Actualidade Nacional

8 Fevereiro 2023
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só circo...
entretanto já ninguém se lembra dos casos do chega, ainda crescem mais numas eleições...

o chega até teve um caso 20X pior recentemente, mas já não interessa...
Esse é um dos principais problemas, há muita memória curta em muita gente e outros fingem que se esquecem conforme lhes convém.
 
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Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Os clientes já trabalhavam para o Montenegro antes de ser líder do PSD. Portanto, não foi por isso - não deixando de lado a hipótese de a ele se terem associado dada a influência que ainda tinha. A avença também já era paga antes de ser líder do PSD, mas creio que aumentou em 2022.

Sobre a possibilidade de escusa ou não: é um debate aceso, sem respostas definitivas. A letra da lei parece indicar que seria possível, porém há quem defenda que não. Comungo desta última posição, pois afigura-se claro que o PM é responsável por todas as matérias, se não organicamente pelo menos segundo as leis da experiência.

O problema do Montenegro é o Montenegro. A instabilidade que se vive é culpa do Montenegro. Se o governo cair, no entanto, não será nada difícil o PSD apresentá-lo como candidato novamente: a saber, não existe qualquer ilegalidade comprovada, sendo o plano das discussões localizado no domínio da Ética. Além disso, trata-se de um governo que não tem, por todas as métricas, uma nota negativa; no caso de Montenegro, tinha até a única classificação por parte dos portugueses favorável, face aos líderes da oposição (dados de sondagens). Acresce o controlo do aparelho partidário que o mesmo tem.

Montenegro havia sido uma figura relevante durante o governo de Passos e disputara a presidência do partido, possuía capital político e poder a ele associado. Alguns clientes poderão ter optado pela empresa de Montenegro ainda antes da sua ascensão à liderança do partido e do país, mas os pagamentos mantiveram-se após a assumpção dos cargos. Este é o problema. O primeiro-ministro colocou-se numa posição de enorme fragilidade ao não retirar a empresa da sua esfera pessoal e familiar, a partir do momento em que passou a ocupar cargos políticos de topo. Deu azo a todo o tipo de suspeição. Suspeição que o perseguirá por muito tempo, não havendo forma de desfazê-la através da justiça. O problema político persistirá à margem de quaisquer questões de legalidade. O país não deve ter um primeiro-ministro que recebeu avenças de várias entidades privadas (tendo representado profissionalmente uma delas) encontrando-se em funções; e que estará em posição de conflito de interesses em determinadas matérias. O próprio, que decerto compreendia a dificuldade da sua situação quando cedeu a empresa à esposa, devia preservar a dignidade do cargo que ocupa e demitir-se ou apresentar de imediato uma moção de confiança.

Como mero cidadão, não gostaria de ver Montenegro candidato a primeiro-ministro em caso de eleições. Teria sempre dúvidas acerca da sua seriedade e da sua actuação. Porque o próprio optou por isso. E não encontrou respostas adequadas às dúvidas que surgiram. Não se sabe que outros clientes teve a sua empresa. A empresa permaneceu e permanece no seu circulo familiar. Qualquer potencial cliente sabe que aquela é a empresa dos filhos do primeiro-ministro. Quem decidir sobre a concessão dos casinos, conhece a relação de Montenegro com a Solverde. As notícias que vão saindo sujarão ainda mais a sua imagem. Pagou um apartamento recorrendo a várias contas de forma a não ter de declarar esses dinheiros?... Afinal temos um chico-esperto trafulhas a liderar o país?

O PSD poderá até vencer eleições antecipadas, não me parece de todo cenário impossível... no entanto, se reeleger Montenegro, reelegerá também o seu problema. Creio que o país deveria ser mais exigente.

O país não pode ter primeiros-ministros em julgamento, maços de notas em envelopes, pagamentos de empresas privadas... e andar permanentemente nisto. Os políticos não levam a sério os seus cargos nem criam ou cumprem suficientes mecanismos de escrutínio. A coisa complica-se se de um lado temos pequena criminalidade e criminalidade sórdida, e do outro, nos partidos centrais, suspeições recorrentes de desvarios e chico-espertices mais ou menos legais.
 
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Cheue

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12 Maio 2016
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Esse é um dos principais problemas, há muita memória curta em muita gente e outros fingem que se esquecem conforme lhes convém.
se fosse ao contrário o Chega ia falar desses casos literalmente todos os dias

do pedófilo então...daqui a 10 anos ainda falavam disso constantemente.

mas nos outros partidos armam-se em superiores e nem falam disso na campanha, metem-se só com as conices de dizer que o chega é muito perigoso e coiso e tal, conversa que só faz as pessoas votarem ainda mais neles.
 

