Actualidade Nacional

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Tens de ter em consideração que os votos da IL são em zonas urbanas com muitos deputados em disputa - Lisboa, Porto, Braga principalmente.

Nas legislativas de 2024, AD + IL tiveram 33.78%, com 88 deputados. Fazendo uma conversão básica - e errónea, pois a % por si não diz nada acerca da distribuição dos deputados -, temos a AD e a IL com 40.2% em média, o que daria à volta de 105 deputados.

A questão fundamental prende-se com a hipótese desse aumento de % da IL se dever essencialmente a um aumento generalizado em todo o território português, ou antes a um aumento nos maiores círculos, roubando votos ao Chega.

Creio que um roubo de votos (e deputados) ao Chega, coincidente com um aumento da IL nos maiores círculos, aliado a um aumento generalizado em todos os círculos da AD, poderia levar a um número perto dos 115.

Concordo que em princípio não chegaria aí, mas também estamos a falar de valores em média. A AD com 35% (sondagens antes da crise política) e a IL com 8% chegaria muito perto dos 115, com uma conversão simples.
Desconfio que de repente fazia sentido uma coligação pré-eleitoral AD+IL. Se concorrerem separados vão estar a roubar votos e deputados um ao outro. A acrescentar a isso, a perspectiva de uma maioria à direita iria roubar votos ao CH.

Disclaimer: apesar de achar o Montenegro um tipo completamente inconfiável, preferia um governo PSD + IL com maioria absoluta, do que anos de instabilidade política.
 
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Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
25 Maio 2013
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Então as sondagens favorecem o Montenegro? Isto está pior do que a twilight zone. Que manipulação descarada. Eu tinha vergonha.

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

(...) AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo (...)

(...) Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais. (...)



"Jogada de mestre. Xadrez. " 😂
 

Manageiro de futból

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25 Julho 2007
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25 Julho 2007
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Então as sondagens favorecem o Montenegro? Isto está pior do que a twilight zone. Que manipulação descarada. Eu tinha vergonha.

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

(...) AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo (...)

(...) Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais. (...)



"Jogada de mestre. Xadrez. " 😂
A questão é a do costume, compravas um carro em segunda-mão ao Montenegro?
Eu comprava.
Provavelmente em notas, que é para não pagar imposto.
 
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Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
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1. Ecoando a posição defendida por Montenegro, há quem entenda que o Governo precisa da confiança do Parlamento para poder continuar a governar e a executar o seu programa.
Mas há aqui um óbvio equívoco político: no nosso sistema constitucional, os governos não precisam da confiança parlamentar para governar; só precisam de não ter a sua desconfiança (e se manifestada por maioria aboluta), o que obviamente não é mesma coisa. É esse regime de não-desconfiança - que foi uma opção constitucional deliberada, que permite os governos minoritários.
De resto, este Governo "passou" na AR sem nenhum voto de confiança ou de aprovação; e se tal voto tivesse existido, não teria passado. Na apresentação do Governo à AR, o líder do PS declarou então que não votava a rejeição do programa de governo (proposta por vários partidos) e que, portanto, não inviabilizava o Governo, mas advertiu enfaticamente que não votaria qualquer moção de confiança que o Governo viesse a solicitar à AR. Foi na base desse compromissso explícito que o Governo "passou", apesar de ser o mais minoritário que tivemos. E foi o mesmo espírito de compromisso que permitiu ao Governo passar o teste do orçamento em dezembro e, por estes dias, passar incólume as moções de censura de que foi alvo, sempre mercê da abstenção do PS.
Montenegro deve, portanto, o lugar de PM e a subsistência do Governo a esse compromisso com o PS, que este perseverou em respeitar.
2. Mas é justamente esse compromisso que, menos de um ano depois, ele e o PSD agora deitam ao lixo, deslealmente, ao apresentarem uma moção de confiança e ao exigirem ao líder do PS que cruze a sua "linha vermelha" e declare, através do voto, a sua confiança no Governo.
Montenegro não pode ignorar que o único Governo minoritário da nossa história democrática que avançou para uma moção de confiança (o I Governo de Mário Soares, em 1977), perdeu-a e viu-se demitido, pelo que não foi seguramente por acaso que nenhum dos vários governos minoritários posteriores (do PS e do PSD) repetiu a ousadia. O atual PM vai manifestamente contra a lógica e contra a história, ao desafiar a oposição a dar-lhe a confiança política, de que, aliás, não precisa (como mostrei acima), e com uma agravante em relação a 1977: Soares não sabia antecipadamente o resultado da votação e tinha a esperança de que o PCP se abstivesse (o que não veio a acontecer), enquanto agora Montenegro sabe antecipadamente que a sua moção não vai passar.
Ora, continuando Montenegro a denegar o esclarecimento cabal, que o PS reclama (e bem!), sobre a sua ligação efetiva à empresa "familiar" que ele criou para continuar a exercer a anterior sua atividade profissional, este pedido de confiança, que é especialmente dirigido contra o PS, a quem ele deve a investidura parlamentar, tem de ser designado como o que é: uma provocação política qualificada.
Se houvesse dúvidas, esta conduta politicamente pouco digna mostra que ele não merece mesmo a confiança que pede à oposição.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Então as sondagens favorecem o Montenegro? Isto está pior do que a twilight zone. Que manipulação descarada. Eu tinha vergonha.

