André Villas-Boas - Presidente

jcmp17

Não há derrotas quando é firme o passo
8 Julho 2018
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7
  • Setembro/21
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Campeão Nacional 19/20
"Agora, parece-me evidente que o futebol português não pode sobreviver com jogos que têm 500 a 600 pessoas a assistir e com jogos onde se jogam em estádios a 100km da sede fundamental do seu clube de futebol"

Esta foi um bom dedinho na ferida.
O Casa Pia tem investimento, está há 3 anos no escalão principal e ainda não se dignou a remodelar o seu estádio para o nível da competição em que participa com a conivência da LPF.

E aproveito para mandar já a vulga pissada ao Rio Ave, que anda a jogar num estádio monobancada com um aterro ao fundo quando também tem investidores.
O Arouca em 2013 construiu uma bancada e remodelou a outra em 3/4 meses. Num verão.
Até o Tondela o fez.

E já agora ao Estoril que tem uma bancada podre desde 2018, fechada e não fez nenhuma intervenção, nem sequer a demoliu e erigiu outra sem defeitos.

Até nesta circustância das infra estruturas a liga é uma palhaçada.

Sendo o caso do Casa Pia o mais grave, porque é mesmo faltinha de vontade, conforto e porque a Liga deixa.
Até o Lourosa vai fazer obras no estádio...
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esmoriz
Eles devem ter 90% da população :ROFLMAO:

A nossa população e distribuição é mais desfazada no eixo interior/litoral.
Sendo que depois o sul profundo tem alguns problemas de isolamento no geral.

Atenção, não estou certo de que reduzir para 10 clubes faça realmente sentido.

Estás a comentar — e com razão — o caso da Escócia, onde, excluindo os 10 clubes da Premier League e mais uns 10 da segunda divisão, o restante são praticamente equipas amadoras de base comunitária.

O que quero dizer é que, para termos um campeonato com 18 equipas em Portugal, estamos a incluir 5 ou 6 clubes que têm características muito semelhantes a esses clubes comunitários da Escócia.

edit: não me choca um campeonato tipo belga com "mini campeonatos" finais, com base na classificação do todos contra todos.
 
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Indiana Jones

Lugar Anual
25 Maio 2020
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Faro
  • Dezembro/21
Totalmente impossível ir contra a força dos 3 grandes se estes estiverem de acordo. Além de que isto iria trazer uma receita provavelmente 5x superior ao futebol português, ninguém está a dizer para acabar com a segunda divisão, segunda divisão essa que iria beneficiar imenso, até economicamente, dessas reduções drásticas, assim a questão dos direitos televisivos centralizada fosse bem estruturada.

Ao contrário de outros países, o poder está absolutamente na mão dos 3 grandes e, se forem contra, basta eles fazerem um forcing mínimo para levarem a melhor.
Na prática não me parece plausível que os três grandes estejam de acordo,quiçá se Rui Costa perder as coisas mudem, mas mesmo assim não há garantias, no entanto obviamente que com menos clubes e mais jogos interessantes é muito provável que o produto se tornasse mais apelativo aos olhos de quem poderá quer deter os direitos televisivos, bem como de patrocinadores e não só, enfim veremos o que sucederá nos próximos tempos.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Cada país tem as suas especificidades, nós temos 50% da população concentrada em dois centros.

Centralidades mais pequenas como Braga e Guimarães e em certo sentido Faro, com clubes que puxam gente para os estádios.

As restantes capitais de distrito tipo Coimbra, Setúbal, Visei ou Leiria em que o futebol morreu ou está em vias disso.

Depois temos clubes que ficam em dormitórios sem alma (e não em bairros tipo Vallecas) ou em que pequenas terras, tipo Arouca, Aves ou Moreira de Cónegos, que mal conseguem encher um café , quanto mais o estádio, e em que um fenómeno estranho parece puxar as pessoas das redondezas mais para um clube que fica a 300 kms de casa do que para o clube da rua ao lado.
Coimbra? Se não fosse o shit show que é, por motivos que extravasam o futebol, a AAC "encheria" aquilo fácil.

