Se calhar é nem tanto ao mar do género "hei só podem ser coletores do lixo", nem tanto à terra do género "até são uns beneficiados do carago".
Os coptas — cristãos egípcios que pertencem principalmente à Igreja Ortodoxa Copta — enfrentam discriminação no Egito, embora sejam uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo. Eles representam cerca de 10% da população egípcia, mas sua situação é marcada por desafios sociais, políticos e religiosos.
Exemplos de discriminação enfrentada pelos coptas:
- Violência e ataques sectários
- Igrejas coptas e propriedades pertencentes a cristãos têm sido alvos de ataques por extremistas.
- Houve vários atentados a igrejas e peregrinações, alguns com dezenas de mortos, especialmente entre 2010 e 2018.
- Restrições à construção de igrejas
- Tradicionalmente, construir ou reformar igrejas exigia aprovação presidencial, o que dificultava a abertura de novos templos. Apesar de reformas legais recentes (como a lei de 2016 sobre igrejas), o processo ainda é burocrático e desigual em relação às mesquitas.
- Representação política e social limitada
- Poucos coptas ocupam cargos de alto escalão no governo, forças armadas ou instituições públicas.
- Em áreas rurais e conservadoras, coptas são sub-representados nas administrações locais.
- Conversões forçadas e disputas religiosas
- Há denúncias de conversões forçadas ao islamismo, especialmente envolvendo mulheres cristãs.
- Conflitos inter-religiosos às vezes são resolvidos por "conselhos de reconciliação" informais que, segundo críticos, costumam favorecer os muçulmanos e não punem adequadamente os culpados de ataques contra coptas.
- Discriminação cotidiana
- Coptas enfrentam preconceito nas escolas, no trabalho e até mesmo nos meios de comunicação estatais ou oficiais.
Organizações de direitos humanos como a
Human Rights Watch e a
Amnesty International apontam que a
discriminação estrutural persiste.