Actualidade nacional

T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
3,570
5,886
Todos os anos a mesma coisa.
Todos os anos a desculpa dos velhinhos que não limparam o terreno.
O que foi feito desde 2017 por quem já estava no poder?
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
5,572
6,621
Nada, não me candidatei nem sou pago principiscamente para decidir.
Agora quem tem cargos de responsabilidade tem de ser responsabilizado senão vamos viver sempre na égide da desculpabilizacao.
Permite-me discordar dessa forma de estar.

Considero que faz parte da nossa própria educação cívica ter ideias e opiniões sobre as soluções necessárias, porque os partidos criam programas eleitorais nesse sentido e, enquanto eleitor, deves te identificar com as soluções apresentadas.

Dizer que está mal e não ter solução é conversa de tasca que faz crescer os radicalismos populistas.
 

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
17,525
21,762
Conquistas
4
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
Será que há alguma condição atmosférica que justifique estes fogos mais descontrolados ali na zona centro do país?
Já em 2017 foi em Pedrógão (Leiria) e mesmo os de Outubro de 2017 foram terríveis ali na região centro.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
3,944
5,912
Bragança
Permite-me discordar dessa forma de estar.

Considero que faz parte da nossa própria educação cívica ter ideias e opiniões sobre as soluções necessárias, porque os partidos criam programas eleitorais nesse sentido e, enquanto eleitor, deves te identificar com as soluções apresentadas.

Dizer que está mal e não ter solução é conversa de tasca que faz crescer os radicalismos populistas.
Ok. Existe um problema, é inegável. Qual é a tua solução ?
 

T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
3,570
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Permite-me discordar dessa forma de estar.

Considero que faz parte da nossa própria educação cívica ter ideias e opiniões sobre as soluções necessárias, porque os partidos criam programas eleitorais nesse sentido e, enquanto eleitor, deves te identificar com as soluções apresentadas.

Dizer que está mal e não ter solução é conversa de tasca que faz crescer os radicalismos populistas.
Vamos lá ver, eu nunca falhei umas eleições e estou sempre ao corrente dos programas eleitorais.
Se calhar não me expressei bem.
Quando digo nada fazer é porque nem eu nem tu temos qualquer influência nisso.
Quem está no poder é que tem de ter soluções, não eu nem tu.
O que foi feito em cinco anos é a pergunta certa a fazer e não o que eu (simples cidadão) faria diferente.
Enquanto não pararmos com as teorias da desculpabilização (calor, guerra, combustiveis) e não começarmos a responsabilizar quem de direito não saímos da cepa torta.
E não vale depois irem chorar e prometer casas e dar abracinhos.
Por falar nisso como está a construção civil em Pedrogão?
 

Tiagotg999

Tribuna Presidencial
19 Maio 2016
11,487
16,896
33
Vila Das Aves
Permite-me discordar dessa forma de estar.

Considero que faz parte da nossa própria educação cívica ter ideias e opiniões sobre as soluções necessárias, porque os partidos criam programas eleitorais nesse sentido e, enquanto eleitor, deves te identificar com as soluções apresentadas.

Dizer que está mal e não ter solução é conversa de tasca que faz crescer os radicalismos populistas.
O partido dos cornudos já começou a sua cavalgada populista.

É prisão perpétua, é considerar autores de incêndios (sejam eles intencionais ou não) como terroristas (iguais aos das bombas dizem eles), etc.

Puta que pariu o Costa, mas numa coisa ele tem razão, tudo isto depende de cada um.

Depende de cada um ter cuidado com as áreas florestais junto das suas habitações, ter cuidado em não fazer fogueiras em zonas de mato, etc., etc., no fundo isto é um pouco como a segurança rodoviária, se não tens cuidado a conduzir, mais depressa tens um acidente.

Politizar este assunto, para além de não resolver, é só estupido.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
3,944
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Bragança
O partido dos cornudos já começou a sua cavalgada populista.

