DrGero disse:
Tirando casos extremos, quando alguém dá uma opinião negativa sobre um jogador do Porto ou que tenha prestado relevantes serviços ao Porto não quer dizer que seja hater ou que torça pelo seu falhanço.
O que são casos extremos?
Quando desejamos que alguém falhe ou jogue mal só para dar corpo à nossa opinião.
Exemplo: Eu acho o Messi (e até o Neymar) melhor jogador do que o CR7 mas torço para que o CR7 ganhe as Bolas de Ouro.
Eu gosto do André e não temos nenhuma razão de queixa do miúdo. Portou-se muito bem, foi profissional, suou a camisola a cada minuto e ainda deixou 38M.
Outra coisa bem diferente é quando a vontade que temos de ver brilhar um determinado jogador (seja ou não formado no Olival) tolda a análise sobre o rendimento efectivo em campo.
Até Junho de 2016 dizia com garbo que o André Silva ia ser o novo Lewandowski...tudo o que via dele transpirava classe. Não sei se estava artificialmente condicionado pela minha vontade mas era o que dizia/escrevia.
A partir daí começa a jogar no Porto e eu começo a analisa-lo da mesma forma que analiso todos os outros (com as preferências subjectivas sempre presentes, claro).
O que quero dizer é que o meu ponto de partida era positivo. Se gostava, queria continuar a gostar.
Eu vi um André Silva profissionalão mas a deixar de transpirar classe. Não como um matador, mas como um avançado mais chato para os defesas na pressão do que na finalização.
Mais chato por ter amplitude de movimentos do que por ratice na grande área.
É ingratidão dizer que se pensa que ele estagnou ou não revela competências que justifiquem os 38M ou o potencial que nele via?
Devo avaliar indiferenciadamente qualquer jogador só porque é nosso / feito por nós?
Eu torço sempre para que os jogadores que são vendidos pelo Porto sejam titulares e craques ainda que pense que espetamos barretes aos compradores.
No caso do AS continuo a pensar que ele tinha/tem potencial mas que lhe faltou treinador e que foi formatado a jogar numa tactica que o obrigava a ser + "Guedes" do que Lewandowski.
O meu problema foi ele ter ganho um estatuto (muito à custa da boa imprensa + marca Mendes + parceiro ideal para CR7) desproporcionado face à sua Guedização.
Se fosse pai/empresário dele - acreditando que ele valeria mais do que apresentou em 2016/17 - tentaria que ficasse mais 1/2 anos em Portugal para que o salto para um clube estrangeiro fosse realizado com o jogador num momento próximo ao de Falcao/Jackson.
Se fosse dirigente do Porto vendia-o na hora. Todo e qualquer jogador que na minha opinião tenha um valor de mercado desproporcionadamente superior ao valor de rendimento presente (ou previsão de valor de futuro próximo) deve ser vendido.
Eu estou no campo dos que acham que o AS não vale o que se diz. Que tem mais estatuto do que rendimento.
O meu desejo? Ver o AS matador. Com menos correria e mais inteligência de movimentação na área.
Prefiro que ele continue no Milan do que seja transferido para um Wolves.
Que tenha um treinador que perceba que há ali potencial mas muito defeito a ser corrigido.
Bater muitas palmas e dizer que alguém é TOP quando está longe disso faz mais mal do que bem.
Concordo com quase tudo mas ficam alguns pontos:
- neste tópico o que impera é que AS "não é nada de especial"
- ainda não li ninguém a escrever que AS é top mundial;
- compara-se AS com Guedes, do Rio Ave;
- menospreza-se completamente a sua primeira época como jogador do FCP, na equipa sénior, como se seja normal um miudo de 21 anos marcar vinte e tal golos numa primeira época.
AS tem que fazer o seu caminho e tem obviamente que crescer e isso depende dele do clube que o acolher.
Porque só quem anda a dormir é que pensa que um PL aos 21 anos é um jogador feito.
Cada jogador é um jogador, e a evolução é que faz o nível do jogador mas veja-se Lewandowski- quantos golos marcava aos 21 anos? ou 22anos?
AS tem que ser humilde e ter alguém que acredite nele- mas para muitos adeptos do FCP foi mais um "nada de especial" jogador que passou pelo FCP.
