O número de violações em 2023 foi inferior a 2022. A partir desse facto o resto do raciocínio perde um bocado de validade.A frase desse fact checking é esta: «Crimes violentos, violações e assédio sexual cresceram na mesma proporção da taxa de imigração em Portugal». Ora, eu não disse isso.
Aliás, essa afirmação é diametralmente oposta à minha. Eu restringi-me aos originários do subcontinente indiano, cuja conjuntura já foi apelidada por muitos - inclusive feministas - como «rape culture».
O número de violações em 2023 atingiu um máximo histórico. Concomitantemente, também o número de imigrantes do subcontinente indiano aumentou, e não raro vemos notícias sobre os atos desse tipo por parte de alguns integrantes desse grupo.
Existe algum estudo sobre isto? Não, pois é um tópico muito complexo, que pode levar a racismo. Não obstante, não existe do mesmo modo algo que o refute.
Indubitável parece-me uma incompatibilidade, traduzida na prática de crimes e de contraordenações nos mais diversos âmbitos, entre as culturas (sim, porque o subcontinente indiano é formado por culturas distintas, que convergem em alguns pontos, p.e. a denominada «cultura da violação») indostânicas e a cultura ocidental.
Deixemos toda esta parte argumentativa e atentemos a um princípio: será desejável atrair imigrantes de países com esse problema da cultura de violação? Obviamente não podemos proibir a entrada de todos os originários, mas exigem-se esforços no sentido de apurar a idoneidade de futuros residentes e, quiçá, cidadãos portugueses.

RASI revela aumento dos crimes violentos, como extorsão, roubo e rapto
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) alerta para o aumento dos crimes violentos, como extorsão, roubo e rapto, no ano passado.

“As maiores descidas verificaram-se no roubo em residência (-15,3%), violação (-4,8%), outros roubos (-4%) e homicídio voluntário consumado (-7,2%).”
já agora na minha opinião a melhor maneira de controlar a imigração era fiscalizar uberes, tvde e o sector da agricultura e das pescas e ter mão pesada nas empresas que não cumprem as leis nacionais e empregam imigrantes ilegais. Mas sobre isso, não vejo medidas concretas. Vejo é o ódio a estrangeiros que já passou de africanos, para o pessoal genérico do leste (quem não se lembra das notícias diárias de assaltos violentos de gangs do leste da Europa) para ciganos, para brasileiros, a ser lentamente dirigido ao pessoal do Indostão. Não estou a dizer que seja o teu caso mas é uma retórica perigosa. Não há dados concretos que permitam associar as violações, cuja grande maioria é feita em contexto familiar, ao aumento da imigração do Indostão. Um ou outro caso isolado não é uma tendência. Se fosse, a taxa de violação em Portugal em 2023 tinha aumentado na proporção da imigração que vem desses países.