Actualidade Nacional

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Overton window...

o Chega já teve sucesso ao fazer com que o discurso da imigração ligado à seguranca etc se tornasse mainstream,
o que quase que obriga um partido de centro direita a adoptar um discurso semelhante, ainda que mais moderado.
porque também é o pensamento de uma grande parte da população.

agora, o Chega para não perder metade dos eleitores tem que se tornar ainda mais radical, aproveitar ao máximo estes momentos e aumentar o nível da tasca.
Nas conversas com os meus amigos sobre estas coisas dou sempre o mesmo exemplo, os ingleses. Já não me lembro exactamente dos detalhes mas uns anos antes do brexit as sondagens diziam que a europa era uma preocupação para menos de 1% dos ingleses. O discurso entrou no mainstream, ninguém quis ficar de fora do hype train e acabaram por sair da europa.

Aqui acontece a mesma coisa, Portugal tem 4 milhões de pessoas no limiar da pobreza, a classe média não consegue pagar casa, os serviços do estado estão cada vezes piores, os salários não crescem, a economia cresce pouco, mas a maior preocupação é a segurança, como se a probabilidade de levar com uma barra de ferro no focinho não fosse remota e praticamente igual àquilo que era há 10 ou 15 anos.
 
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LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
O vídeo está meio fora do contexto.

O contexto é a sic notícias estar a mostrar imagens da polícia a parar uma pessoa que sai do carro, mãos no ar, tira o casaco, tira a bolsa que levava por baixo do casaco, levanta a tshirt, sempre de shotgun apontada.
É atirado ao chão pela polícia, algemado e virado contra o carro.
Comentário da Maria João "é normal, aquilo não teve violência nenhuma".
Colega vou te citar de novo mas nao é nada contra ti. Juro

Nao vi o video mas foi era isso que ele mostrava? "polícia a parar uma pessoa que sai do carro, mãos no ar, tira o casaco, tira a bolsa que levava por baixo do casaco, levanta a tshirt, sempre de shotgun apontada.É atirado ao chão pela polícia, algemado e virado contra o carro. "

É isto que se considera violencia?

Eu so posso pensar ou que voces vivem todos em complexos fechados ou nunca meteram os pes num bairro problematico com trafico de droga, roubos, e gente que nao interessa ao menino jesus. Ou entao eu vivo num sitio muito mau...Isto costumava chamar-se...sexta-feira...
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
12,008
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Colega vou te citar de novo mas nao é nada contra ti. Juro

Nao vi o video mas foi era isso que ele mostrava? "polícia a parar uma pessoa que sai do carro, mãos no ar, tira o casaco, tira a bolsa que levava por baixo do casaco, levanta a tshirt, sempre de shotgun apontada.É atirado ao chão pela polícia, algemado e virado contra o carro. "

É isto que se considera violencia?

Eu so posso pensar ou que voces vivem todos em complexos fechados ou nunca meteram os pes num bairro problematico com trafico de droga, roubos, e gente que nao interessa ao menino jesus. Ou entao eu vivo num sitio muito mau...Isto costumava chamar-se...sexta-feira...
Luís, não é por uma mulher levar na tromba toda as sexta feiras do marido que deixa de ser violência. Ser atirado para o chão e algemado não é violento? É uma sexta feira? Então o pessoal tem mesmo razão para estar revoltado.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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Era meio que uma provocação mas com respeito. :)

Explicando melhor, o Ventura aparece aí com um conjunto de temas de que tinha praticamente o exclusivo: a imigração, a insegurança, a ideologia de género, eram assuntos bandeira do CH mas ainda mantendo algum equilibrio dentro da direita mais conservadora de matriz católica.