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
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  • Jorge Costa
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  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
Calma, que eu arranjo melhor!

Primeiro-ministro: André Ventura
Ministro da Defesa: Mithá Ribeiro
Ministro da Presidência: Pedro Pinto
Ministra da Administração Interna: Rita Matias
Ministra da Justiça: Cristina Rodrigues
Ministro das Finanças: Eduardo Teixeira
Ministro dos Negócios Estrangeiros: António Pinto Pereira
Ministro da Saúde: Rui Cristina
Ministro das Infraestruturas: Bruno Nunes
Ministro da Economia: Filipe Melo
Ministro da Cultura: Pedro Frazão
Ministro da Educação e do Ensino Superior: João Tilly
Ministro do Trabalho: Marcus Santos
Presidente da Assembleia da República: Pacheco de Amorim
Nesse Governo não há uma pasta para o Tiago Grila?
 

Cheue

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em que filme é que a Joana Amaral Dias vai entrar nesta campanha?
 
31 Julho 2024
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O Montenegro volta a ganhar e desta vez por mais. Secalhar é por isso que nem está muito importado com isso.

O que custa é ganhar a primeira eleição. O português não gosta de mudar, e prefere estabilidade de quem ja conhece. O antonio costa se voltasse a candidatar-se também tinha ganho independentemente do que se passou, pelos fatores que falei.
 

Raba

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13 Junho 2013
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  • Jorge Costa
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
O Montenegro volta a ganhar e desta vez por mais. Secalhar é por isso que nem está muito importado com isso.

O que custa é ganhar a primeira eleição. O português não gosta de mudar, e prefere estabilidade de quem ja conhece. O antonio costa se voltasse a candidatar-se também tinha ganho independentemente do que se passou, pelos fatores que falei.
Tal como já disseram aí, para o país era muito melhor que o candidato do PSD fosse o PPC.
Provavelmente ganhava com maioria absoluta e esvaziava um bocado os animais do Chega.
Não acredito é que o homem ainda esteja para aí virado.
 
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Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
25 Maio 2013
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Na verdade a Inês Corte Real já esteve mais ou menos na situação do Montenegro. Já teve o caso da imobiliária de que era sócia e que não declarou nos rendimentos, e já teve o caso das estufas de mirtilos que passou para o marido...
Só que sendo uma pessoa e um partido relativamente insignificantes, ninguém fez cavalo de guerra disso e acabou por nem se falar muito.
Mas a Inês não está obrigada à exclusividade. O problema com os mirtilos foi a importação de abelhas para a polinização e o uso de plásticos em embalagens, para além da questão das estufas, que ela diz que eram túneis. Ela que é toda vegan e tal, vai importar animais. Não é muito coerente.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Montenegro havia sido uma figura relevante durante o governo de Passos e disputara a presidência do partido, possuía capital político e poder a ele associado. Alguns clientes poderão ter optado pela empresa de Montenegro ainda antes da sua ascensão à liderança do partido e do país, mas os pagamentos mantiveram-se após a assumpção dos cargos. Este é o problema. O primeiro-ministro colocou-se numa posição de enorme fragilidade ao não retirar a empresa da sua esfera pessoal e familiar, a partir do momento em que passou a ocupar cargos políticos de topo. Deu azo a todo o tipo de suspeição. Suspeição que o perseguirá por muito tempo, não havendo forma de desfazê-la através da justiça. O problema político persistirá à margem de quaisquer questões de legalidade. O país não deve ter um primeiro-ministro que recebeu avenças de várias entidades privadas (tendo representado profissionalmente uma delas) encontrando-se em funções; e que estará em posição de conflito de interesses em determinadas matérias. O próprio, que decerto compreendia a dificuldade da sua situação quando cedeu a empresa à esposa, devia preservar a dignidade do cargo que ocupa e demitir-se ou apresentar de imediato uma moção de confiança.

Como mero cidadão, não gostaria de ver Montenegro candidato a primeiro-ministro em caso de eleições. Teria sempre dúvidas acerca da sua seriedade e da sua actuação. Porque o próprio optou por isso. E não encontrou respostas adequadas às dúvidas que surgiram. Não se sabe que outros clientes teve a sua empresa. A empresa permaneceu e permanece no seu circulo familiar. Qualquer potencial cliente sabe que aquela é a empresa dos filhos do primeiro-ministro. Quem decidir sobre a concessão dos casinos, conhece a relação de Montenegro com a Solverde. As notícias que vão saindo sujarão ainda mais a sua imagem. Pagou um apartamento recorrendo a várias contas de forma a não ter de declarar esses dinheiros?... Afinal temos um chico-esperto trafulhas a liderar o país?

