Actualidade nacional

Czarli9

Tribuna Presidencial
23 Julho 2017
6,008
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DECO-10 disse:
Neste caso em concreto, ninguém os pode acusar de não terem posto mãos à obra.
Nem estou a dizer o contrário, até porque o vírus "nasceu" lá e só tinham mesmo de pôr mãos à obra.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
3,471
2,527
Azul Invicto disse:
É verdade que o Estado não vai à falência só com despesas de saúde, mas falência do Estado significa falência de um país inteiro, ao contrário do exemplo que dás que são casos de familias e não do Estado. Não existe um sistema económico perfeito, apenas uns melhores do que outros entendes? O capitalismo não é imune a falências, mas se falarmos de falências em sistemas económicos socialistas ficávamos aqui o dia inteiro.

Se um Estado entra em falência, significa que todo o sistema de saúde pública vai seguir o mesmo caminho, compreendes? E volto a dizer, falas de milhares de falências nos estados unidos à custa da saúde, se em Portugal o Estado entra em falência o que acontece às familias portuguesas e ao SNS?


Mas não continuar a conversa quando se diz que por causa de 1 indicador já significa que é melhor do que o sistema suíço ou americano. É como dizer que um ford transit é melhor do um ferrari ou porsche por quem mais espaço para bagagem. Nem vou trazer aqui a lista de rankings que colocam o sistema de saúde da suiça como um dos melhores do mundo e à frente de Portugal porque não queres falar de soluções nem sequer trazer suporte documental que prove que o SNS é melhor do que o da Suiça e EUA.
Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.

Claro que se um país entra em bancarrota, não há serviço de saúde (nem sistema de pensões, já agora) que aguente. Mas não é isso que está aqui em questão. O que está em questão é tu defenderes a priori a saúde privada sem apresentares qualquer argumento a não ser essa hipotética falência do estado.
De resto, as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não são muito maiores do que as dos EUA, onde o endividamento do estado, das empresas e das famílias está em níveis estratosféricos (mas isto já seria outra conversa).
Eu faço o possível por não ver o mundo através de lentes ideológicas. E por isso sou capaz de dizer que numas coisas as propostas da esquerda são melhores, enquanto noutras são as da direita que fazem mais sentido.
 

Azul Invicto

Arquibancada
23 Fevereiro 2020
267
0
Dagerman disse:
Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.

Claro que se um país entra em bancarrota, não há serviço de saúde (nem sistema de pensões, já agora) que aguente. Mas não é isso que está aqui em questão. O que está em questão é tu defenderes a priori a saúde privada sem apresentares qualquer argumento a não ser essa hipotética falência do estado.
De resto, as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não são muito maiores do que as dos EUA, onde o endividamento do estado, das empresas e das famílias está em níveis estratosféricos (mas isto já seria outra conversa).
Eu faço o possível por não ver o mundo através de lentes ideológicas. E por isso sou capaz de dizer que numas coisas as propostas da esquerda são melhores, enquanto noutras são as da direita que fazem mais sentido.

Tu argumentas que o sistema de saúde dos americanos é pior porque há famílias a falir com despesas de saúde. Isso não tem qualquer sentido quando o nosso país entra em falência exactamente por não suportar as despesas com os serviços públicos (incluindo saúde que é dos serviços mais caros que podem existir). A diferença é que nos Estados Unidos a conta do sistema de saúde vai directamente para o consumidor, enquanto que em Portugal é para o contribuinte. E tens o exemplo suiço que é dos melhores do mundo mas preferes ignorar esse facto, aliás, só usas 1 indicador do SNS como se provasse que no seu todo é melhor do que o sistema suiço. Isso não é argumentar.

Quando eu digo que se deve privatizar e fazer ppp's (como se faz na Escandinávia) tu criticas mas não consegues arranjar uma solução para o SNS que não coloque em causa a economia, o sistema que defendes do jeito que existe está em risco de falir.

