Ouve lá, grande artista, o que é que interessa que os racistas e nazistas do Chega tenham 22% de animais burros a votar neles???
Burro é burro, ponto parágrafo!!
O Hitler também chegou ao poder em eleições.....
Grande lobo, Ahmedabad é no Gujarat um dos principais estados na costa ocidental da Índia de onde foram milhares de emigrantes para Moçambique, por exemplo!!
Vai ao carlh do mapa....
São enormes as ligações a Portugal, por exemplo através de Moçambique!!
Carlh, como é que tu ias saber??
Foda-se, tu ou qualquer Chegano???
Sabes não eram bengalis os gajos que emigraram para Moçambique.... Nem eram do Assam, nem do Arunachal Pradesh, nem do Telangana.... E podia continuar....
De onde vieram os Sacoor, os Bava, os Arquissandas, os Gulhamussenes, os Ratilal???
Viveste nesse grande Portugal???
Não faltam ligações de imensas famílias de origem indiana a Portugal para além de Goa, Damão e Diu!!
Gente que foi/é portuguesa há gerações, e muitos depois da saída de Portugal em 1961, da Índia portuguresa, ou de Moçambique, em 1975, podendo, e com legitimidade requereram a recuperação da nacionalidade portuguesa!
Olha como descendentes de minhotos ou beiroes no Brasil que agora pedem a nacionalidade portuguesa....
Mas como é que um Chegano imagina uma merda dessas???
O Chega não sabe nem imagina que Portugal foi grande e universal....
Chegano que se preza, quer Portugal fechado ao mundo.....
Nem de propósito, vejam o que é que um Ratilal escreveu no Facebook depois de aturar os filhas da putas dos Chegas ....
Leiam SFF, vejam como ele se sente espezinhado e maltratado com essas bestas que vivem das generalizações....
Quem compactua com essas bestas está a deixar que a intolerância e a mentira avance..
A ignorância mata!!
..../....
Carta Aberta: Sou Português – E Recuso Ser Tratado Como Estrangeiro na Minha Própria Terra
Escrevo esta carta depois de receber críticas, insultos e mensagens ofensivas por causa do meu nome, da minha origem e da cor da minha pele. Em vez de debaterem com respeito, há quem prefira esconder-se atrás de um ecrã para escrever frases como “vai para a tua terra” ou “aprende a escrever”, como se isso anulasse quem eu sou ou me fizesse desaparecer. Não aceito esse tipo de cobardia. Se têm algo a dizer, digam de frente. E estejam prontos para ouvir verdades.
O meu nome é indiano. A minha pele é morena. Mas sou português. Nasci com esse direito. Não o comprei, não o pedi como favor. Nasci numa antiga colónia portuguesa. O meu pai cumpriu serviço militar em Moçambique. Os meus tios foram combatentes da Guerra Colonial. Muitos ainda hoje recebem pensões baixíssimas, como se a luta deles pela pátria tivesse pouco valor. E mesmo assim, ainda hoje, há quem lhes diga: “vão para a vossa terra.” Como se não tivessem dado o corpo e a alma a este país.
Portugal é a minha terra. A nossa terra.
Estamos em 2025 e ainda há quem julgue se uma pessoa é portuguesa ou não pelo nome que tem ou pela forma como escreve. Já ouvi até dizer que, com a internet e a inteligência artificial, já se consegue saber se alguém é “imigrante” só por ler o que escreve nas redes sociais. Isto mostra o nível de ignorância com que ainda lidamos. Nem a tecnologia nem a aparência definem a identidade de uma pessoa.
A nacionalidade não se vê. Está na lei, na história de vida, nos documentos, nos vínculos familiares e no contributo que cada pessoa dá à sociedade. Está no facto de vivermos, trabalharmos, contribuirmos e amarmos este país como qualquer outro cidadão.
Por exemplo: um filho de imigrantes nascido em Inglaterra pode ser britânico. E também pode ter a nacionalidade do país de origem dos pais — portuguesa, indiana, entre outras. Pode ter dupla nacionalidade, algo perfeitamente legal e normal em muitos países. O mesmo se aplica a quem nasceu em antigas colónias portuguesas. Ser português não depende da geografia da Europa — depende da história e da lei.
Vejamos o caso de Rishi Sunak, ex-primeiro-ministro britânico. Nasceu em Inglaterra, estudou lá, trabalhou e governou o Reino Unido. Mas por ter pele escura e nome indiano, ainda houve quem dissesse: “Vai para a tua terra.” Qual terra? Ele nasceu lá. É tão britânico como qualquer outro. Assim como eu sou português.
Em Portugal, temos casos semelhantes. António Costa, nascido em Moçambique, é português. O almirante Gouveia e Melo, também nascido em Moçambique, é português. Ninguém questiona a nacionalidade deles porque têm nomes tipicamente portugueses e aparência que encaixa no padrão esperado. Mas há milhares de cidadãos portugueses com nomes indianos, africanos, muçulmanos, chineses ou outros — muitos deles descendentes de combatentes e antigos residentes das colónias — que continuam a ser tratados como estrangeiros. Isso é racismo disfarçado de “opinião.”
Há quem diga com orgulho ser “português de gema”, como se isso fizesse de uns mais legítimos do que outros. Mas esse conceito é falso. A Constituição não distingue portugueses “puros” e “menos puros”. Somos todos iguais perante a lei.
Chega de frases como “vai para a tua terra” ou “aprende a escrever” quando já não há argumentos. Isso não é debate, é desprezo. Não aceito que me reduzam a uma piada, nem que me tratem como se estivesse aqui por acaso.
A quem vive a espalhar este tipo de ignorância, deixo um recado claro: informem-se. Leiam. Perguntem. O Google existe. A história está escrita. As leis estão públicas. Usem o cérebro antes de usarem o teclado.
Portugal é um país diverso. Sempre foi. Da Índia a Moçambique, da Guiné a Angola, do Brasil a Timor — há portugueses por todo o mundo, com todos os nomes, credos e cores. E todos com os mesmos direitos.
Eu sou português. E não preciso provar isso a ninguém. Não sou hóspede no meu próprio país.
Assinado:
Um cidadão português de nome indiano e voz firme — porque calado, nunca mais.