O Setúbal não andava a meter 2 mil pessoas por jogo? Não sei, tinha essa impressão. A confirmar-se, seria um número excecional.

O Leiria tem um estádio demasiado grande, mas os números não são assim tão maus.

O Farense tem excelentes números.

Vai ver os números do Moreirense. Vão surpreender-te. Moreira de Cónegos tem 5 mil habitantes e metem 3 mil lá.

Depois tens os casos de clubes como o Lourosa, o Espinho, Sanjoanense, Salgueiros (não sei se ainda é assim, mas já foi) e até o Coimbrões.

Clubes como o Maritimo, o Boavista, o Setúbal, o Guimarães (já mete), o Braga (já mete), a Académica, o Belenenses e o Beira-Mar em condições normais meteriam 10 mil pessoas facilmente.
 

jcmp17

Não há derrotas quando é firme o passo
8 Julho 2018
43,205
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  • Setembro/21
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
  • Campeão Nacional 19/20
Coimbra? Se não fosse o shit show que é, por motivos que extravasam o futebol, a AAC encheria aquilo fácil.

O Setúbal não andava a meter 2 mil pessoas por jogo? Não sei, tinha essa impressão. A confirmar-se, seria um número excecional.

O Leiria tem um estádio demasiado grande, mas os números não são assim tão maus.

O Farense tem excelentes números.

Vai ver os números do Moreirense. Vão surpreender-te. Moreira de Cónegos tem 5 mil habitantes e metem 3 mil lá.

Depois tens os casos de clubes como o Lourosa, o Espinho, Sanjoanense, Salgueiros (não sei se ainda é assim, mas já foi) e até o Coimbrões.

Clubes como o Maritimo, o Boavista, o Setúbal, o Guimarães (já mete), o Braga (já mete), a Académica, o Belenenses e o Beira-Mar em condições normais meteriam 10 mil pessoas facilmente.
A Briosa nem a oferecer bilhetes a estudantes mete gente no estádio...

E falo por ter vivido aquela realidade. Mas há aqui conimbricenses que podem falar melhor sobre essa realidade
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Atenção, não estou certo de que reduzir para 10 clubes faça realmente sentido.

Estás a comentar — e com razão — o caso da Escócia, onde, excluindo os 10 clubes da Premier League e mais uns 10 da segunda divisão, o restante são praticamente equipas amadoras de base comunitária.

O que quero dizer é que, para termos um campeonato com 18 equipas em Portugal, estamos a incluir 5 ou 6 clubes que têm características muito semelhantes a esses clubes comunitários da Escócia.

edit: não me choca um campeonato tipo belga com "mini campeonatos" finais, com base na classificação do todos contra todos.
Campeonatos é por pontos, todos contra todos e depois no fim ganha quem tem mais pontos.
Eliminatórias e play-offs é para Taças e Trofeus Continentais.

Por isso é que defendo pelo menos reduzir 2 desses clubes.
A 2ª Liga acho que deve manter tamanho até porque tem as equipas B.
 

joaoalvercafcp

Tribuna Presidencial
13 Março 2012
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“Estou desapontado com a forma inerte, impávida e serena como a FPF assiste a todo este carnaval”

André Villas-Boas criticou as principais entidades do futebol nacional e anunciou a renovação de Alan Varela

Reunido com a comunicação social após a assinatura do protocolo de construção do Centro de Alto Rendimento, André Villas-Boas revelou que a negociação por Gabri Veiga está “numa fase cada vez mais próxima de um acordo total” e anunciou o prolongamento do vínculo de Alan Varela, “que irá renovar até 2030 com uma cláusula de rescisão de 75 milhões de euros e é uma das peças fundamentais para o futuro do FC Porto”.

Elogiada também a “chamada merecida” de Rodrigo Mora à seleção nacional e assente a necessidade de “investir” para “dotar o treinador de outras capacidades para o Mundial do Clubes”, o presidente foi claro sobre os sucessivos ataques que se têm visto no futebol português nos últimos dias: “Chegou a altura de o Presidente da Federação dar um murro na mesa porque estamos perante grandes suspeições levantadas relativamente ao que me parecem casos de corrupção passiva e ativa”.