E sobre as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não serem maiores do que as dos EUA, não apostes nisso. Não foi há muito tempo que tivemos a visita do FMI e nessa altura os EUA não pediram nenhum resgate.

E volto a dizer, temos uma economia estagnada. Quando a crise começar gostava de saber como se mantém o actual SNS com empresas e contribuintes a falir
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
3,471
2,527
Azul Invicto disse:
E sobre as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não serem maiores do que as dos EUA, não apostes nisso. Não foi há muito tempo que tivemos a visita do FMI e nessa altura os EUA não pediram nenhum resgate.

E volto a dizer, temos uma economia estagnada. Quando a crise começar gostava de saber como se mantém o actual SNS com empresas e contribuintes a falir
Se Portugal tivesse o poder de impôr como reserva mundial a sua unidade monetária, e tivesse um banco central com autorização para imprimir todo o dinheiro que quisesse, também nunca precisaria do FMI :)

A economia americana também está, na prática, estagnada. Sem os bilões de dólares do QE injectados na economia desde 2008, queria ver onde estaria hoje a economia americana (e mundial, claro).

Numa economia globalizada, e completamente interdependente, nenhum país europeu entra em recessão sozinho, por muito mal gerido que seja. Estou convencido de que a economia portuguesa só pod eentrar em recessão se o mesmo acontecer com a economia dos países da zona euro.
E se, ou quando, isso acontecer, claro que os rendimentos do estado, das empresas e das famílias vão ser afectados  Mas se isso acontecesse, as famílias também não teriam dinheiro para cuidados médicos em clínicas privadas.
Para quem está desempregado, tanto dá um serviço de saúde em colapso como um serviço de saúde que não pode pagar.
 

Johann

Bancada central
2 Outubro 2012
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0
Dagerman disse:
Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.

Claro que se um país entra em bancarrota, não há serviço de saúde (nem sistema de pensões, já agora) que aguente. Mas não é isso que está aqui em questão. O que está em questão é tu defenderes a priori a saúde privada sem apresentares qualquer argumento a não ser essa hipotética falência do estado.
De resto, as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não são muito maiores do que as dos EUA, onde o endividamento do estado, das empresas e das famílias está em níveis estratosféricos (mas isto já seria outra conversa).
Eu faço o possível por não ver o mundo através de lentes ideológicas. E por isso sou capaz de dizer que numas coisas as propostas da esquerda são melhores, enquanto noutras são as da direita que fazem mais sentido.
Só um pouco de nitpicking da minha parte... É um grande problema nos EUA, mas isso não é factual.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
3,471
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Hulk27

Tribuna Presidencial
11 Abril 2012
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Dagerman disse:
Numa economia globalizada, e completamente interdependente, nenhum país europeu entra em recessão sozinho, por muito mal gerido que seja. Estou convencido de que a economia portuguesa só pod eentrar em recessão se o mesmo acontecer com a economia dos países da zona euro.
É uma questão de tempo o euro( e a propria UE) esta condenado.
 

Azul Invicto

Arquibancada
23 Fevereiro 2020
267
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Dagerman disse:
Se Portugal tivesse o poder de impôr como reserva mundial a sua unidade monetária, e tivesse um banco central com autorização para imprimir todo o dinheiro que quisesse, também nunca precisaria do FMI :)

A economia americana também está, na prática, estagnada. Sem os bilões de dólares do QE injectados na economia desde 2008, queria ver onde estaria hoje a economia americana (e mundial, claro).

Numa economia globalizada, e completamente interdependente, nenhum país europeu entra em recessão sozinho, por muito mal gerido que seja. Estou convencido de que a economia portuguesa só pod eentrar em recessão se o mesmo acontecer com a economia dos países da zona euro.
E se, ou quando, isso acontecer, claro que os rendimentos do estado, das empresas e das famílias vão ser afectados  Mas se isso acontecesse, as famílias também não teriam dinheiro para cuidados médicos em clínicas privadas.
Para quem está desempregado, tanto dá um serviço de saúde em colapso como um serviço de saúde que não pode pagar.

