Se te referes a Portugal, acho que felizmente ainda estamos longe do absurdo a que chegou o RU, onde já se aplicam políticas de discriminação positiva dos estrangeiros em relação aos nacionais. Isso para mim é suicídio, porque destrói a coesão social, cria facções dentro da própria sociedade e mina o pouco que resta de confiança na classe política.Muito, muito interessante mas até me parece óbvio que isso não esteja só a afetar o RU..
A minha posição em relação a isto pode resumir-se assim: a porcaria da economia portuguesa só se aguenta pagando salários de miséria, e como só um emigrante está disposto a trabalhar por um salário de escravo, Portugal precisa dos emigrantes. Aliás, neste momento, nem sequer funcionaria sem eles.
Mas se precisamos de emigrantes, eu prefiro que eles tenham sido educados na tradição humanista e liberal do iluminismo do que na tradição religiosa do islamismo, porque um muçulmano será sempre antes do mais um fiel de Meca e do Islão, e só em segundo plano da nação onde vive. E nenhuma comunidade pode suportar mais do que uma pequena percentagem de dissidentes religiosos/culturais. A partir de determinado limiar, que andará pelos 15-20%, o tecido social começa a rasgar-se e o conflito emerge. E nós não precisamos de mais conflitos internos do que os que já temos naturalmente.
Seria bom que os esquerdistas metessem na cabeça esta ideia políticamente incorrecta: certas culturas são como água e azeite, não se misturam. E o Islão e o humanismo liberal são antagónicos. Tentar misturá-los só pode gerar conflito.
E com isto não estou a negar que hajam muçulmanos laicos e cristãos fanaticamente anti-liberais. Estou apenas a dizer que a maioria dos "cristãos" e ateus são obviamente muito mais tolerantes, e menos fanáticos, do que os muçulmanos em geral.