“Eu não tenho feito outra coisa senão avisar tanto o presidente da Liga como o da Federação e ex-presidente da Liga para o facto de eles não terem condenado publicamente os atos de corrupção ativa provados em sede de justiça”, acrescentou antes de considerar que “todo este clima não revela nada de bom, a continuação das declarações de ataque a árbitros e ao Conselho de Arbitragem por parte do presidente do Sporting também é lamentável em toda a linha, portanto espera-se que o Conselho de Disciplina tenha uma mão severa relativamente ao posicionamento do presidente do Sporting, que continuou a atacar árbitros, um em particular que curiosamente errou em infelicidade a favor da sua equipa e tem errado várias vezes a favor da sua equipa”.

Sobre a Cimeira de Presidentes que decorreu na noite anterior, o dirigente máximo do FC Porto esclareceu ainda que “tudo ficou num ‘nim’” pois há “um total desacordo de ideias relativamente a vários temas e nesta fase, entre os três grandes, vive-se este calendário de crispação evidente, não só por determinado tipo de posicionamentos, por sobranceria, por hipocrisia de alguns. E nesta fase é impossível de comunicar, seja para o que for”. “Ao nível da acusação em que as coisas estão é difícil, porque, por exemplo, o Sporting opta por, cada vez que vem a público, condenar as diferentes instituições com uma sobranceria e uma própria hipocrisia como eu nunca vi. Eu acho que nós todos devemos honrar, e todos, apesar do sucesso recente, estamos só de passagem pelo futebol português e devemos honrar as instituições, e penso que as suas posturas de completo ataque às instituições, aos órgãos, a árbitros, a pessoas, não se coadunam com o sentido institucional e de responsabilidade de um presidente do Sporting. Isto é apenas o presidente do FC Porto a falar”, concluiu.

O Centro de Alto Rendimento
“Dá-se início ao processo de colaboração entre as duas instituições, entre o FC Porto e a Câmara Municipal de Gaia, para todo o apoio logístico, urbanístico, operacional, paisagístico também, porque temos toda uma área envolvente que vamos ceder à Câmara Municipal de Gaia para a construção de opções de lazer e bem-estar para as pessoas, para a população de Olival e para os gaienses. Portanto, este é um protocolo que dá início a essa colaboração estreita entre as duas instituições. Evidentemente, agora vamos passar por todo o processo que está relacionado com o licenciamento da obra, com a sua construção, com movimentos de terras que estão associados à construção do mesmo centro de alto rendimento e, portanto, teremos ainda mais algum tempo pela frente até finalmente vermos a obra construída. No entanto, dar-vos nota que a escritura pública foi feita recentemente, o FC Porto adquiriu finalmente os terrenos, a operação do FC Porto não teve que se financiar, comprou os terrenos com os seus meios e isto é revelador também de um trabalho de excelência que fizemos nos últimos 12 meses para a recuperação financeira do clube e também a sua credibilidade na banca nacional e internacional. Portanto, pequenos passos para esta construção de uma peça fundamental para o FC Porto, peça determinante e estruturante onde se instalarão as nossas equipas de futebol profissional, incluindo a equipa principal e dessa forma movendo tudo o que é a formação do FC Porto para o CTFD PortoGaia."

A negociação por Gabri Veiga
“Estamos numa fase cada vez mais próxima de um acordo total, evidentemente há sempre imprevistos que podem acontecer. Gostaríamos muito de contar com a presença dele para o Mundial de Clubes, ou seja, fazer uso desta janela especial que abre de 1 a 10 de junho. No entanto, o jogador ainda pertence ao Al Ahli, com o qual temos excelentes relações. Estamos a negociar com o clube para ver se é possível. Não queríamos entrar em loucuras, queremos ser comedidos também na sua transferência. É um grande talento jovem e europeu, com grande proximidade evidentemente por ter nascido em Porrinho, por se ter desenvolvido no Celta de Vigo e esperemos levar a bom porto as negociações. Temos a autorização do Al Ahli para falar com o jogador, que mostrou a sua vontade. Ele abdica de mais de 90% do seu salário para jogar FC Porto. Tudo isto é louvável na carreira de um desportista, que normalmente toma muitas das opções no sentido de recuperarem ou de adquirirem ganho financeiro com as suas transferências. O Gabri faz precisamente o movimento inverso, depende um pouco das conclusões das negociações que espero que se consigam fazer nos próximos dias.”