A maiora das economias está a ficar estagnada, até a Alemanha, daí estarmos prestes a entrar numa recessão. Mas o que preferias? Uma economia estagnada alemã ou portuguesa? A alemã obviamente porque tem mais riqueza e mais mecanismos de ajuda.


Tu gostas sempre de falar na saúde americana para ter argumentos, vamos falar da saúde privada suiça, nenhum desempregado fica sem acesso à saúde porque o Estado ajuda nos custos. A diferença é que o Estado apenas paga a saúde dos que necessitam e não têm rendimentos suficientes enquanto quem tem rendimentos paga pela saúde privada, não sobrecarregando o sistema de saúde pública como no nosso caso que cria filas de espera para consultas com duração de anos.

 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
3,471
2,527
Azul Invicto disse:
A maiora das economias está a ficar estagnada, até a Alemanha, daí estarmos prestes a entrar numa recessão. Mas o que preferias? Uma economia estagnada alemã ou portuguesa? A alemã obviamente porque tem mais riqueza e mais mecanismos de ajuda.


Tu gostas sempre de falar na saúde americana para ter argumentos, vamos falar da saúde privada suiça, nenhum desempregado fica sem acesso à saúde porque o Estado ajuda nos custos. A diferença é que o Estado apenas paga a saúde dos que necessitam e não têm rendimentos suficientes enquanto quem tem rendimentos paga pela saúde privada, não sobrecarregando o sistema de saúde pública como no nosso caso que cria filas de espera para consultas com duração de anos.
Se dissessem aos portugueses "Agora começam a pagar os vosso cuidados de saúde (uns 500/mês, digamos) mas a boa notícia é que o salário mínimo passa a ser igual ao da Suíça (3 000 mês)", acho que ficraíamos todos contentíssimos. Só que não não temos salários suíços. Nem nunca teremos.

Portanto, acho que nem sequer faz sentido equacionar essa hipótese da privatização da saúde em Portugal. Nunca vai acontecer. Até porque, apesar de todas as suas imperfeições, o SNS é mais popular do que a castanha assada. Os portugueses (sobretudo os mais velhos) consideram-no uma das melhores criações do 25 de Abril.

De resto, nenhum partido com essa proposta no seu programa consegueria ter votos para ser governo.  E portanto é um bocado absurdo estarmos aqui a perder tempo com esta conversa. Parece-me tão fútil como discutir os rituais de acasalamento dos unicórnios! (O que vale é que há tempo para tudo, felizmente :)
 

Azul Invicto

Arquibancada
23 Fevereiro 2020
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Dagerman disse:
Se dissessem aos portugueses "Agora começam a pagar os vosso cuidados de saúde (uns 500/mês, digamos) mas a boa notícia é que o salário mínimo passa a ser igual ao da Suíça (3 000 mês)", acho que ficraíamos todos contentíssimos. Só que não não temos salários suíços. Nem nunca teremos.

Portanto, acho que nem sequer faz sentido equacionar essa hipótese da privatização da saúde em Portugal. Nunca vai acontecer. Até porque, apesar de todas as suas imperfeições, o SNS é mais popular do que a castanha assada. Os portugueses (sobretudo os mais velhos) consideram-no uma das melhores criações do 25 de Abril.

De resto, nenhum partido com essa proposta no seu programa consegueria ter votos para ser governo.  E portanto é um bocado absurdo estarmos aqui a perder tempo com esta conversa. Parece-me tão fútil como discutir os rituais de acasalamento dos unicórnios! (O que vale é que há tempo para tudo, felizmente :)

Não vai acontecer? Então explica-me o que acontece a um sistema de saúde pública quando a população envelhece e a economia não cresce?