O PSD poderá até vencer eleições antecipadas, não me parece de todo cenário impossível... no entanto, se reeleger Montenegro, reelegerá também o seu problema. Creio que o país deveria ser mais exigente.
Tudo certo com o que disseste, mas as alternativas realistas que se apresentam a Montenegro também se poderão qualificar como "chicos-espertos trafulhas". Mesmo antes de Montenegro, tivemos PM que cometeram não só imoralidades, mas também ilegalidades e que foram reeleitos (Sócrates); PM que cometeram comprovadamente ilegalidades referentes a períodos antes de ocuparem o cargo (PPC); PM que cometeram ilegalidades, públicas antes de ocuparem o cargo e comprovadas por escutas, continuando a ser alvo de fortes suspeições durante a governação e sucessivamente reeleitos (Costa); PM em que recaíram suspeições fortes e que foram eleitos para outras funções (Cavaco, Soares); etc, etc.

O ponto é que se dúvidas - válidas - existem acerca da idoneidade de Montenegro, então também existirão sobre outros candidatos, deixando-nos, conforme essa perspetiva, com três putativos candidatos: Paulo Raimundo, Rui Tavares e Rui Rocha. Sobre todos os restantes recaem sérias indagações.

A única questão válida que se poderá colocar (quer dizer, agora já não, visto que a Solverde e a empresa familiar terminaram o contrato por mútuo acordo) é a do conflito de interesses. A questão dos apartamentos necessita de mais informações para daí se retirar alguma conclusão e os clientes já foram revelados.

Certo é que Montenegro cavou a sua própria cova, e que toda a instabilidade política que se vive é culpa do mesmo. Podia ter acabado facilmente com todas as suspeições, mas deixou a situação arrastar-se.

Só nos resta esperar para existirem esclarecimentos definitivos sobre estes tocantes, porquanto, até ver, não existem informações sobre um conflito de interesses concreto (a Solverde até perdeu uma ação contra o Estado, por recurso deste, durante a governação de Montenegro). As investigações estão em curso e é isso que interessa.

Entretanto, os portugueses poderão escolher novamente, com os dados que possuem, o novo partido do governo, seja o mesmo, seja outro. No entanto, parece-me que a escolha será mais uma avaliação à ação do governo do que propriamente uma questão de aferir a ética de Montenegro.
 
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sirmister

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21 Março 2008
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  • Abril/19
os portugueses não são grandes fãs do PNS, tem a marca de ser muito à esquerda e de ter sido do último governo e ainda por cima saindo com polémica.

indo a eleições o PSD ainda sobe, mas o Chega também e vai tentar colar-se ao governo outra vez.

até porque nos outros partidos são uns coninhas e durante uma campanha não vão lembrar 20x por dia o membro do chega pedófilo.
BE e Livre fazem um festival por causa das malas roubadas e bem, sobre esse deputado não abrem a boca.. porque será.. é ir ver se há alguma declaração do Rui Tavares ou da Mariana Mortagua sobre isso.
 

J | [Ka!s3r^].

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Tudo certo com o que disseste, mas as alternativas realistas que se apresentam a Montenegro também se poderão qualificar como "chicos-espertos trafulhas". Mesmo antes de Montenegro, tivemos PM que cometeram não só imoralidades, mas também ilegalidades e que foram reeleitos (Sócrates); PM que cometeram comprovadamente ilegalidades referentes a períodos antes de ocuparem o cargo (PPC); PM que cometeram ilegalidades, públicas antes de ocuparem o cargo e comprovadas por escutas, continuando a ser alvo de fortes suspeições durante a governação e sucessivamente reeleitos (Costa); PM em que recaíram suspeições fortes e que foram eleitos para outras funções (Cavaco, Soares); etc, etc.

O ponto é que se dúvidas - válidas - existem acerca da idoneidade de Montenegro, então também existirão sobre outros candidatos, deixando-nos, conforme essa perspetiva, com três putativos candidatos: Paulo Raimundo, Rui Tavares e Rui Rocha. Sobre todos os restantes recaem sérias indagações.

A única questão válida que se poderá colocar (quer dizer, agora já não, visto que a Solverde e a empresa familiar terminaram o contrato por mútuo acordo) é a do conflito de interesses. A questão dos apartamentos necessita de mais informações para daí se retirar alguma conclusão e os clientes já foram revelados.

Certo é que Montenegro cavou a sua própria cova, e que toda a instabilidade política que se vive é culpa do mesmo. Podia ter acabado facilmente com todas as suspeições, mas deixou a situação arrastar-se.

