Alemanha - Bundesliga 2025/2026

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
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Robert Lowandowski e o seu início no Dortmund com o mestre Jurgen Klopp de 2010/2011 a 2013/2014:

«Uma vez fiz uma aposta com Jurgen Klopp. Foi em 2010, quando eu já estava há uns meses no Dortmund. Sinceramente, era muito difícil. Quando cheguei apenas falava uma palavra de alemão. Clima cinzento e chuvoso e com Klopp a intensidade dos treinos era muito alta. Estava desesperado para deixar a minha marca no clube e Klopp quis desafiar-me.
Então, fizemos uma pequena aposta nos primeiros meses. Ele disse-me 'Dou-te 50 euros por cada treino em que marques 10 golos, se não marcares dás-me 50 euros a mim'. Nas primeiras semanas tive de pagar-lhe 50 euros quase todos os dias. Ele riu-se. Mas, uns meses depois, as coisas mudaram e um dia ele disse 'Basta! Aceito. É o suficiente. Agora estás realmente pronto'. Na realidade ainda não estava, os jogos eram diferentes dos treinos. Comecei a época no banco e joguei mais na segunda metade.
Três dias depois marquei um hat-trick e fiz uma assistência contra o Augsburg. Ganhámos 4-0 e foi um ponto de viragem.
Agora percebo que a conversa com Jurgen Klopp foi como as que gostaria de ter tido com o meu pai. Uma conversa daquelas que não conseguia ter há muitos anos. Podia falar com ele de qualquer coisa. Podia confiar nele. É um homem de família e tem muita empatia com o que se passa na tua vida privada»
 
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dragon55

Tribuna
30 Março 2019
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CEO do Dortmund, Carsten Cramer, descarta a entrada de investimento árabe no clube e frisa que o futebol tem de continuar a ser «interessante» para as próximas gerações

Num contexto futebolístico cada vez mais marcado pela influência saudita e pelo investimento proveniente do Médio Oriente, continuam a existir clubes que ainda defendem um modelo de financiamento austero e focado na defesa dos interesses do futebol do seu país. Este é o caso do Borussia Dortmund.

O atual CEO do Dortmund, Carsten Cramer, questionado sobre a possibilidade da entrada de fundos árabes para aumentar a posição do clube no contexto internacional mostrou-se taxativo, e frisou que isso irá contra os valores do clube: «Não. Nós preocupamo-nos com a origem do dinheiro, logo descarto a Arábia Saudita e o Qatar nas atuais circunstâncias políticas. O Dortmund está focado em proteger a regra dos 50+1- lei do futebol alemão que e protege os seus clubes de investimentos estrangeiros e que garante que os associados de determinado clube permaneçam com 51% das ações-no reforço da competitividade nacional e optar por um marketing centralizado e não individual. O futebol tem de continuar a ser acessível», disse Cramer, que realçou a importância do adepto na salvaguarda da modalidade.

«O futebol está relacionado com a cultura e rituais. Com tradição e com história. Na Fórmula 1 não tem essa retrospetiva, pois o seu foco é dar sempre o próximo passo com o carro. O futebol está mais lento, contudo, nós temos de crescer. No fim de contas, a nossa concorrência não é o Real Madrid, mas Netflix ou outra atividade de lazer. A nossa missão é garantir que as próximas gerações ainda se interessem por futebol», concluiu