Já percebi que os mais diversos intervenientes nesta novela (bandidos, polícias, Presidente da República, Chega, Bloco de Esquerda, etc.) querem transformar isto nos motins de Los Angeles de 1992.
A verdade é que não sabemos quase nada do que aconteceu. E, no entanto, adotamos logo as posições mais extremistas (o polícia é um herói que nos salvou do bandido implacável; o Odair é um mártir, vítima do racismo da polícia).
Um dos princípios que mais aprecio é o da Navalha de Ockham. Se o tivermos em consideração, a explicação mais simples seria esta:
O Odair era um criminoso que tentou atacar a polícia; o agente, inexperiente (um ano apenas a desempenhar a sua função), não agiu com o dever objetivo de cuidado que lhe é exigido e, no calor do momento, disparou mortalmente contra o indivíduo que o estava a atacar, quando existiam alternativas mais eficazes e que salvaguardavam a vida do delinquente.
Ou seja: ambos foram criminosos. Nem o Odair é um Rodney King, nem o agente é um herói.
Entretanto, outros delinquentes aproveitaram-se da situação para causar desacatos.
Posso estar errado, mas esta é, a meu ver, uma suposição muito mais coerente do que as mais populares.
A malta está a comer propaganda do Chega e do Bloco de Esquerda, que, de forma nojenta e imperdoável, estão a utilizar uma morte para servir os seus fins eleitorais.
A verdade é que não sabemos quase nada do que aconteceu. E, no entanto, adotamos logo as posições mais extremistas (o polícia é um herói que nos salvou do bandido implacável; o Odair é um mártir, vítima do racismo da polícia).
Um dos princípios que mais aprecio é o da Navalha de Ockham. Se o tivermos em consideração, a explicação mais simples seria esta:
O Odair era um criminoso que tentou atacar a polícia; o agente, inexperiente (um ano apenas a desempenhar a sua função), não agiu com o dever objetivo de cuidado que lhe é exigido e, no calor do momento, disparou mortalmente contra o indivíduo que o estava a atacar, quando existiam alternativas mais eficazes e que salvaguardavam a vida do delinquente.
Ou seja: ambos foram criminosos. Nem o Odair é um Rodney King, nem o agente é um herói.
Entretanto, outros delinquentes aproveitaram-se da situação para causar desacatos.
Posso estar errado, mas esta é, a meu ver, uma suposição muito mais coerente do que as mais populares.
A malta está a comer propaganda do Chega e do Bloco de Esquerda, que, de forma nojenta e imperdoável, estão a utilizar uma morte para servir os seus fins eleitorais.