A janela prévia ao Mundial de Clubes
“Está a revelar-se um mercado muito difícil de trabalhar porque a maior parte dos clubes, jogadores e agentes sonda o mercado, isto é uma janela muito específica e muito especial. Como vocês bem sabem, normalmente os mercados agitam nas últimas semanas de agosto, início de setembro, quando fecham, e operar nesta janela de mercado está a ser particularmente difícil. No entanto, tínhamos este objetivo, que corresponde às ambições do treinador e é isso que queremos fazer. Queremos fazê-lo de uma forma concreta, sólida e não entrando em loucuras. São esses passos que estamos a dar.”

A renovação de Alan Varela
“Está concluída toda a operação da renovação do Alan Varela, que irá renovar até 2030 com uma cláusula de rescisão de 75 milhões de euros e é uma das peças fundamentais para o futuro do FC Porto.”

A estreia de Rodrigo Mora na seleção nacional
Vi a chamada à seleção com muita alegria. Foi uma chamada merecida, há muita responsabilidade também para o atleta, que lhe é colocada sobre os ombros. Eu acho que muito importante nesta fase de desenvolvimento dos jovens atletas e novos jogadores da seleção nacional é a continuidade na seleção, ou seja, que eles também não sejam abandonados entre convocatórias. O seu desenvolvimento como jogadores internacionais é fundamental. Não há dúvida que ele é abraçado por uma nova luz de esperança relativamente à representação pela seleção nacional e isto também é uma responsabilidade do selecionador e da Federação Portuguesa de Futebol. Portanto, muita alegria pelo Rodrigo Mora, por esta primeira chamada e esperamos que seja um sucesso para o futebol português e para a seleção nacional.”

O investimento no plantel principal
“A equipa está bem entregue ao treinador e em desenvolvimento. Queremos, como vocês bem sabem, reforçá-la porque há essa necessidade. O FC Porto, em 12 meses, gerou mais de 200 milhões de euros em vendas de jogadores, muito por culpa da sua recuperação financeira absolutamente fundamental para a sustentabilidade do clube enquanto clube de associados e fruto disso sofreu com a partida de alguns atletas. Portanto, nesta fase em que temos margem para investir, o nosso objetivo é mesmo dotar o treinador de outras capacidades para o Mundial do Clubes.”

A “podridão” do futebol português
“Eu acho que, sobretudo, chegou a altura de o Presidente da Federação dar um murro na mesa porque estamos perante grandes suspeições levantadas relativamente ao que me parecem casos de corrupção passiva e ativa. As frases do presidente do Benfica, que não sei a quem as dirige, são graves e levantam várias suspeitas sobre o futebol português. Eu não tenho feito outra coisa senão avisar tanto o presidente da Liga como o da Federação e ex-presidente da Liga para o facto de eles não terem condenado publicamente os atos de corrupção ativa provados em sede de justiça, que achava um ato lamentável e que poderia levar à continuação de atos de suspeição à volta do futebol português. Portanto, todo este clima não revela nada de bom, a continuação das declarações de ataque a árbitros e ao Conselho de Arbitragem por parte do presidente do Sporting também é lamentável em toda a linha, portanto espera-se que o Conselho de Disciplina tenha uma mão severa relativamente ao posicionamento do presidente do Sporting, que continuou a atacar árbitros, um em particular que curiosamente errou em infelicidade a favor da sua equipa e tem errado várias vezes a favor da sua equipa. O seu ataque pessoal continuou ontem, tivemos um presidente interino da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol que tomou um posicionamento a favor das declarações do presidente do Sporting, não se demarcando e não protegendo a sua classe também, portanto toda esta liberdade que o presidente do Sporting tem em coagir árbitros, em condená-los publicamente tem de ser severamente punida. Estou um pouco desapontado com a forma inerte do Conselho de Disciplina, a forma impávida e serena como a Federação Portuguesa de Futebol assiste a todo este carnaval. Eu gostei muito das declarações ontem do Secretário de Estado Pedro Dias, que tenta trazer um pouco de calma ao futebol português. A realidade é que eu já fiz uma intervenção em sede da cidade do futebol, da Federação Portuguesa de Futebol, em que afirmei que o futebol português está podre, as instituições não estão colaborantes, os grandes não estão sentados à mesa, há um choque evidente entre presidente da Liga e presidente da Federação como ontem ficou bem provado, portanto todos estes discursos de unir o futebol de almoços e almocinhos e congressos que optam por apontar um sentido de união do futebol português, posso garantir-vos que não é o caso e isso é por demais evidente e penso que está na altura do presidente da Federação Portuguesa de Futebol dar um murro na mesa relativamente às situações que se estão a passar, às declarações que estão a ser feitas por presidentes das duas grandes instituições, que não podem passar impunes sem um castigo severo, na minha opinião.”

