Parece aquele futuro em que tudo é automatizado e o Estado é que é o responsável por dar um rendimento permanente ao cidadão dependendo assim o cidadão totalmente dos seus governantes e usando estes isso como forma de controlo.
Não sou nada optimista nisso. Cada vez mais o poder económico vai estar concentrado em poucas pessoas que já substituíram pessoas por pessoas mais baratas e pessoas mais baratas por máquinas. Não terão qualquer problema em desumanizar em tudo o que possam, porque implica poupar. O comércio on line está cada vez menos “humanizado” por assim dizer, há cada vez menos trabalho manual implicado e a derradeira fronteira vão ser os drones ou lá que merda é aquela em que a Amazon já começou a usar para distribuição.
As máquinas humanas de produção de código estão condenados a desaparecer em meia dúzia de anos, daqui a uns tempos não vai haver emprego para os miúdos acabados de sair da faculdade.
Hoje a maior parte das faculdades só servem para manter os jovens ocupados até aos 22 anos, de maneira a não integrarem as listas de desempregados. Só faz sentido tirar um curso superior em áreas que garantam emprego, como medicina, bioquímica e afins. Para a maioria dos cursos, os únicos que têm empregos garantidos são os que terminam com médias de 18 ou 20. Os alunos medianos estão condenados a arranjar um macjob qualquer, que não lhes dará possibilidades de ter uma vida independente. Há 30 anos, quem concluísse um curso tinha sempre boas perspectivas de emprego. Tenho pena dos putos de hoje.
Para os DDT, os seres humanos são cada vez mais vistos como obsoletos. O sonho deles é automatizar toda a produção e acabar com a maior parte do trabalho humano. Depois acenarão com a esmola dum rendimento básico universal, e se calhar muitos até vão ficar contentes por poderem ficar em casa o tempo todo a jogar computador, sem perceberem que se tornaram escravos digitais.
Isso é uma previsão bem arrojada.
mete mais tabaco nisso.
Bioquímica??? Até áreas de humanidades têm mais emprego.
em 2030 portanto? Ainda ha muito trabalho para programadores e informaticos...nem daqui a 50 anos
O que não falta nas caixas dos supermercados são putos que pass(e)aram pela universidade.
dura para quem programa a AI ou a partir da AI...
vai haver certamente. Para definir requisitos funcionais, criar produtos, requisitos de negócio, etc mas a parte algorítmica vai evoluir muito rapidamente.vê o que evoluiu em menos de dois anos. Vai continuar a haver intervenção humana, de análise crítica mas se a produtividade técnica aumentar 3 ou 4 vezes (e estou a ser muito conservador), não vai ser precisa tanta gente.
Há 30 anos quem fazia o curso de Tecnologia de Produto de Moda Sustentável tinha emprego garantido?
Há 30 anos não havia tantos cursos pseudo-superiores. Daí que a maioria dos cursos garantiam empregabilidade à grande maioria dos alunos que os terminavam. Na época até com um curso de história ou filosofia tinhas um emprego razoável garantido.
Imagina o que fazia um mecânico há 20 anos e faz agora.. há adaptações que vão sendo feitas.
pronto o ponto é esse, há cursos e cursos.
O código puro e duro já é quase todo feito fora, na índia ou na china, porque um programador na Europa ganha 7 ou 8 vezes mais do que um miúdo que programa na Índia. Vão ser esses a sofrer na primeira fase. Em dois anos de evolução da AI, já tens open source a fazer numa hora coisas que demoravam semanas a estar prontas (como o exemplo que o Cheue deu), só é preciso saber fazer as perguntas certas. É como as traduções, se calhar um livro que demorava 6 meses a ser trazido, a AI faz passar a fazer em 10 minutos, só é preciso trabalho de revisão
Foi o que eu disse atrás, o mercado não vai estar a absorver milhoes de programadores que estão a sair todos os anos, nomeadamente da india, mas dizer isso é diferente de dizer que vão acabar os programadores.