A partir do momento em que o PSD pegou nestes assuntos, radicalizou-se completamente. Não se importa de marchar ao lado de neo-nazis condenados comparando-os a pessoas do PS (mostrando que mais depressa se dá com criminosos com visões comuns dos problemas, do que com democratas com opiniões diferentes da sua), quer os polícias a disparar a matar, quer condecorar polícias ainda antes de acabarem inquéritos, a imigração já não só contra os ilegais, e agora mantem um discurso dúbio de ódio a tudo o que vem de fora.
Está completamente de cabeça perdida. Qualquer dia começa a andar de farda.

nota: o PSD também não é burro. Começa com este discurso das prioridades imediatamente após o anúncio de abstenção do PS. Como quem diz "temos as coisas controladas ao centro, com o PS refém da abstenção. Agora vamos ganhar votos à direita".
Mas falar da imigração e da insegurança (e, ao contrário do Passos, o Montenegro nunca associou estas duas coisas) é radicalizar-se? Eu volto a repetir: os únicos partidos de centro-esquerda na Europa que não falam disto é o PS e o PSOE. Países nórdicos, Alemanha, Reino-Unido, Chéquia, Países Baixos, Bélgica, etc.

É a única maneira de tirar a força à extrema-direita. Os Democratas, nos EUA, já se aperceberam disso; a Kamala está com um grande risco de perder a eleição com base nisso e numa falsa sensação de más políticas económicas.

Eu não vi onde o PSD comparou o PS ao Chega, só a questão das "coligações negativas". Aliás, só me lembro do Montenegro dizer que o PNS era o novo Vasco Gonçalves, algo que inclusive critiquei bastante. No entanto, o PNS também diz (e a Alexandra Leitão ainda mais) que o PSD prossegue políticas de extrema-direita. É infantilidade de ambos os lados e polarização.

Claro que isto é estratégia do PSD. Mas nada disto significa que o PSD está a aproximar-se da extrema-direita - é uma estratégia eleitoral. Eu repito: o PSD é o partido de centro-direita mais centrista da Europa.
 

LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
Luís, não é por uma mulher levar na tromba toda as sexta feiras do marido que deixa de ser violência. Ser atirado para o chão e algemado não é violento? É uma sexta feira? Então o pessoal tem mesmo razão para estar revoltado.
Esse tipo de intervençao é usal e comum á entrada e saida de sitios problematicos ,ainda mais com a tensao elevada, morem lá pretos ,brancos ou amarelos. Nao se pode comparar com mulheres a levar na tromba. Por favor nao comparem nem misturem situaçoes completamente distintas..
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
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O Rolão Preto ressuscitou ou é algum descendente?
Vou citar a mensagem sem citar a personagem.

O problema do estado da segurança em Portugal é reflexo de um Presidente da República que resume tudo isto a um circo, fazendo o papel de autêntico palhaço! Primeiro o palhacito das selfies depois enveredou por uma postura algo disfuncional em termos cognitivos, perdendo coerência, sentido de estado e responsabilidades do mais alto cargo da nação.

A cereja no topo do bolo é o passar de 3 semanas de um ministro panasca e alcoólatra, destratar altas patentes do exército, enxovalhar militares sem pejo e à frente de todos. Isto é do mais execrável que pode existir para a funcionalidade normal das instituições. Uma machadada num estado ordeiro de valores, princípios e costumes que preservem as instituições.

depois disto o povinho faz o que quer e bem lhe apetece, reina o caos, o descrédito das instituições e será o regabofe comunicacional até termos um governo e personalidades que consigam dar a volta de 180 graus a todo este caos societário.

É altura da extrema direita e o estado securitario exercer o poder, é assim pela Europa fora e não será diferente aqui no rectângulozito periférico.
 
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Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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nota: o PSD também não é burro. Começa com este discurso das prioridades imediatamente após o anúncio de abstenção do PS. Como quem diz "temos as coisas controladas ao centro, com o PS refém da abstenção. Agora vamos ganhar votos à direita".
Nem mesmo um cego é capaz de negar tal evidencia que entra pelos olhos a dentro de qualquer pessoa.