As conclusões da Cimeira de Presidentes
“São temas muito sensíveis, onde cada um vai prevaricando os seus interesses, eu acho que é por de mais evidente e eu já tive a oportunidade de dizer isso. O mais normal é todos os clubes perderem valor relativamente aos que ganham em receitas de audiovisuais. A centralização poderá trazer valorização, principalmente aos clubes mais pequenos, mas os mesmos também têm que ter um enquadramento específico do que é o futebol português, onde os três grandes dominam 90% a 95% do mercado. Nós temos um posicionamento muito específico relativamente aos adeptos dos clubes, sendo a respeito pelos demais clubes, demais instituições e demais adeptos, mas a realidade é que os três grandes dominam, dessa forma, o panorama nacional. Evidentemente não querem perder dinheiro, podem contribuir de outra forma para os outros clubes, seja com o dinheiro conseguido através das receitas da UEFA, seja de outras maneiras de valorização do produto. Agora, parece-me evidente que o futebol português não pode sobreviver com jogos que têm 500 ou 600 pessoas a assistir e com jogos que se jogam em estádios a 100 quilómetros da sede fundamental do seu clube de futebol. Portanto, há várias discussões a ter à mesa. Ontem defendi a redução e a remoção da Taça da Liga, porque deixou, penso eu, de ter interesse. Penso que também é um bom teste para os clubes pequenos. O Paulo Lopo, presidente do Estrela da Amadora, posicionou-se relativamente a ter a Taça da Liga para os clubes pequenos e será uma excelente oportunidade para eles, para vermos o que é que vale uma organização de uma Taça da Liga com os clubes pequenos, em termos de receitas audiovisuais. Portanto, também se lança o desafio para vermos qual é o valor do seu produto, que possibilidades é que tem e que receitas podemos atingir. Agora, sobre o posicionamento do futebol português e o seu bem-estar, eu acho que em primeiro lugar cabe ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol uma mão severa sobre o que está a passar. Uma palavra. Uma palavra que é pública e não escrita ou escondida. Estas declarações de união e almoços na Federação Portuguesa de Futebol não levam a lado nenhum. Ontem ficamos num “nim” relativamente a tudo. Portanto, vão-se passar mais 90 dias até a Liga Portugal trazer estudos relativamente ao que pode valer o futebol português, vamos ganhar mais 90 dias no calendário para se decidir o que se vai decidir. Sei que é um espaço complicado. Acho que os clubes portugueses não têm que pedir ajuda ao Governo. Deviam ter autoridade profissional e moral e ética de desenvolverem os seus próprios problemas. O problema é que estamos num total desacordo de ideias relativamente a vários temas e nesta fase, entre os três grandes, vive-se este calendário de crispação evidente, não só por determinado tipo de posicionamentos, por sobranceria, por hipocrisia de alguns. E nesta fase é impossível de comunicar, seja para o que for.”

