhagem real do antigo reino de Goguryeo."
Esse tipo de super-poderes eram muito comum nos regimes comunistas. O Estaline também era o maior filósofo, o maior cientista, o melhor escritor, o melhor condutor de tanques, wrestler, dançarino, etc. da URSS.
 

sirmister

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21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
"De acordo com desertores e alguns investigadores da propaganda do regime, o governo promovia ideias como:

Kim Jong-il
  • não precisava de usar a casa de banho porque o seu corpo era tão "perfeito" que não produzia resíduos.
  • Ele teria aprendido a andar aos 3 semanas de idade e começado a falar pouco depois.
  • Fez 11 holes-in-one na primeira vez que jogou golfe.


Kim Jong-un
  • Capacidade de "Encurtar Distâncias" (Chukjibeop)
    A propaganda norte-coreana atribui a Kim Jong-un a habilidade mística de se deslocar instantaneamente, uma técnica chamada chukjibeop, associada a imortais taoístas.
  • Influência sobre o Clima
    Acredita-se que a presença de Kim Jong-un em locais sagrados, como o Monte Paektu, pode alterar as condições climáticas, simbolizando sua ligação divina com a natureza.
  • Descoberta da "Toca do Unicórnio"
    Em 2012, a mídia estatal anunciou a descoberta de uma caverna onde um unicórnio mítico teria vivido, associando Kim Jong-un à linhagem real do antigo reino de Goguryeo."
Nunca foi provado que os Kim não conseguiam fazer isso.
 
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Devenish

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11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Sempre achei incongruente que a República não homenageasse com nomes de ruas o Buíça e o outro cujo nome me escapa como "mártires" da sua causa.
Quando há tanta rua com o nome D. Manuel II. É por serem assassinos? O que na falta na toponímia portuguesa são assassinos mil vezes piores do que o Buíça. Não se compreende.
Talvez porque o golpe tinha como objetivo matar João Franco e proclamar a República e não matar o Rei e o Principe herdeiro. Ainda hoje existem várias teorias sobre esta questão e nenhuma está provada, foram presos anteriormente vários conspiradores dos quais escaparam Buiça e mais um ou dois sendo que nenhum deles eram cabecilhas.
Matar Carlos e Luís Filipe não fez acabar a Monarquia, sucedeu-lhe o filho mais novo Manuel embora por pouco tempo mas não foi assassinado e saíu do País num barco com dignidade proporcionada pelos revoltosos do 5 de Outubro.
Ele deixou uma carta tipo testamento que é comovente, ele sabia que ia morrer;
O testamento de Buíça, o homem que matou o rei D. Carlos
"Sou natural de Bouçoaes, concelho de Valpassos districto de Villa Real (Traz-os-Montes), fui casado com D. Herminia Augusta da Costa Buiça (...) Viúvo, ficaram-me de minha mulher dois filhos a saber: Elvira que nasceu em 19 de dezembro de 1900 (...) e que não está ainda baptisada nem registada civilmente por motivos contrarios da minha vontade; e Manuel que nasceu em 12 de Setembro de 1907 nas Escadinhas da Mouraria numero quatro, quarto andar, esquerdo e foi registado na administração do primeiro bairro de Lisboa no dia onze de outubro do anno acima referido. Foram testemunhas do acto Albano Jose Correia, casado empregado no commercio e Aquilino Ribeiro, solteiro, publicista. Ambos os meus filhos vivem comigo e com a avó materna nas Escadinhas da Mouraria n. 4, 4.º andar, esquerdo. Minha familia vive em Vinhaes para onde se deve participar a minha morte ou o meo desapparecimento caso se deam. Meus filhos ficam pobrissimos; não tenho nada que lhes legar senão o meu nome e o respeito e compaixão pelos que soffrem. Peço que os eduquem nos principios de liberdade, egualdade e fraternidade em que eu comungo e por causa das quaes ficarão, porventura, em breve, orfãos". O testamento de Manuel Buíça, entregue ao escritor Aquilino Ribeiro, é datado de 28 de Janeiro de 1908. O regicídio acontece quatro dias depois, a 1 de Fevereiro.