É preciso estar num tal nível de alheamento para conseguir não admitir o obvio ululante, só ao nível de se (tentar) negar que o funcionário publico/wannabe escritor, José Rodrigues dos Santos, não é completamente parcial sempre que tem que desempenhar qualquer acto que envolva politica no seu trabalho, como ficou mais que visto a toda a sociedade, durante o período de entrevistas aos candidatos às eleições europeias.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
Parece que está provado que a vítima não tinha qualquer arma na mão.
Mesmo que tivesse, um tiro numa perna, por exemplo, não era suficiente? Era mesmo necessário executá-lo?
Não parou o carro? Resistiu? Mostrou-se agressivo? Mas alguma destas atitudes configura pena de morte sumária? Isto se existisse pena de morte em Portugal e se a Polícia tivesse a cargo a sua execução directa...
Acertares numa axila ou no braço ou clavícula, foi uma questão, de segundos e milímetros. Não é três tiros na nuca. Execução ou pena sumária não te parece excessivo ?
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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Antes cego do que ter fetiches sexuais com uma idosa de 80 anos, imaginando-a numa relação sexual - e descrevendo-a para um fórum inteiro - com o primeiro-ministro.

Mas o cego não nega a tentativa do PSD de ganhar votos à direita, não. Mas uma coisa é pegar numa bandeira do Chega e promovê-la sem mais; outra completamente diferente é moderá-la sem resvalar para um discurso xenófobo e racista.
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esse tipo de intervençao é usal e comum á entrada e saida de sitios problematicos ,ainda mais com a tensao elevada, morem lá pretos ,brancos ou amarelos. Nao se pode comparar com mulheres a levar na tromba. Por favor nao comparem nem misturem situaçoes completamente distintas..
Portanto, por ser comum não pode ser violento, é isso? Porque a equivalência foste tu quem a fizeste. Por ser comum, não é violento. Logo qualquer tipo de violência deixa de ser violência se for comum. É uma implicação válida.

Ter uma shotgun apontada, ser atirado para o chão e ser algemado não é violento. O que é que falta para ser violento? Levar um tiro à queima roupa? note-se que 10 minutos depois o homem estava a ir embora.

Não percebi a parte a bold. Falei zero de etnia neste caso.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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Declarações do Ventura hoje:

Acusam-nos também de possuirmos uma organização policial para defesa do Estado e, se não nos acusam de «depurações», tão correntes noutros países, lançam-nos em rosto a crueldade dos métodos policiais. Não há seriedade nem verdade em tais críticas. Nenhuma organização policial no mundo tem deixado de sofrer idênticas acusações, quando a sua actuação é de molde a tolher a actividade inimiga cujo primeiro esforço é desacreditar os organismos de que todos os Estados são obrigados a servir-se para garantia da sua própria existência e estabilidade, sobretudo em tempos tão conturbados como os que se atravessam. Quando estas críticas nos vêm de sectores não comunistas, devemos crer que há um amolecimento perigoso em face da guerra psicológica que os sectores comunistas conduzem e de que muita gente de boa fé não suspeita.

Temos em Portugal sacrificado muitas vezes demasiadas coisas a um humanitarismo que desconhece a justiça devida à grande massa inocente, vítima constantemente imolada às fúrias dos que esse humanitarismo absolve. Nós podemos perdoar as penas mas não podemos esquecer as culpas, e criminosos seríamos não deduzindo dessa generosa atitude a necessidade duma vigilância mais atenta, duma segurança mais firme e duma repressão mais severa.

ou será um discurso do Dr. Botas?
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Mas falar da imigração e da insegurança (e, ao contrário do Passos, o Montenegro nunca associou estas duas coisas) é radicalizar-se? Eu volto a repetir: os únicos partidos de centro-esquerda na Europa que não falam disto é o PS e o PSOE. Países nórdicos, Alemanha, Reino-Unido, Chéquia, Países Baixos, Bélgica, etc.

É a única maneira de tirar a força à extrema-direita. Os Democratas, nos EUA, já se aperceberam disso; a Kamala está com um grande risco de perder a eleição com base nisso e numa falsa sensação de más políticas económicas.

Eu não vi onde o PSD comparou o PS ao Chega, só a questão das "coligações negativas". Aliás, só me lembro do Montenegro dizer que o PNS era o novo Vasco Gonçalves, algo que inclusive critiquei bastante. No entanto, o PNS também diz (e a Alexandra Leitão ainda mais) que o PSD prossegue políticas de extrema-direita. É infantilidade de ambos os lados e polarização.