A relação com os rivais e as declarações de Frederico Varandas
“O Benfica vai entrar em eleições e isso será um fator determinante mais tarde para os três se sentarem à mesa de novo. Ao nível da acusação em que as coisas estão é difícil, porque, por exemplo, o Sporting opta por, cada vez que vem a público, condenar as diferentes instituições com uma sobranceria e uma própria hipocrisia como eu nunca vi. Eu acho que nós todos devemos honrar, e todos, apesar do sucesso recente, estamos só de passagem pelo futebol português e devemos honrar as instituições, e penso que as suas posturas de completo ataque às instituições, aos órgãos, a árbitros, a pessoas, não se coadunam com o sentido institucional e de responsabilidade de um presidente do Sporting. Isto é apenas o presidente do FC Porto a falar, evidentemente ele entenderá estas palavras de outra forma, mas a realidade é que, com este tipo de posicionamento, não vamos a lado nenhum, por isso é que aqui é absolutamente necessário que o Conselho de Disciplina seja severo e puna arduamente todas estas intervenções do presidente do Sporting, o levantar das suspeições por parte do Presidente de Benfica, relativamente aos órgãos e às diferentes entidades, e também que de uma vez por todas se condene publicamente todo e qualquer ato de corrupção passiva e ativa no desporto português, principalmente no futebol.”

O balanço da temporada
“Evidentemente o FC Porto não está contente de forma alguma com o terceiro lugar, são já três anos sem vencer o campeonato e para nós esta distância é uma mágoa que nos abre enorme no coração, claro está que os adeptos estão aqui para valorizar o desportivo, não estão para valorizar todos estes atos de recuperação financeira do FC Porto, de investimento, do seu crescimento, da equipa de futebol feminino, do que pode vir a ser o futsal na formação muito em breve, o investimento nas modalidades, a recuperação da credibilidade do FC Porto a nível nacional e internacional e um sem número de iniciativas de melhoramento e de experiências que tivemos para com os adeptos. Nós somos um clube vencedor, um clube que é unido para vencer, que tem uma sede de vitórias como nenhum outro tem, fruto também do que é cultural e visceral das suas gentes, e ficar em terceiro lugar não é motivo de orgulho para ninguém, nem eu me vou escudar em todos estes passos que estou a dar relativamente à recuperação do FC Porto em todos os outros aspetos. O desportivo é o nosso foco, para que o desportivo melhore temos que investir na equipa, é um compromisso que temos com o treinador, dar-lhe melhores soluções, é isso que estamos a fazer. Nesta fase estamos a operar num mercado bastante complicado, queremos muito ir para o Mundial de Clubes reforçado, mas queremos também dar passos que são sólidos. O futuro é um futuro que espero que seja de conquistas, o nosso objetivo é o título nacional, como vocês bem sabem, e começa um novo ciclo e ao trabalho.”

 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Coimbra? Se não fosse o shit show que é, por motivos que extravasam o futebol, a AAC "encheria" aquilo fácil.

O Setúbal não andava a meter 2 mil pessoas por jogo? Não sei, tinha essa impressão. A confirmar-se, seria um número excecional.

O Leiria tem um estádio demasiado grande, mas os números não são assim tão maus.

O Farense tem excelentes números.

Vai ver os números do Moreirense. Vão surpreender-te. Moreira de Cónegos tem 5 mil habitantes e metem 3 mil lá.

Depois tens os casos de clubes como o Lourosa, o Espinho, Sanjoanense, Salgueiros (não sei se ainda é assim, mas já foi) e até o Coimbrões.

Clubes como o Maritimo, o Boavista, o Setúbal, o Guimarães (já mete), o Braga (já mete), a Académica, o Belenenses e o Beira-Mar em condições normais meteriam 10 mil pessoas facilmente.
O Salgueiros não sei como anda, mas nos tempos em que alugavam o Campo do Senhora da Hora aquilo era demasiado pequeno, metiam lá 3000 que é mais que a lotação daquilo (no zerozero diz 100 mas está errado, leva umas 2 mil e picos, aliás já esteve certo e algum contribuidor matuto alterou para o errado).

Agora em Campanhã não sei, o campo fica numa zona meio fodida para se ir (Cerco).
 