Foi um episódio triste e talvez nunca tenham colocado o seu nome numa rua porque o assassínio do Rei e do filho deixaram marcas na Sociedade.
Como diria Herman José como Diácono Remédios "não havia necessidade"
 
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1 Abril 2015
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Talvez porque o golpe tinha como objetivo matar João Franco e proclamar a República e não matar o Rei e o Principe herdeiro. Ainda hoje existem várias teorias sobre esta questão e nenhuma está provada, foram presos anteriormente vários conspiradores dos quais escaparam Buiça e mais um ou dois sendo que nenhum deles eram cabecilhas.
Matar Carlos e Luís Filipe não fez acabar a Monarquia, sucedeu-lhe o filho mais novo Manuel embora por pouco tempo mas não foi assassinado e saíu do País num barco com dignidade proporcionada pelos revoltosos do 5 de Outubro.
Ele deixou uma carta tipo testamento que é comovente, ele sabia que ia morrer;
O testamento de Buíça, o homem que matou o rei D. Carlos
"Sou natural de Bouçoaes, concelho de Valpassos districto de Villa Real (Traz-os-Montes), fui casado com D. Herminia Augusta da Costa Buiça (...) Viúvo, ficaram-me de minha mulher dois filhos a saber: Elvira que nasceu em 19 de dezembro de 1900 (...) e que não está ainda baptisada nem registada civilmente por motivos contrarios da minha vontade; e Manuel que nasceu em 12 de Setembro de 1907 nas Escadinhas da Mouraria numero quatro, quarto andar, esquerdo e foi registado na administração do primeiro bairro de Lisboa no dia onze de outubro do anno acima referido. Foram testemunhas do acto Albano Jose Correia, casado empregado no commercio e Aquilino Ribeiro, solteiro, publicista. Ambos os meus filhos vivem comigo e com a avó materna nas Escadinhas da Mouraria n. 4, 4.º andar, esquerdo. Minha familia vive em Vinhaes para onde se deve participar a minha morte ou o meo desapparecimento caso se deam. Meus filhos ficam pobrissimos; não tenho nada que lhes legar senão o meu nome e o respeito e compaixão pelos que soffrem. Peço que os eduquem nos principios de liberdade, egualdade e fraternidade em que eu comungo e por causa das quaes ficarão, porventura, em breve, orfãos". O testamento de Manuel Buíça, entregue ao escritor Aquilino Ribeiro, é datado de 28 de Janeiro de 1908. O regicídio acontece quatro dias depois, a 1 de Fevereiro.