Claro que isto é estratégia do PSD. Mas nada disto significa que o PSD está a aproximar-se da extrema-direita - é uma estratégia eleitoral. Eu repito: o PSD é o partido de centro-direita mais centrista da Europa.
Quando pegas nos temas da extrema direita estás a aproximar da extrema direita. Quando eleges a imigração e a ideologia de género como uma das 7 prioridades estás te a afastar do centro. Eu não digo que o PSD é um partido de extrema direita, digo que por estratégica se está a aproximar desse eleitorado.

de resto prefiro que seja o PSD a pegar nesses assuntos do que tipos mas perigosos que não teriam qualquer problema em limitar a liberdade das pessoas se tivessem poder para isso.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Antes cego do que ter fetiches sexuais com uma idosa de 80 anos, imaginando-a numa relação sexual - e descrevendo-a para um fórum inteiro - com o primeiro-ministro.

Mas o cego não nega a tentativa do PSD de ganhar votos à direita, não. Mas uma coisa é pegar numa bandeira do Chega e promovê-la sem mais; outra completamente diferente é moderá-la sem resvalar para um discurso xenófobo e racista.
Caralho, estou a ver que perdi óptimas polémicas enquanto andava mais ocupado a discutir hóquei patinado nos tópicos da especialidade.
 
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LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
Portanto, por ser comum não pode ser violento, é isso? Porque a equivalência foste tu quem a fizeste. Por ser comum, não é violento. Logo qualquer tipo de violência deixa de ser violência se for comum. É uma implicação válida.

Ter uma shotgun apontada, ser atirado para o chão e ser algemado não é violento. O que é que falta para ser violento? Levar um tiro à queima roupa? note-se que 10 minutos depois o homem estava a ir embora.

Não percebi a parte a bold. Falei zero de etnia neste caso.
No caso da etnia foi para não haver hipótese de dizerem que só acontece nos bairros de predominância africana. Foi apenas um aparte.

Violência doméstica nao é comparável neste caso . Não pode ser e também sabes isso

Lá está: todos temos percepções diferentes das coisas. Para mim não é violência. É uma das consequências de se estar/ morar/ passar em certos e determinados sítios , em determinadas alturas. Uns consideram um acto vexatório,ou violento, outros não. É obrigatório? Não. É necessário? Infelizmente em muitos casos sim

Comparação parva e ridícula ,mas foi a única que me lembrei: a praxe. Há quem não goste por considerar redutor, e há quem adore.Nao estou a dizer que há quem adore ser parado e algemado( a excepção de uma polaca que eu conheci uma vez,mas agora não interessa). Para muitos a praxe não aquece nem arrefece.

Agora eu não acho violento nem redutor, a polícia mandar-me parar para me revistar, mandar deitar e algemar. Isto sou eu. Mas percebo que para muitos seja. Uma coisa são os centros de cidade, os actos da polícia no centro da cidade, onde tudo corre mais ou menos bem e as pessoas na sua maioria passam e não ficam. Outra sao esses lugares, onde por vezes nem a polícia entra.

Obviamente que há erros de actuação das autoridades, excesso de zelo e força por vezes, e acho que ninguém aqui disse que não há. O que eu acho que há , é alguma saturação de, nestes casos, ser tudo atirado para o saco do racismo( que obviamente também há). E enquanto se quiser tratar tudo assim vai sempre dar merda.
 
Última edição:

Anselmo Andrada

Bancada central
24 Julho 2024
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Eu acho que a política é o futebol andam de mãos dadas. Aquilo que se obtém de um benfiquista quando se fala em Bieira, Gonçalves, Ruizinho, árbitros , malas, jantares, é o caminho para onde vai a política. A política dos extremos vai cavalgar mais rápido do que se pensa e a tentativa de algumas instituições e comunicação social tentar mitigar esse extremar, sendo demasiado ou exagerando o politicamente correto vai ser contraproducente.

As próximas eleições legislativas vão mudar o panorama político em Portugal.