AD e Montenegro chamuscados com a crise política: primeira sondagem indica empate técnico com o PS

Sondagem da Pitagórica (feita para a TSF-JN-TVI-CNN Portugal) sinalizam que a crise política prejudicou a AD e a imagem do primeiro-ministro. AD mantém-se à frente, mas com empate técnico com o PS. Chega foi o partido que mais desceu

(...) AD e PS registam a menor diferença entre si desde que foi iniciado o estudo (...)

(...) Numa semana apenas, a distância entre PS e AD passou de 8,4 pontos percentuais para 4,7 pontos percentuais. (...)



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A análise está clara. Se calhar alguns gostam de ter certos partidos a dar no Cubillas, e já nem conseguem pensar.

As sondagens favorecem o Montenegro, dado que o governo, com um escândalo tão grande consegue, na pior das hipóteses, ter uma % ligeiramente acima da que obteve em 2024.

E a AD e o Montenegro estão chamuscados porque já tiveram 35%, ou mais. Agora têm só 33.5%, contra 28.5% do PS. Se isso não é favorável para um PM suspeito de crimes, então não sei o que é. Bom, talvez não seja para quem insere propaganda no Cubillas.
 
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J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
1. Ecoando a posição defendida por Montenegro, há quem entenda que o Governo precisa da confiança do Parlamento para poder continuar a governar e a executar o seu programa.
Mas há aqui um óbvio equívoco político: no nosso sistema constitucional, os governos não precisam da confiança parlamentar para governar; só precisam de não ter a sua desconfiança (e se manifestada por maioria aboluta), o que obviamente não é mesma coisa. É esse regime de não-desconfiança - que foi uma opção constitucional deliberada, que permite os governos minoritários.
De resto, este Governo "passou" na AR sem nenhum voto de confiança ou de aprovação; e se tal voto tivesse existido, não teria passado. Na apresentação do Governo à AR, o líder do PS declarou então que não votava a rejeição do programa de governo (proposta por vários partidos) e que, portanto, não inviabilizava o Governo, mas advertiu enfaticamente que não votaria qualquer moção de confiança que o Governo viesse a solicitar à AR. Foi na base desse compromissso explícito que o Governo "passou", apesar de ser o mais minoritário que tivemos. E foi o mesmo espírito de compromisso que permitiu ao Governo passar o teste do orçamento em dezembro e, por estes dias, passar incólume as moções de censura de que foi alvo, sempre mercê da abstenção do PS.
Montenegro deve, portanto, o lugar de PM e a subsistência do Governo a esse compromisso com o PS, que este perseverou em respeitar.
2. Mas é justamente esse compromisso que, menos de um ano depois, ele e o PSD agora deitam ao lixo, deslealmente, ao apresentarem uma moção de confiança e ao exigirem ao líder do PS que cruze a sua "linha vermelha" e declare, através do voto, a sua confiança no Governo.
Montenegro não pode ignorar que o único Governo minoritário da nossa história democrática que avançou para uma moção de confiança (o I Governo de Mário Soares, em 1977), perdeu-a e viu-se demitido, pelo que não foi seguramente por acaso que nenhum dos vários governos minoritários posteriores (do PS e do PSD) repetiu a ousadia. O atual PM vai manifestamente contra a lógica e contra a história, ao desafiar a oposição a dar-lhe a confiança política, de que, aliás, não precisa (como mostrei acima), e com uma agravante em relação a 1977: Soares não sabia antecipadamente o resultado da votação e tinha a esperança de que o PCP se abstivesse (o que não veio a acontecer), enquanto agora Montenegro sabe antecipadamente que a sua moção não vai passar.
Ora, continuando Montenegro a denegar o esclarecimento cabal, que o PS reclama (e bem!), sobre a sua ligação efetiva à empresa "familiar" que ele criou para continuar a exercer a anterior sua atividade profissional, este pedido de confiança, que é especialmente dirigido contra o PS, a quem ele deve a investidura parlamentar, tem de ser designado como o que é: uma provocação política qualificada.
Se houvesse dúvidas, esta conduta politicamente pouco digna mostra que ele não merece mesmo a confiança que pede à oposição.

Outro problema prende-se com o significado da confiança. Confiança em quê?... a trapalhada que vivemos deve-se exclusivamente à actuação do primeiro-ministro, não do governo (pese embora vários ministros tenham sido arrastados para a defesa de Montenegro). Neste contexto, o governo deseja obter um voto de confiança no seu desempenho político e capacidade para governar ou, instrumentalizando este recurso do processo democrático, procura antes uma espécie de validação dos actos praticados por Montenegro?... Que sentido tem tudo isto? Impunha-se a prestação de esclarecimentos quanto ao caso concreto, não a solicitação de uma ardilosa confiança política sobre o governo, o primeiro-ministro e a capacidade de ambos para executar o programa de governação. Mistura-se assim o plano pessoal de Montenegro com o da confiança política no governo, arrastando-se o país atrás.

Montenegro, nas respostas apresentadas por escrito, torna a não identificar a identidade dos clientes ( Resposta aos partidos. Montenegro continua sem revelar montantes recebidos, tipos de serviço ou "clientes ocasionais" ). Compreende-se porquê: a "empresa familiar gasolineira", como o próprio colocou, afinal trazia escondida mais uma rede de conhecimentos e, eventualmente, de interesses. Estamos perante alguém com problemas em prestar esclarecimentos desde o primeiro momento e que ensaia uma fuga para a frente, sabendo desde a noite da vitória eleitoral que o principal partido da oposição não validaria qualquer moção de confiança.