Foi um episódio triste e talvez nunca tenham colocado o seu nome numa rua porque o assassínio do Rei e do filho deixaram marcas na Sociedade.
Como diria Herman José como Diácono Remédios "não havia necessidade"
Não acredito que o alvo fosse apenas o João Franco. Não faria sentido e não se enquadra com os factos.
É verdade que a monarquia não caiu por causa do regicídio, mas nem por isso o Buíça deixa de ser um mártir da causa republicana, e normalmente as causas costumam homenagear os seus "mártires".
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
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  • Junho/22
  • Agosto/22
Talvez porque o golpe tinha como objetivo matar João Franco e proclamar a República e não matar o Rei e o Principe herdeiro. Ainda hoje existem várias teorias sobre esta questão e nenhuma está provada, foram presos anteriormente vários conspiradores dos quais escaparam Buiça e mais um ou dois sendo que nenhum deles eram cabecilhas.
Matar Carlos e Luís Filipe não fez acabar a Monarquia, sucedeu-lhe o filho mais novo Manuel embora por pouco tempo mas não foi assassinado e saíu do País num barco com dignidade proporcionada pelos revoltosos do 5 de Outubro.
Ele deixou uma carta tipo testamento que é comovente, ele sabia que ia morrer;
O testamento de Buíça, o homem que matou o rei D. Carlos
"Sou natural de Bouçoaes, concelho de Valpassos districto de Villa Real (Traz-os-Montes), fui casado com D. Herminia Augusta da Costa Buiça (...) Viúvo, ficaram-me de minha mulher dois filhos a saber: Elvira que nasceu em 19 de dezembro de 1900 (...) e que não está ainda baptisada nem registada civilmente por motivos contrarios da minha vontade; e Manuel que nasceu em 12 de Setembro de 1907 nas Escadinhas da Mouraria numero quatro, quarto andar, esquerdo e foi registado na administração do primeiro bairro de Lisboa no dia onze de outubro do anno acima referido. Foram testemunhas do acto Albano Jose Correia, casado empregado no commercio e Aquilino Ribeiro, solteiro, publicista. Ambos os meus filhos vivem comigo e com a avó materna nas Escadinhas da Mouraria n. 4, 4.º andar, esquerdo. Minha familia vive em Vinhaes para onde se deve participar a minha morte ou o meo desapparecimento caso se deam. Meus filhos ficam pobrissimos; não tenho nada que lhes legar senão o meu nome e o respeito e compaixão pelos que soffrem. Peço que os eduquem nos principios de liberdade, egualdade e fraternidade em que eu comungo e por causa das quaes ficarão, porventura, em breve, orfãos". O testamento de Manuel Buíça, entregue ao escritor Aquilino Ribeiro, é datado de 28 de Janeiro de 1908. O regicídio acontece quatro dias depois, a 1 de Fevereiro.

Foi um episódio triste e talvez nunca tenham colocado o seu nome numa rua porque o assassínio do Rei e do filho deixaram marcas na Sociedade.
Como diria Herman José como Diácono Remédios "não havia necessidade"
Deixou de tal forma marcas que hoje em dia ainda os outros "Buiças" descendentes em Trás-os-Montes são mal vistos e foram algo excluídos da sociedade por décadas.
Algums mudaram de nome para não terem o nome do regicida.
 
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  • Reinaldo Teles
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Não acredito que o alvo fosse apenas o João Franco. Não faria sentido e não se enquadra com os factos.
É verdade que a monarquia não caiu por causa do regicídio, mas nem por isso o Buíça deixa de ser um mártir da causa republicana, e normalmente as causas costumam homenagear os seus "mártires".
O João Franco era o "dono daquilo tudo" não era o Rei que era decorativo.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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O João Franco era o "dono daquilo tudo" não era o Rei que era decorativo.
O J. Franco era ditador e o rei era constitucional e portanto meio decorativo, mas o primeiro objectivo de um partido republicano é instaurar a República, e isso só se consegue de duas maneiras: matando ou exilando a família real.
Nestes caso, ao longo da história, a solução ideal era matar o rei e todos os seus irmãos, tios, filhos e sobrinhos. Só para garantir que não restava ninguém para contestar o novo rei ou poder ou regime.
 

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4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Sempre achei incongruente que a República não homenageasse com nomes de ruas o Buíça e o outro cujo nome me escapa como "mártires" da sua causa.
Quando há tanta rua com o nome D. Manuel II. É por serem assassinos? O que na falta na toponímia portuguesa são assassinos mil vezes piores do que o Buíça. Não se compreende.
Só não houve guerra civil em Portugal porque o D. Manuel II não quis. Apenas esse facto já lhe garante homenagens.

No entanto, além disso, teve uma intervenção na Grande Guerra de grande valor, pacificando as relações entre monárquicos e republicanos, trabalhando com a Cruz Vermelha e financiando salas e materiais de vários hospitais.

Uma biografia muito boa para os interessados é a do João Miguel Almeida.
 