O SNS só não implodiu mais cedo porque durante décadas tivemos fundos da UE para financiar os investimentos necessários para o país... UE que também está a prazo com o Brexit e que pode no futuro pode haver mais saídas, os países que contribuem com mais fundos como a Dinamarca e Suécia já recusaram pagar o valor em falta do orçamento europeu com a saída do UK
(https://www.dailymail.co.uk/news/article-8028565/EU-leaders-argue-early-hours-bruising-budget-talks.html)


Eu digo que vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, o dinheiro não cresce e as despesas aumentam...com população a envelhecer a economia nacional estagnada há quase 20 anos é um sistema insustentável.... hospitais com péssimas condições, serviços de urgência a fechar, esperas por consultas que duram anos, isto já é uma realidade quando atravessamos nos últimos anos um período económico favorável de crescimento global, com a crise que se avizinha nem se consegue imaginar o que pode acontecer a um sistema de saúde que já está degradado.
 

deco macau

Tribuna Presidencial
29 Outubro 2014
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  • Campeão Nacional 19/20
Acabei de ouvir um delegado de saude a dizer que nao era preciso fechar a escola porque o virus apenas se transmitia pelas vias respiratorias.
Pobre país entregue a esta gente.
Entretanto por aqui

"O último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu hoje alta hospitalar, anunciou o director dos Serviços de Saúde. “Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Macau está há 31 dias sem novos registos da doença Covid-19, tendo registado apenas dez casos."
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Azul Invicto disse:
Não vai acontecer? Então explica-me o que acontece a um sistema de saúde pública quando a população envelhece e a economia não cresce?
Simples. O que acontece se a economia não cresce é que os sistemas de saúde (e de pensões) perdem toda a sustentabilidade financeira e colapsam. E nessa circunstância, quem tiver dinheiro é tratado numa clínica privada, e quem não tiver, reza para que a doença se cure sozinha.
E em que é que a privatização pode ser benéfica nesse cenário em que o PIB estagna ou decresce? Achas que as privatizações são uma poção mágica que faz crescer o PIB? Pergunto-me se fazes ideia do que é que verdadeiramente faz crescer uma economia. Espero que não penses que é "investimento", a "inovação tecnológica" ou qualquer outra treta do género.
 

Azul Invicto

Arquibancada
23 Fevereiro 2020
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Dagerman disse:
Simples. O que acontece se a economia não cresce é que os sistemas de saúde (e de pensões) perdem toda a sustentabilidade financeira e colapsam. E nessa circunstância, quem tiver dinheiro é tratado numa clínica privada, e quem não tiver, reza para que a doença se cure sozinha.
E em que é que a privatização pode ser benéfica nesse cenário em que o PIB estagna ou decresce? Achas que as privatizações são uma poção mágica que faz crescer o PIB? Pergunto-me se fazes ideia do que é que verdadeiramente faz crescer uma economia. Espero que não penses que é "investimento", a "inovação tecnológica" ou qualquer outra treta do género.
Agora fiquei curioso em saber o que tu achas que faz crescer uma economia sem ser investimento e inovação. O que é? Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos? Explica-me porque estou mesmo curioso com a resposta.

Já agora, pela tua lógica de que o sistema de saúde público ajudam a população em tempos de colapso financeiro, podemos então supor que a população venezuelana tem bons cuidados médicos é isso?

A diferença de uma saúde privatizada (não digo na totalidade) é que diminui as despesas do Estado na área da saúde, ou seja, menos impostos serão necessários para sustentar o aparelho público. Como tens o caso da Suiça onde a maioria da população vai para a saúde privada e o Estado garante serviços de saúde aos mais necessitados.

Não podemos ter uma saúde pública como a da Escandinávia sem ter a economia liberal da Escandinávia, não é possível.
 

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Azul Invicto disse:
Agora fiquei curioso em saber o que tu achas que faz crescer uma economia sem ser investimento e inovação. O que é? Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos? Explica-me porque estou mesmo curioso com a resposta.

