O CDS tomou o lugar do PEV na piadola dos partidos postiços. Com o acréscimo de risada próprio da equiparação entre os partidos.
O CDS é um corpo em decomposição, mas comparar com o PEV é exagero. O PEV, como diria o Engenheiro Sócrates, sempre foi "verde por fora, vermelho por dentro".
Ainda possui cerca de seis câmaras neste país e uma implantação razoável em alguns distritos do norte.
Podíamos dizer que, sem o CDS, se calhar o PSD não teria ganho o ano passado. Ou então podemos afirmar que qualquer vantagem que o CDS trouxe foi neutralizada pela confusão com o ADN. Perspectivas válidas.
Não convém descurar, porém, que mesmo 1% pode ser fundamental politicamente. Fundamental ao ponto de dar 4/5 deputados ao CDS nestas legislativas? Talvez não.
PS: muito provavelmente, o CDS deu a vitória à AD no círculo do Porto, nas últimas legislativas. A diferença entre AD e PS foi de mil votos, dando mais um deputado àquela força política.