É prisão perpétua, é considerar autores de incêndios (sejam eles intencionais ou não) como terroristas (iguais aos das bombas dizem eles), etc.

Puta que pariu o Costa, mas numa coisa ele tem razão, tudo isto depende de cada um.

Depende de cada um ter cuidado com as áreas florestais junto das suas habitações, ter cuidado em não fazer fogueiras em zonas de mato, etc., etc., no fundo isto é um pouco como a segurança rodoviária, se não tens cuidado a conduzir, mais depressa tens um acidente.

Politizar este assunto, para além de não resolver, é só estupido.
Em primeiro lugar, desde quando é que o Félix anda na politica também ?
Em segundo lugar, não é bem o só depende de cada um. Veja-se o caso que o forista anterior mencionou, dos velhinhos que não limparam.... Os velhinhos muitas vezes não podem por questões físicas eles próprios fazer o trabalho. Ora então resta contratar alguém que faça gestão de combustíveis (vulgo limpezas de mato). Esses trabalhos, como incluem maquinas, não há ninguém mas rigorosamente ninguém que faça por menos de 100 Euros ao dia... 8 horas... sabes o que limpas num dia ? Muitos teriam que deixar a reforma de dois meses para uma limpeza....
Não depende de cada um, Milhares de Hectares seguidos de Eucalipto e Pinho, sem interrupção, com espécies autóctones como o Carvalho ou sobreiro para travar a velocidade da propagação de incêndios..... Isto são politicas, que os políticos têm que tomar, não somos nós cidadão. Mas não querendo desagradar ás empresas tipo Navigator e otras do ramo, nunca vão mudar o ordenamento da nossa Floresta.
 

Tiagotg999

Tribuna Presidencial
19 Maio 2016
11,487
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Vila Das Aves
Em primeiro lugar, desde quando é que o Félix anda na politica também ?
Em segundo lugar, não é bem o só depende de cada um. Veja-se o caso que o forista anterior mencionou, dos velhinhos que não limparam.... Os velhinhos muitas vezes não podem por questões físicas eles próprios fazer o trabalho. Ora então resta contratar alguém que faça gestão de combustíveis (vulgo limpezas de mato). Esses trabalhos, como incluem maquinas, não há ninguém mas rigorosamente ninguém que faça por menos de 100 Euros ao dia... 8 horas... sabes o que limpas num dia ? Muitos teriam que deixar a reforma de dois meses para uma limpeza....
Não depende de cada um, Milhares de Hectares seguidos de Eucalipto e Pinho, sem interrupção, com espécies autóctones como o Carvalho ou sobreiro para travar a velocidade da propagação de incêndios..... Isto são politicas, que os políticos têm que tomar, não somos nós cidadão. Mas não querendo desagradar ás empresas tipo Navigator e otras do ramo, nunca vão mudar o ordenamento da nossa Floresta.
Sim, concordo, há milhares de casos em que as pessoas não tem simplesmente hipótese de pedir a alguém para limpar o redor da casa.

Nesses casos, deviam ser as autarquias (por exemplo) a identificar e resolver essas situações.

Se formos numa de distribuir culpas, diria que 25% é culpa dos sucessivos governos, 25% por motivos económicos, 25% desinteresse de algumas pessoas, 25% fatores naturais.
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
5,572
6,621
Ok. Existe um problema, é inegável. Qual é a tua solução ?
É um tema complicado, daí a dificuldade na sua resolução.

Há uns 16, 17 anos atrás, fiz uma consultoria estratégica para a Renova, e já na altura haviam limitações ao plantio de espécies produtoras de celulose, como o eucalipto e o pinheiro. A obtenção de matéria-prima local era a maior dificuldade de toda a linha e chegava a ser importada.

Depois veio a lei Cristas que liberalizou o plantio de eucalipto. Positivo para a indústria, horrível para o ambiente e para a prevenção de incêndios. Aqui o problema é que os governos podem limitar a plantação, mas não podem ordenar a sua remoção. É anti-constituicional, a necessidade de salvaguardar o direito privado. Limitou-se novamente a área máxima de plantio de espécies de queima rápida, mas a redução efetiva é um processo lento.