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Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
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  • Agosto/22
Acho que a supertaça deveria ser com os finalistas da taça mais os dois primeiros classificados do campeonato.
Supertaça nada de "espanholices"
É campeão vs vencedor da Taça/finalista vencido em caso de o campeão também ganhar a Taça.
Não inventem.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
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A Briosa nem a oferecer bilhetes a estudantes mete gente no estádio...

E falo por ter vivido aquela realidade. Mas há aqui conimbricenses que podem falar melhor sobre essa realidade
Antigamente, metiam muita gente no Calhabé e no estádio novo conseguiam chegar aos 10 mil fácil.

O shit show é externo. As pessoas obviamente perderam o interesse.
 
29 Agosto 2022
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Vocês falam como 2, 3 mil pessoas fosse muita coisa, mesmo para a realidade portuguesa. Não é, nem devia ser.

2/3 mil pessoas dá perfeitamente para ter numa segunda liga. Ninguém está a dizer para acabar com a segunda liga e depois se mostrarem capacidade e competência para tal, sobem à elite.

A segunda liga também iria beneficiar em termos económicos disto.
 

Rhianor

Bancada central
6 Outubro 2015
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A Escócia como membro do UK obviamente tem uma economia melhor, mas tendo de ter em conta depois o desenho do próprio país, que é um país onde tenho amigos autoctones, e Portugal é mais urbano no geral, e tem mais clubes com uma certa estrutura desportiva e tradição, não falo económica.
Lá aquilo é o eixo Edimburgo, Glasgow e entre estas duas cidades e nas proximidades encontras o tecido urbano quase todo do país depois a norte só Aberdeen.
O resto desde as Borders no Sul até às Highlands no Norte e Noroeste, é campo e montanha, e pequenas vilas e aldeias ou cidades que aqui seriam vilas, onde os clubes são comunais, com infraestrutura e dimensãos similares aos clubes da 10ª divisão Inglesa ou da 2ª Distrital Portuguesa.

Eles têm 10 clubes porque simplesmente o conjunto das características toponímicas e urbanísticas do país não suporta muito mais clubes profissionais quando todo o tecido social e urbano está concentrado numa faixa de uns 109 quilómetros com uma outra cidade grande isolada a 200 km.
E conseguirem ter 20 clubes profissionais, 1ª e 2ª Liga, nesse enfiamento (tendo na 2ª o outlier da capital das Highland em Inverness) já é um pau.
O resto são clubes amadores e semi-prós ou mistos.
Eu vivo na escocia a 15 anos, e o futebol aqui e' um batatal, mas mais jogos entre as melhores equipas tornam-nas mais fortes.
 

Mike_Walsh

Tribuna
4 Janeiro 2024
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8,290
A nível de comunicação, AVB tem sido praticamente perfeito. Algo que nos últimos anos nos tinha faltado. E muito!

Pinto da Costa era exímio nessa área mas sentia-se que, além de já não ter a pedalada de outros tempos, já estava um pouco desactualizado muito fruto da mudança de paradigma que os meios de comunicação sofreram.

Falar no momento certo sempre foi crucial, mas nesta era onde há tanto ruído a vir de todo o lado, saber o momento certo de dizer aquilo que se quer e ter impacto é uma arte.
Aproveitou o momento certo. Mal lhe cheirou a sangue nem foi de histórias.

E é isto que o Porto precisa.
Eu não tenho dúvidas nenhumas que se fosse ele o presidente quando tivemos acesso aos emails e a coisa tinha sido gerida de outra forma.
Acredito que a administração anterior tentou dar o seu melhor (embora nunca venha a perceber como é que Pinto da Costa ia de férias com o Vieira enquanto estávamos a lutar com tudo para acabar com o polvo) mas claramente que tivemos uma bomba atómica na mão que não tiramos o máximo proveito dela.
O Pinto da Costa detestava o Rui Pinto tanto como o Vieira.
 

RGalego

As desculpas não se pedem, evitam-se!
12 Março 2012
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35
Braga
  • André Villas-Boas
  • Sérgio Conceição
  • Jorge Costa
Sim, mas isso são ideias um bocado importadas, que até alguém ter inventado essa asneira, ninguém diria ou se lembraria de tal.