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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
O J. Franco era ditador e o rei era constitucional e portanto meio decorativo, mas o primeiro objectivo de um partido republicano é instaurar a República, e isso só se consegue de duas maneiras: matando ou exilando a família real.
Nestes caso, ao longo da história, a solução ideal era matar o rei e todos os seus irmãos, tios, filhos e sobrinhos. Só para garantir que não restava ninguém para contestar o novo rei ou poder ou regime.
Nim. A legitimidade do João Franco vinha do D. Carlos. A nomeação do Franco é como se, hoje em dia, o Marcelo dissolvesse o parlamento, sabendo que o PS e o PSD são os maiores partidos, e desse a oportunidade de governar ao Ventura. Fê-lo porque queria evitar que o Partido Republicano ganhasse força.

Existem duas partes curiosas no Regicídio: o D. Carlos preconizava que seria assassinado; quando houve o Regicídio, já havia eleições, marcadas no final de 1907, para tirar o Franco do poder em abril de 1908.

O que os republicanos fizeram foi o seguinte: tentaram um golpe de estado a 28 de janeiro de 1908; falharam completamente; o Afonso Costa, o Egas Moniz (sim, o salazarista, nobel da medicina pela lobotomia) e outros foram presos; a 31 de janeiro, o D. Carlos assina um decreto que permite ao Franco prender ou deportar pessoas que cometessem crimes políticos e retirar a imunidade parlamentar aos deputados se necessário. Um dia depois, regicídio.

Ou seja: o Franco, embora tenha exacerbado as tensões, não foi a verdadeira causa do assassinato do rei e do príncipe. Os republicanos foram um verdadeiro foco de instabilidade nos últimos anos da monarquia.

Não fossem tão radicais e irresponsáveis, poderíamos ter uma democracia bem mais cedo, sem Dr. Botas e companhia pelo meio.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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D. Manuel II não quis uma guerra civil porque sabia que a monarquia tinha muito poucos apoios no exército, onde o republicanismo estava muito infiltrado desde o final do século XIX. E quando não tens o apoio do teu exército, a única decisão sensata é retirares-te, e o D.M II devia ser um tipo sensato.
 

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O J. Franco era ditador e o rei era constitucional e portanto meio decorativo, mas o primeiro objectivo de um partido republicano é instaurar a República, e isso só se consegue de duas maneiras: matando ou exilando a família real.
Nestes caso, ao longo da história, a solução ideal era matar o rei e todos os seus irmãos, tios, filhos e sobrinhos. Só para garantir que não restava ninguém para contestar o novo rei ou poder ou regime.
essa solução foi a dos bolcheviques mas não foi sempre assim. Temos monarquias na Europa neste momento que se o povo decidir via parlamento ou referendo que acabam elas acabam. Por exemplo no País mais monárquico da Europa o Reino Unido a monarquia acaba quando a maioria assim o decidir está na lei.
E no caso português acabou pelo exílio do último Rei Manuel II, não foi preciso ir buscar o exemplo bolchevique. Na própria China não mataram o Imperador, ficou noutras funções - era um fantoche do regime mas não o mataram.
 