Soluções passam por:
• Reduzir a pegada ecológica de forma a evitar as alterações climáticas. O aumento da temperatura e da desertificação irão aumentar progressivamente o risco de incêndio;

• Procurar outras soluções ambientalmente sustentáveis que permitam produzir matérias-primas. Os processos industriais são difíceis de se modificar, porque o equipamento é caríssimo e pouco flexível, mas atualmente já é possível extrair celulose de cânhamo, cana-de-açúcar, linho, bananeira. É necessário estimular a reconversão agrícola e industrial;

• Criar um sistema de vigilância que permita detetar e punir infratores. Penso que não somos anjinhos aqui para não sabermos que grande parte dos incêndios são fogo posto;

• Limpar as áreas de risco. Até deixarem de ser de risco, isso é algo necessário, que já é obrigatório e bem. Embora não seja propriamente cumprido.

Não sendo especialista na área, abordo isto da forma como abordo tudo o resto. Tratar as causas, minimizar as consequências.
 
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Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
17,525
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4
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
Quem vive em meio rural sabe que há milhares de hectares de terrenos a monte, cujos proprietários nem se sabe bem quem é porque as cadernetas prediais não são atualizadas há 100 anos...
Mesmo que as autoridades queiram notificar as pessoas para as limpezas obrigatórias, às vezes é difícil.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
5,572
6,621
Muitos teriam que deixar a reforma de dois meses para uma limpeza....
Este é um ponto em que eu sou imensamente direto e por vezes criticado por tal:
Quem não tem capacidade para ter um apartamento no centro de Lisboa, vai para a margem sul, vai para Loures ou Queluz, vai para onde pagar.
Quem não tem capacidade para cuidar das suas propriedades, e na grande maioria dos casos, não tem qualquer plano para elas, deve vender a quem possa manter e desenvolver algo lá. Essa dos coitadinhos que têm um terreno muito grande que não conseguem cuidar e que não podem pagar a ninguém para o fazer, na minha ótica, só atrasam o país.
 
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T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
3,570
5,886
É um tema complicado, daí a dificuldade na sua resolução.

Há uns 16, 17 anos atrás, fiz uma consultoria estratégica para a Renova, e já na altura haviam limitações ao plantio de espécies produtoras de celulose, como o eucalipto e o pinheiro. A obtenção de matéria-prima local era a maior dificuldade de toda a linha e chegava a ser importada.

Depois veio a lei Cristas que liberalizou o plantio de eucalipto. Positivo para a indústria, horrível para o ambiente e para a prevenção de incêndios. Aqui o problema é que os governos podem limitar a plantação, mas não podem ordenar a sua remoção. É anti-constituicional, a necessidade de salvaguardar o direito privado. Limitou-se novamente a área máxima de plantio de espécies de queima rápida, mas a redução efetiva é um processo lento.

Soluções passam por:
• Reduzir a pegada ecológica de forma a evitar as alterações climáticas. O aumento da temperatura e da desertificação irão aumentar progressivamente o risco de incêndio;

• Procurar outras soluções ambientalmente sustentáveis que permitam produzir matérias-primas. Os processos industriais são difíceis de se modificar, porque o equipamento é caríssimo e pouco flexível, mas atualmente já é possível extrair celulose de cânhamo, cana-de-açúcar, linho, bananeira. É necessário estimular a reconversão agrícola e industrial;

• Criar um sistema de vigilância que permita detetar e punir infratores. Penso que não somos anjinhos aqui para não sabermos que grande parte dos incêndios são fogo posto;

• Limpar as áreas de risco. Até deixarem de ser de risco, isso é algo necessário, que já é obrigatório e bem. Embora não seja propriamente cumprido.