Já agora com a final 4 a suceder em Abu Dhabi, Kuala Lumpur ou em Mascate. :LOL:
Não sei se sabes mas também não fomos nós que inventamos o formato de liga, taça e afins.

Gosto do formato final four porque durante varios anos foi sediada na minha cidade e trouxe uma envolvente muito boa.
 
29 Agosto 2022
3,870
4,337
Na prática não me parece plausível que os três grandes estejam de acordo,quiçá se Rui Costa perder as coisas mudem, mas mesmo assim não há garantias, no entanto obviamente que com menos clubes e mais jogos interessantes é muito provável que o produto se tornasse mais apelativo aos olhos de quem poderá quer deter os direitos televisivos, bem como de patrocinadores e não só, enfim veremos o que sucederá nos próximos tempos.
Se fosse bem estruturada a questão dos direitos televisivos, todos iriam aumentar as receitas consideravelmente. Só um burro não aceitaria.

Eu propunha que os direitos televisivos fossem também distribuídos pela performance/classificação dos clubes, visto que aí sim é que acho que nunca se chegaria a acordo entre os 3 grandes.
 
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Hendrix

Lugar Anual
31 Março 2025
413
823
Muitos clubes pequenos sempre com a corda na garganta = polvo encornado pujante cada vez com mais tentáculos.
Há muitas divisões, incluindo as distritais, para todas as "terrinhas", sem desrespeito, poderem estar no mapa do futebol, à sua dimensão.
A 1a liga, que é a elite do futebol nacional, é que não existe para estarem lá representadas todas as "terrinhas", existe para lá estarem as melhores equipas, com melhor futebol, mais adeptos e mais condições para lá estarem.
Se num país pequeno e pobre como Portugal só poderem ser 10 em vez de 18 ou 20 como acontece em países muito maiores e mais ricos, paciência, é o que tiver de ser.
Nao queremos um futebol em que a maior parte dos estádios só enchem ou têm boas assistências em 5 jogos e no resto estão às moscas. Não queremos um futebol em que muitos clubes se prestam a fazer coisas contrárias à verdade desportiva a favor de um certo clube por uma questão de sobrevivência.
Queremos é um produto futebol melhor, mais atrativo para o adepto local e para o consumidor global, com estádios cheios e em que quase 100% dos adeptos se sentem representados. Um futebol melhor como espectáculo e mais rentável para os clubes.
Deixa-me usar o teu comentário para dar a minha contribuição ao tema.

Para as equipas portuguesas ficarem mais competitivas é preciso mais receita. Mais receita implica mais audiência.
Como em Portugal já não há muito mais para espremer, temos de ganhar público fora de Portugal (para lá da diáspora).

O público conquista-se com grandes jogos. E os grandes jogos - os cabeças de cartaz - são Porto - benfica, benfica - Sporting e Sporting - Porto. São esses jogos que fazem mexer a atenção fora de Portugal.
Santa paciência mas nenhum estrangeiro vai abdicar de ver um jogo da PL ou da La Liga para ver um Estoril - Moreirense. São os jogod grandes que temos de vender porque são esses que ainda têm mercado.

Reduzir o número de equipas por si parece-me pouco. Ganha-se espaço no calendário e financeiramente só se houver a centralização dos direitos televisivos porque faz com que as fatias para as equipas sejam maiores.
De resto, mantém-se tudo igual mas em menos jogos.

Se a redução for para avançar então que se reveja os modelos de competição.

Exemplo aberto a discussão:

- Reduzir o número de equipas para 14;
- Fase regular de 26 jornadas ( -8 que actualmente);
- Segunda fase em que se dividia, por exemplo, os 6 primeiros para um grupo e os restantes noutro mantendo as pontuações;
- No grupo dos primeiros seriam mais 10 jornadas. Se tirarmos as 8 da fase regular e a extinção da Taça da Liga batia mais ou menos ela por ela.

O que se ganhava com isso? Ia haver o dobro dos clássicos sendo que 6 eram numa fase final de época, que acaba sempre por suscitar mais curiosidade pois está se a decidir o campeão e quem sobe e desce.

Não me parece um modelo estapafúrdio.