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1 Abril 2015
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Nim. A legitimidade do João Franco vinha do D. Carlos. A nomeação do Franco é como se, hoje em dia, o Marcelo dissolvesse o parlamento, sabendo que o PS e o PSD são os maiores partidos, e desse a oportunidade de governar ao Ventura. Fê-lo porque queria evitar que o Partido Republicano ganhasse força.
Existem duas partes curiosas no Regicídio: o D. Carlos preconizava que seria assassinado; quando houve o Regicídio, já havia eleições, marcadas no final de 1907, para tirar o Franco do poder em abril de 1908.
O que os republicanos fizeram foi o seguinte: tentaram um golpe de estado a 28 de janeiro de 1908; falharam completamente; o Afonso Costa, o Egas Moniz (sim, o salazarista, nobel da medicina pela lobotomia) e outros foram presos; a 31 de janeiro, o D. Carlos assina um decreto que permite ao Franco prender ou deportar pessoas que cometessem crimes políticos e retirar a imunidade parlamentar aos deputados se necessário. Um dia depois, regicídio.
Ou seja: o Franco, embora tenha exacerbado as tensões, não foi a verdadeira causa do assassinato do rei e do príncipe. Os republicanos foram um verdadeiro foco de instabilidade nos últimos anos da monarquia.
Não fossem tão radicais e irresponsáveis, poderíamos ter uma democracia bem mais cedo, sem Dr. Botas e companhia pelo meio.
O republicanismo era uma espécie de religião na altura. Muitos republicanos acreditavam que a mudança de regime ia fazer magia e depois tudo seria maravilhoso.
Mas a força dos republicanos só cresceu porque a monarquia estava podre desprestigiada e, pior do que tudo, pobre. O país estava falido e desmoralizado depois do ultimato inglês. A República parecia uma panaceia. Acabou por ser uma grande cagada.
 
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D. Manuel II não quis uma guerra civil porque sabia que a monarquia tinha muito poucos apoios no exército, onde o republicanismo estava muito infiltrado desde o final do século XIX. E quando não tens o apoio do teu exército, a única decisão sensata é retirares-te, e o D.M II devia ser um tipo sensato.
Não necessariamente. O D. Manuel II, após o exílio, tinha alguns fiéis seguidores, por exemplo o Paiva Couceiro, e amigos poderosos, como o Churchill ou o rei Afonso da Espanha, que tentaram puxar por ele para existir um golpe de estado contra os republicanos. O D. Manuel nunca alinhou nisso, porquanto preferia a independência de Portugal face a uma monarquia.

Aquando do golpe de Estado de 1910, os republicanos só tinham duas unidades do exército, uma da infantaria e outra da artilharia. Tinham o controlo da Marinha, essencialmente. A esperança era de que mais se juntassem, mas não era garantido. Dos 8 mil homens que os republicanos preconizavam, só apareceram 400 inicialmente.

O que garantiu o sucesso do golpe foi a inércia do governo monárquico. Demoraram muita a agir e as ordens foram imprecisas e vagas. O controlo do exército e da polícia ainda pertencia à Monarquia. Dado o atraso, essas forças que, ao início da noite, ainda eram monárquicas, foram aliciadas pelos republicanos.
 

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essa solução foi a dos bolcheviques mas não foi sempre assim. Temos monarquias na Europa neste momento que se o povo decidir via parlamento ou referendo que acabam elas acabam. Por exemplo no País mais monárquico da Europa o Reino Unido a monarquia acaba quando a maioria assim o decidir está na lei.
E no caso português acabou pelo exílio do último Rei Manuel II, não foi preciso ir buscar o exemplo bolchevique. Na própria China não mataram o Imperador, ficou noutras funções - era um fantoche do regime mas não o mataram.
Mas isso é porque vivemos num século de brandos costumes. Há 500 anos, há 1000 anos, há 1500 anos, quantas vezes não ia tudo a eito!
 

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essa solução foi a dos bolcheviques mas não foi sempre assim. Temos monarquias na Europa neste momento que se o povo decidir via parlamento ou referendo que acabam elas acabam. Por exemplo no País mais monárquico da Europa o Reino Unido a monarquia acaba quando a maioria assim o decidir está na lei.
E no caso português acabou pelo exílio do último Rei Manuel II, não foi preciso ir buscar o exemplo bolchevique. Na própria China não mataram o Imperador, ficou noutras funções - era um fantoche do regime mas não o mataram.
sobre o que já foi falado aqui e discutido aqui;
O golpe tinha como objectivo proclamar a República e, como meio, a revolta armada e o assassínio do João Franco. Depois aconteceram factos imprevistos que levaram ao regicidio. Se estava previsto matar Carlos e como aqui já foi dito ele antevia isso não se iria deslocar com o principe herdeiro.