Só nos resta esperar para existirem esclarecimentos definitivos sobre estes tocantes, porquanto, até ver, não existem informações sobre um conflito de interesses concreto (a Solverde até perdeu uma ação contra o Estado, por recurso deste, durante a governação de Montenegro). As investigações estão em curso e é isso que interessa.

Entretanto, os portugueses poderão escolher novamente, com os dados que possuem, o novo partido do governo, seja o mesmo, seja outro. No entanto, parece-me que a escolha será mais uma avaliação à ação do governo do que propriamente uma questão de aferir a ética de Montenegro.

O contexto em nada atenua a gravidade da situação. Sabemos da queda da política portuguesa para os escândalos e polémicas, da situação delicada dos partidos e dos comportamentos e associação indesejados dos actores políticos... mas impõe-se uma resolução. Cabe aos partidos, aos políticos e aos eleitores agora encontrá-la. Os partidos terão de começar a levar a sério as suas responsabilidades e peneirar melhorar quem neles faz carreira, se poucos candidatos insuspeitos restam. Terão de dar mais valor aos problemas da transparência ou arriscar-se-ão ao tudo-farinha-do-mesmo-saco, se é que já lá não se encontram, mas agora com voto de protesto, raiva e frustração com consequências eleitorais severas.

O que não falta são questões válidas. Por que motivo os pagamentos à Spinumviva aumentaram em ano de eleições internas no PSD? Sabe-se apenas dos clientes que pagam avenças. Quem são ou foram os restantes? Vários órgão de comunicação contaram já a Cofina entre eles. Por que razão se mantiveram as avenças durante o período em que Montenegro liderou o partido e o governo? Sendo formado em Direito, ocupando cargos de grande importância política, por que motivo Montenegro transferiu as suas quotas à esposa? Que conflitos de interesse declarou às entidades de regulação competentes? Estando consciente do passado com a Solverde, dos problemas que daí surgiriam, por que razão Montenegro não procurou esclarecer e cessar esse vínculo?... não faltam suspeitas e interrogações possíveis e legítimas. Os próximos tempos serão recheados de notícias sobre o primeiro-ministro, suponho que algumas questões se esclareçam, outras surjam e várias permaneçam.

Mas tudo isto era evitável. Montenegro passou a empresa para a esposa; a empresa passou para os filhos; a Solverde cessou o contrato... todas estas acções para contornar ou minimizar um problema. Poderia ter-se desfeito da empresa em tempo devido. A realidade ultrapassou e impôs-se a Montenegro. Agora terá mesmo de ser pela acção do governo, pois pela ética Montenegro já não vai lá.
 
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MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Alfredo Quintana
E voltaremos a ter circo novamente..
Montenegro tanto quis imitar o cavaco no seu silêncio agora também quer imitar numa moção, não será de censura mas sim de confiança.. veremos o que sairá daqui..
 

Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
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E voltaremos a ter circo novamente..
Montenegro tanto quis imitar o cavaco no seu silêncio agora também quer imitar numa moção, não será de censura mas sim de confiança.. veremos o que sairá daqui..
Confesso nunca gostei do Montenegro, que tem aquele ar de vendedor da banha da cobra. Acho que não devemos ter pena porque ele próprio se meteu nisto, por incompetência, burrice ou arrogância. Acresce que a gestão de toda esta polémica também foi péssima. O flic flac com a moção de confiança é ridículo e demonstra desnorte. Primeiro ameaça que a apresenta. Poucos momentos depois, após a reação do PCP, uma dúzia de ministros vem dizer para as tvs que afinal não, já não era preciso por causa da moção de censura do PCP. Hoje, em mais desespero, diz que afinal vai mesmo sair a moção de confiança. Muito mau.

Para o PS era bom que isto durasse, para cozinhar mais um pouco o primeiro ministro. Não sei se vai estar no ponto, para cair.

De qualquer forma, há vários dias que se sabia que isto era inevitável. A comissão de inquérito, a acontecer, seria a primeira feita a um primeiro ministro na história da democracia portuguesa. Imaginem o cenário de termos o Montenegro, a mulher e os filhos a ter que prestar esclarecimentos. Junte-se a Solverde e outros clientes do senhor. Naturalmente, ele não tem intenção de se expor, assim como à sua família e aos seus clientes. Mas agora já é tarde. Queimou-se todo e vai ter que passar por um período de nojo até ser de novo confiável, nos meandros da "assessoria jurídica".

Se, ainda assim, quiser levar isto às últimas consequências, como parece que vai acontecer, corre o sério risco que ainda ir mais fundo no buraco, e levar consigo o PSD. Acho que devia assumir que correu mal e dar o lugar a outro, a ver se o PSD ainda vai lá. Não me acredito que o povo não o penalize. Normalmente, o povo não perdoa maroscas, venha ele agora dizer o que quiser.