Não sendo especialista na área, abordo isto da forma como abordo tudo o resto. Tratar as causas, minimizar as consequências.
Completamente de acordo.
Acrescentaria apenas dotar as forças publicas de meios de combate, nomeadamente aeronaves e diminuir até progressivamente erradicar o negócio privado nos combates aos incêndios.
Não sejamos anjinhos de pensar que a maioria do fogo posto não tem interesses económicos adjacentes.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
3,944
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Bragança
É um tema complicado, daí a dificuldade na sua resolução.

Há uns 16, 17 anos atrás, fiz uma consultoria estratégica para a Renova, e já na altura haviam limitações ao plantio de espécies produtoras de celulose, como o eucalipto e o pinheiro. A obtenção de matéria-prima local era a maior dificuldade de toda a linha e chegava a ser importada.

Depois veio a lei Cristas que liberalizou o plantio de eucalipto. Positivo para a indústria, horrível para o ambiente e para a prevenção de incêndios. Aqui o problema é que os governos podem limitar a plantação, mas não podem ordenar a sua remoção. É anti-constituicional, a necessidade de salvaguardar o direito privado. Limitou-se novamente a área máxima de plantio de espécies de queima rápida, mas a redução efetiva é um processo lento.

Soluções passam por:
• Reduzir a pegada ecológica de forma a evitar as alterações climáticas. O aumento da temperatura e da desertificação irão aumentar progressivamente o risco de incêndio;

• Procurar outras soluções ambientalmente sustentáveis que permitam produzir matérias-primas. Os processos industriais são difíceis de se modificar, porque o equipamento é caríssimo e pouco flexível, mas atualmente já é possível extrair celulose de cânhamo, cana-de-açúcar, linho, bananeira. É necessário estimular a reconversão agrícola e industrial;

• Criar um sistema de vigilância que permita detetar e punir infratores. Penso que não somos anjinhos aqui para não sabermos que grande parte dos incêndios são fogo posto;

• Limpar as áreas de risco. Até deixarem de ser de risco, isso é algo necessário, que já é obrigatório e bem. Embora não seja propriamente cumprido.

Não sendo especialista na área, abordo isto da forma como abordo tudo o resto. Tratar as causas, minimizar as consequências.
Eu sei que existe a parte da responsabilidade de cada um. Mas os Governos, sucessivos, não apenas um, têm legislado ineficazmente ...não chega. Os Milhões e Milhõs gastos depois no Combate fica-lhes mais caro.
 

T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
3,570
5,886
Eu sei que existe a parte da responsabilidade de cada um. Mas os Governos, sucessivos, não apenas um, têm legislado ineficazmente ...não chega. Os Milhões e Milhõs gastos depois no Combate fica-lhes mais caro.
Mas não será esse o interesse?
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
3,944
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Bragança
Este é um ponto em que eu sou imensamente direto e por vezes criticado por tal:
Quem não tem capacidade para ter um apartamento no centro de Lisboa, vai para a margem sul, vai para Loures ou Queluz, vai para onde pagar.
Quem não tem capacidade para cuidar das suas propriedades, e na grande maioria dos casos, não tem qualquer plano para elas, deve vender a quem possa manter e desenvolver algo lá. Essa dos coitadinhos que têm um terreno muito grande que não conseguem cuidar e que não podem pagar a ninguém para o fazer, na minha ótica, só atrasam o país.
Muitos não são terrenos grandes. São de acessos difíceis. Não são latifúndio, são minifúndio, terrenos muito parcelados, comuns no Norte e Centro do País. E limpar mato é um trabalho extenuante, por isso caro. Estamos a falar de pessoas pobres não de grandes proprietários de montes no alentejo.
 

T-Dragon

Lugar Anual
2 Junho 2016
3,570
5,886
Muitos não são terrenos grandes. São de acessos difíceis. Não são latifúndio, são minifúndio, terrenos muito parcelados, comuns no Norte e Centro do País. E limpar mato é um trabalho extenuante, por isso caro. Estamos a falar de pessoas pobres não de grandes proprietários de montes no alentejo.
80% ou mais dos terrenos nem sequer estão devidamente cadastrados apesar de existir um instituto público para o efeito.