Já agora, pela tua lógica de que o sistema de saúde público ajudam a população em tempos de colapso financeiro, podemos então supor que a população venezuelana tem bons cuidados médicos é isso?

A diferença de uma saúde privatizada (não digo na totalidade) é que diminui as despesas do Estado na área da saúde, ou seja, menos impostos serão necessários para sustentar o aparelho público. Como tens o caso da Suiça onde a maioria da população vai para a saúde privada e o Estado garante serviços de saúde aos mais necessitados.

Não podemos ter uma saúde pública como a da Escandinávia sem ter a economia liberal da Escandinávia, não é possível.
O que faz crescer a economia é fundamentalmente... energia barata e abundante. Não vou justificar, que não tenho tempo para isso, mas faz uma pesquisa sobre o papel da energia (que aliás a maior parte dos economistas ignora) no crescimento económico e verás. Para te facilitar a vida, dou-te duas pistas de pesquisa: Dr. Tim Morgan e Vaclav Smil. Existem outros factores de crescimento económico, mas nenhum se compara (nem muito menos substitui) a energia barata e abundante. Basta pensares numa coisa: qual foi o país que mais cresceu ao longo do sec. XXI? A China. Porquê? Carvão a dar com um pau. A como estava o barril de petróleo em 1960? E em 2001? Segundo alguns analistas, o preço óptimo (para a conomia) do barril de petróleo seria menos de 20$ o barril. Há quantas décadas é que deixou de haver petróleo a esse preço? E como é que se tentou paliar o efeito dessa alta do preço dos combustíveis? Dou-te uma pista: economia de casino. Desinvestimento na estrutura produtiva, e aposta nos serviços e na financeirização da economia.

A pop. venezuelana deve ter um péssimo sistema de saúde. Mas se o único sistema de saúde que tivessem fosse privado ainda estariam pior, porque um dos efeitos da privatização na saúde é o aumento dos preços de cada acto médico. E como os venezuelanos vivem na miséria, nunca os poderiam pagar. Então, em vez de terem pouco, não teriam nada. No fundo, acontecia-lhes o mesmo que acontece aos pobres nos EUA.

Portugal gasta neste momento cerca de 11 000 milhões ano em saúde. Ou seja, mais ou menos 1000 euros por cada português. Conheces algum seguro de saúde que por 1000/ano me garanta cobertura TOTAL em despesas de saúde, incluindo longos períodos de hospitalização se for necessário, tratamentos, cirurgias, etc.?

A Dinamarca é um país que em 1870 tinha uma taxa de escolarização de cerca de 60%. Portugal na altura tinha 18%, e precisou quase de cem anos para chegar aos valores da Dinamarca. E esse gap, como é óbvio, ainda hoje se faz sentir. Depois há factores geográficos que também ajudam a explicar o desenvolvimento económico dos nórdicos (Báltico, ligação à Alemanha, etc.), ao passo que a nós a geografia não nos favoreceu muito (a não ser no século XV) porque nos situa numa posição periférica, ou seja, longe dos centros intelectuais, industriais, comerciais etc. da Europa. Então, como é que podes querer comparar o sucesso económico dos dois países? Podes atribuir o sucesso da Dinamarca à liberalização da economia, mas acho que esse não é o principal factor do desenvolvimento do país, longe disso.
 

JohnnyP

Bancada central
29 Agosto 2012
1,990
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Azul Invicto disse:
Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos?
Tendo em consideração que existem muitas outras variáveis, e isto é evidebtemente uma simplificação, medidas como o aumento dos salários mais baixos são  promotoras de crescimento económico. Os aumentos são quase directamente traduzidos em consumo, um dos principais motores do crescimento.

 

MarAzul

Bancada central
7 Agosto 2017
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93
Esta merda teve 10% nas últimas eleições.

https://twitter.com/EsquerdaNet/status/1236335058748706816
 

slowboy

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
Eu também gostava que o meu empréstimo habitação não contasse para as minhas contas.

Problema resolvido.

Isto não é populismo?