Está a ser um dia bom para o patriarcado, que, para além do gajo que não faz a própria mala, acabei de ouvir o presidente da câmara da Azambuja a tratar a jornalista da sic por "minha querida" e a dizer para as mães não ficarem preocupadas *, como se o papel delas fosse ir à escola ver se está tudo bem com os filhos enquanto o pai trabalha.
* isto a propósito do esfaqueamento de 6 miúdos
És a Cinha Jardim vermelha: pões-te a ouvir política para te dedicares às cusquices.
1. Para um autoproclamado "homem do século XXI, não arreigado a tradições do século passado" (lol), pareces desconhecer o poder de uma mensagem ou de uma chamada, que podem perfeitamente indicar as roupas a escolher.
2. Nem vou pelo facto de casais com muitos anos de convivência saberem o que cada um veste, afinal o guarda-roupa das pessoas não é infinito. Claro, suponho, e não há mal nenhum, que não saibas o que são relações duradouras, como homem tão progressista do século XXI, não arreigado a tradições do século passado.
3. Também não vou pegar na hipótese do homem, por algum motivo, não ter estado em casa. Nah, é mais fácil supor que é um machista de merda.
4. Tens uma masculinidade tão frágil que não deixas que ninguém, homem ou mulher, te faça a mala? Que atitude pouco confiante.
5. Agora até um "minha querida" é machismo. Pensei que era simplesmente ser obnóxio, mas afinal é um sintoma do patriarcado.
6. Impressiono-me com a tua imaginação, de alguém dizer para as mães não ficarem preocupadas e tu passares logo para machismo. Por outro lado, poderá ser simplesmente uma descrição da sociedade patriarcal existente, onde as mulheres ainda possuem o estatuto de cuidadores dos filhos, um double standard relativamente aos homens.
7. O que manifesta a tua cegueira ideológica é isto: olhas para as declarações lamentáveis do Castro Almeida e o problema que vês nelas é...,machismo. Meu amigo, o problema das declarações é gozar com os portugueses, como se ele não tivesse a obrigação, decorrente do cargo que ocupa, de cancelar as suas férias.
Eu fazia-lhe a mala com uns calções, uma t-shirt da Disney com o Pateta e um daqueles chapéus com ventoinha.
Ah, e claro, sapatos sem atacadores.
O casamento é uma partilha, mas daí a ter a mulher a escolher aquilo que o marido vai vestir, sim senhor. Se calhar também lhe escolhe o corte de cabelo e ainda lhe limpa o rabo.
Pessoalmente achei um fait-diver engraçado. Mas eu sou um homem do século XXI, não estou arreigado a tradições do século passado.
Casamento? Não sei o que um homem do século XXI, não arreigado a tradições do século passado, perceberá de instituições milenares! Isso não é para ti.
Não irá mudar nada. Aumentarem as penas é uma medida populista e uma resposta fácil a um problema que é complexo. Imaginemos que sou um grande madeireiro e que tenho interesse em que uma área florestal arda. Falo com um funcionário meu para qur arranje um fulano que meta fogo no mato. Ele vai a um café, dá 100 euros a um fulano para ele incendiar o mato. Escolhe um fulano com problemas mentais ou alcoólicos. Ele faz o serviço. É apanhado pela polícia e diz que alguém lhe pagou para meter o fogo. E como funciona depois? 1- como prova o fulano que alguém lhe pagou para isso? 2 como se prova que esaa pessoa pediu a mando de outro alguém? É tudo bonito no papel e percebo a ideia do aumento das penas mas a verdade é que na prática as pessoas continuariam a fazer o mesmo porque normalmente quem o faz são pessoas que ou vivem na miséria ou então têm problemas mentais graves.
Seria muito mais interessante debater as espécies que são plantadas, mais verbas para combater incêndios, educar o povo para não ter sempre mato junto a casa e só se lembrarem disso no verão, pensar-se em acelerar as posses administrativas e a punição para quem não limpa os terrenos, meter malta que perceba realmente de proteção civil e não apenas jobs for the boys e por aí fora..
Aumentar o limite das penas é necessário: a maior parte dos países desenvolvidos tem penas muito mais longas ou até perpétuas. Tal tem de ser complementado com o reforço do aparelho coativo do Estado.
O objetivo de um aumento de penas não é a dissuasão, até porque ocorre um fenómeno de habituação quando as penas são demasiado severas; é impedir a convivência em sociedade por períodos mais longos, ou, caso se defenda essa opção, perpetuamente. Certos indivíduos simplesmente não conseguem reintegrar-se na sociedade, sendo um perigo abismal para a mesma.
Além do mais, parece-me que alguém pensaria duas vezes antes de aceitar esse tipo de propostas se as penas fossem maiores.